Introdução
Desde a publicação da obra “The
Genesis Flood” (O Dilúvio de Gênesis), sobre o dilúvio global, de John C.
Withcomb e Henry M. Morris, em 1961, viu-se pela primeira vez após o surgimento
do darwinismo, uma possibilidade clara de defender o relato do dilúvio bíblico,
com evidências geológicas sólidas. Esta foi uma obra que teve uma influência
marcante.
Diante de tantas evidências
esmagadoras, não há como dizer que não houve um dilúvio em nosso planeta. E por
não aceitarem o relato bíblico, críticos, até mesmo no meio científico, a
partir do relato mesopotâmico do dilúvio lançaram uma teoria de que o dilúvio
bíblico teria sido apenas uma inundação local, na região da Mesopotâmia. Mas
tal teoria desaba quando examinamos a fundo todas (não apenas algumas) evidências.
Os críticos escolheram o relato
mesopotâmico apenas por conveniência, pois os antropólogos sabem que existem
mais de 270 relatos diferentes acerca do dilúvio espalhados pelo mundo, (e não
apenas o bíblico e o mesopotâmico). Além disso, os relatos mesopotâmicos não
narram nenhuma 'inundação regional' na Mesopotâmia, mas um dilúvio global, o
que faz com que a crítica entre em contradição.
A ciência não nos fala sobre Noé
e nem sobre sua arca, mas ela fala sobre “o dilúvio e suas conseqüências”. Ela
pode apenas mostrar evidências deste evento, e tentar explicar como seria
possível a Noé sobreviver a este, com os exemplares das espécies animais. As
escrituras falam sobre Noé e relatam alguns detalhes do dilúvio. Por isso,
faremos uma abordagem teológica e científica das questões fundamentais sobre o
dilúvio.
• Um surpreendente acontecimento
tem sido o ressurgimento da interpretação catastrófica na geologia
(catastrofismo). Por muito tempo, a principal interpretação geológica fora que
os fósseis e as alterações geográficas da Terra haviam sido causadas pelo
dilúvio. Mas com o surgimento do darwinismo, os fósseis e as alterações
geológicas passaram a ser interpretadas por geólogos modernos como evidências
da evolução ao longo milhões de anos.
Com o tempo, porém, mais provas
que apoiaram o catastrofismo foram encontradas, e ressurgiu a interpretação
geológica catastrófica, de que a Terra passou por uma grande catástrofe, que
gerou os fósseis e várias alterações no planeta. Os registros fósseis dão
testemunho de um dilúvio Universal e testemunham que a Terra passou por uma
grande catástrofe.
Catastrofismo
e algumas evidências do dilúvio
Um acontecimento como o dilúvio
deixaria suas marcas no planeta. Muito daquilo que se chama de 'evidências da
evolução', são na verdade, evidências deixadas pelo dilúvio. Os dados
geológicos e o registro fóssil são os mesmos para evolucionistas e para
criacionistas. Muda-se apenas a interpretação. Para o Criacionismo, os fatos
atestam que o dilúvio de Noé teve um forte impacto geológico, deslocando
continentes, criando rochas, erodindo e redepositando sedimentos, elevando
montanhas e inundando vales.
Os vastos depósitos de
sedimentos e fósseis, espalhados por toda Terra, desprovidos de evidências
concretas de evolução, constituem exatamente o que seria de esperar de um
dilúvio global: bilhões de espécies animais sepultados em camadas de rochas.
Outra evidência são os fósseis. Fósseis comumente são formados por
'soterramento'; sob condições normais não surgem fósseis. Em condições normais,
os organismos apenas se decompõem. O que teria causado a soterração de tão
grande massa e número de seres, senão uma grande catástrofe? E é exatamente uma
“grande catástrofe geológica” o significado do termo hebraico
"Mabbul", que é traduzido por dilúvio.
Em todas as grandes cadeias de montanhas do mundo existem fósseis de
seres marinhos, inclusive, moluscos e conchas do mar, o que evidencia que elas
já estiveram debaixo de água. Cerca da metade dos sedimentos sobre os
continentes vieram do mar. Por que tanto material marinho se depositou sobre os
continentes?
Em todo o mundo existem
florestas “fossilizadas”, como era de se esperar de um dilúvio global. Algumas
destas florestas abrangem áreas enormes, de dezenas e até centenas de
quilômetros quadrados. Elas testemunham que houve um sepultamento catastrófico,
que fossilizou até florestas.
Não deixa de ser significativo
também o fato de que as mais antigas civilizações conhecidas surgiram cerca de
trezentos anos após o dilúvio de Noé. Os registros históricos mais antigos que
se conhecem têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos. São dessa época
as civilizações mais antigas. As primeiras civilizações surgiram
cronologicamente próximas do dilúvio e também, com nomes e línguas
(toponimologia) baseadas nos filhos e netos de Noé. Isto é evidenciado nas
línguas e civilizações mais antigas, todas relacionadas aos descendentes de
Noé, - como as línguas semíticas, camíticas e jafetitas.
Assim sendo, a principal razão
pela qual muitos rejeitam o dilúvio, não é por falta de evidências empíricas,
mas apenas pela sua adesão aos postulados da geologia uniformitarista, mesmo
que as evidências favoreçam ao catastrofismo.
Relatos de
povos e culturas diferentes sobre o dilúvio como um fato histórico
Há quem pense que além da
Bíblia, o dilúvio é descrito apenas nos contos mesopotâmicos (na “Epopéia de
Gilgamés” e na “Epopéia de Athasis”). Estas histórias também falam de um
dilúvio global, mas diferem do relato bíblico. Trata-se de um desconhecimento,
pois relatos de um dilúvio são encontrados em todos os continentes e entre quase todos os povos da Terra,
na cultura de diferentes povos, principalmente nas civilizações mais antigas.
A existência de histórias sobre
o dilúvio, algumas bastante paralelas ao relato bíblico, é impressionante. Em
1963, o arqueólogo americano Howard F. Wos publicou o livro "Gênesis e
Arqueologia", onde ele descreve com detalhes estes registros. Até agora,
os "antropologistas" já reuniram mais de 270 histórias acerca do
dilúvio, que chegam a quase 300 narrativas diferentes do dilúvio vindas de
todas as partes do mundo.
Esses relatos se referem a um
dilúvio destrutivo ocorrendo logo no início de suas respectivas histórias, (em
quase todos estes, o dilúvio ocorreu no início destas civilizações). Em cada
caso, somente um ou poucos indivíduos foram salvos, e encarregados de repovoar
a Terra. Não se pode dizer que o dilúvio foi um mito, enquanto temos o
testemunho de mais de 250 povos dizendo que não foi. Isto seria ignorar as evidências.
Há relatos do dilúvio em
contextos culturais tão diferentes como mexicanos, algonquinos, havaianos,
sumerianos, guatemaltecos, Babilônia, Pérsia, Síria, Turquia, Grécia, Roma,
Rússia, China, Índia, Ilhas Fiji, os Aborígines na Austrália, algumas civilizações
das Américas do Norte, Centro e Sul, e muitos outros povos.
Um cientista que tem trabalhado
em analisar e comparar estes relatos é o Doutor Henry Morris, do
"Institute Research for Creation " (Instituto de Investigação para a
Criação) – um instituto científico criacionista dos EUA. Ele diz que embora
hajam quase 300 histórias sobre o dilúvio, nenhuma delas contém a beleza,
clareza e os detalhes dados na Bíblia. Mas cada uma é significativa para sua
própria cultura. E embora existam diferenças comuns entre estas, o Doutor Henry
Morris lista várias semelhanças entre estas narrativas e o relato bíblico:
• em cerca de 95 % das
narrativas, o dilúvio foi global, atingiu o mundo inteiro (apenas 5 % narram um
dilúvio local). Entre estas, incluem-se os famosos relatos mesopotâmicos, que
também narram um dilúvio de escala global.
• em cerca de 95% dos relatos, o
dilúvio não foi apenas uma chuva, foi uma grande catástrofe;
• em cerca de 88%, houve uma
família que foi favorecida;
• em cerca de 66%, eles foram
avisados;
• em cerca de 66%, o dilúvio foi
enviado devido à abominação do homem;
• em cerca de 70 %, sobreviveram
por meio de um barco;
• cerca de 67% dos relatos dizem
que os animais também foram salvos;
• cerca de 35% dizem que as aves
foram soltas, para ver se a superfície estava seca;
• cerca de 13% dizem que os
sobreviventes ofereceram sacrifícios após saírem do barco;
• e em cerca de 9%, exatas oito
pessoas foram salvas. Mas há aqueles que dizem que apenas um sobreviveu, como a
“Epopéia de Gilgamés”, que tem Utnapishtim como o herói sobrevivente do
dilúvio. Contudo, na maioria dos relatos o número de sobreviventes é próximo a
oito.
Alguns relatos também mencionam
o arco-íris, e que repousaram sobre uma montanha, e dali repovoaram a Terra.
+ informações, no site “Institute
for Creation Research”.
Definições
de Dilúvio
A palavra hebraica usada em
Gênesis para dilúvio é o termo hebraico "Mabbul", que indica
"uma grande catástrofe, uma catástrofe sísmica que causa transformação
geológica".
A palavra "Dilúvio"
vem do termo latim "Diluviu", (que foi usado na Vulgata). O termo
latim ‘Diluviu’ significa "uma grande inundação, cataclismo".
Já na Septuaginta grega, a
expressão hebraica "Mabbul" foi traduzida por
"Kataklysmós", (de onde vem a palavra Cataclisma). Kataklysmós
significa "catástrofe, efeito sísmico, transformação geológica". Esta
é exatamente a mesma definição que o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa dá
para a palavra cataclisma:
"Transformação
brusca e de grande amplitude da crosta terrestre"
Todas essas expressões
(kataklysmós, diluviu) têm suas origens na expressão hebraica
"Mabbul", que também possui os mesmos significados acima:
"Uma
catástrofe sísmica que causa transformação geológica"
Portanto, é errado pensar que o
Dilúvio se resumiu a uma simples chuva. Ao contrário do que muitos pensam, o
dilúvio bíblico não foi apenas uma chuva, e não durou apenas 40 dias. O dilúvio
também foi um processo de transformações continentais e alterações geológicas
que ocorreram na Terra enquanto Noé esteve na arca.
Tamanho e
dimensões da Arca de Noé
A arca tinha "300 côvados
de comprimento, 50 de largura e 30 côvados de altura". O côvado era a
unidade de medida da antiguidade, correspondendo aprox. do cotovelo de um homem
até a ponta de seus dedos. Há quem acredite que Moisés tenha usado o côvado
egípcio, mas a maioria acredita que ele usou o côvado de seu país, o hebraico.
Os hebreus e os egípcios usaram dois tipos de côvados: um maior e outro menor.
Dos côvados egípcios, o maior tinha cerca de 52 centímetros e o menor, 45 cm. O
côvado hebreu maior tinha cerca de 53 centímetros, e o côvado hebreu menor
tinha entre 45,7 e 43 centímetros.
Com base no 'côvado hebreu
menor', a arca teria aproximadamente 135 metros de comprimento, 22,5 metros de
largura e cerca de treze metros de altura, (considerando-o como 45 cm).
Considerando o 'côvado hebreu
maior', teríamos a arca com dimensões maiores: - cerca de 159 metros de
comprimento, 26,5 m de largura e cerca de 15,9 m de altura. As dimensões do
côvado hebreu menor, (135 m comprimento x 22,5 m largura x 13 m de altura) se tornaram
as 'dimensões padrões' aceita por judeus, cristãos e críticos.
A arca não era tão pequena. Tinha aproximadamente 150x25x15 metros.
Ela teria então cerca de 40.500 metros cúbicos. Caberia um prédio de 63 andares
dentro dela; e teria capacidade para levar 120 mil animais do tamanho de uma
ovelha nela, (e ainda sobraria espaço).
Precisamos lembrar também que a
palavra hebraica traduzida por "espécie' significa "Tipos
básicos". Até poucos séculos atrás, a palavra espécie não tinha o mesmo
significado que possui hoje. Lembrando também que, Noé não levaria animais
adultos, mas filhotes (e/ou até ovos) consigo dos referentes "tipos
básicos" das espécies originalmente criadas, - sendo estes, seres
multigenes ( seres com potencial, capacidade genética de gerar a
diversificação) - que logo após o dilúvio produziriam a diversificação de
espécies no mundo.
A arca tinha o volume de
aproximadamente 41 mil metros cúbicos (m³). É preciso lembrar que a arca de Noé
tinha 03 andares, o que 'triplicava' sua capacidade. A área total do piso nos
três andares da arca era de 30 a 40 mil metros quadrados (m²).
De acordo com Gênesis 6:16, a
arca tinha, também, uma abertura, que servia como janela; mas a localização
exata desta abertura não é clara no texto. Duas traduções são possíveis:
1ª) O texto pode ser traduzido
como "uma abertura para a luz no topo da arca".
(Gen. 6.16) ..."Farás na arca uma janela, e de um côvado a
acabarás em cima; e a porta da arca
porás ao seu lado” – (Almeida Corrigida).
Possível tamanho da arca: três
andares para conter todos os tipos básicos. O texto hebraico também pode
significar que a abertura ficava ao lado. Sendo assim, a abertura poderia estar
abaixo do beiral, (bem acima da porta), e conteria um beiral que protegeria a
entrada da água.
2ª) Ou uma abertura 'entre o
teto e o corpo da arca'; uma abertura acompanhando o cumprimento total do
barco, que estaria situada abaixo do beiral.
(Gen. 6:16) ... “Farás 'ao seu
redor' uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente”.
– (Tradução adotada pela versão Almeida Atualizada).
Com base nesta tradução, alguns
comentaristas sugerem que esta abertura ‘ao seu redor', seria uma fresta
de aprox. 45 cm, acompanhando o comprimento total do barco, abaixo de um
beiral. Isto facilitaria a ventilação no ambiente e traria certa iluminação
para dentro da arca, e ainda impediria a entrada de chuva, pela proteção do
beiral.
De onde veio
e para onde foi toda a água do dilúvio
Antes do dilúvio, havia água
suficiente para cobrir todo o Planeta. Uma "resposta simples" para
esta pergunta, é que as águas do dilúvio hoje estão acomodadas nos oceanos, e
que a maior parte delas vieram do subterrâneo. Também, há muita água congelada,
mais do que se imagina: apenas na Antártida (Pólo Sul), há tanta água
congelada, que se ela descongelasse e fosse para os oceanos, o nível do mar
subiria 60 metros em todo o planeta,
inundando a maior parte das cidades litorâneas do mundo.
Antes do dilúvio, os oceanos não
eram tão fundos, e consequentemente, eram mais rasos. Uma grande parte das
águas dos oceanos atuais estavam nas fontes subterrâneas. Por que a maior parte
das águas veio do subterrâneo?
As águas subterrâneas hoje,
representam cerca de um terço do volume total das águas continentais. Antes,
deveria representar uma proporção muito maior. Estima-se também que, pelo menos
30 % de toda a água doce do Planeta estão nas camadas inferiores, abaixo do
subsolo.
Abaixo da superfície, de 9 a 12
km de profundidade, pesquisadores encontraram na península de Kola, entre
camadas de granito e basalto uma enorme quantidade de água. No mundo inteiro,
inclusive no Brasil, se encontra água no subterrâneo, em alguns lugares, há
mais de oito quilômetros de profundidade. Porém, nem todos os locais do planeta
possuem a mesma quantidade de água subterrânea, e nem a mesma profundidade; em
alguns lugares, a água é salgada, enquanto em outros, doce.
Há regiões que são mais rasas
que outras, enquanto outras são mais profundas; isto varia de lugar para lugar,
no mundo inteiro. Mas o fato de haverem fontes subterrâneas rasas e outras
profundas evidencia que, durante o dilúvio, alguns lugares "cederam"
quando a água era jorrada para a superfície: afundaram, e aprofundaram os
oceanos, que hoje acomodam as águas que anteriormente estavam abaixo. Talvez
seja este mais um motivo pelo qual o fundo dos oceanos e mares são verdadeiros
abismos profundos.
Durante muito tempo sustentou-se
a idéia de que o fundo dos oceanos fosse perfeitamente plano. Mas além de
verdadeiros abismos, há cadeias de montanhas, uma variedade de relevo no fundo
dos oceanos. As “fossas abissais” – que são áreas deprimidas (rebaixadas),
encontram-se abaixo de 5 mil metros de profundidade, podendo atingir mais de 10
mil metros de abismos, como a “fossa das Marianas” (em torno das ilhas das
Marianas), no oceano Pacífico, com 11.034 m de profundidade.
É significativo o fato de que
75% da superfície terrestre se encontra coberta de água. Em alguns poços na
Bavária, Alemanha, encontrou-se rachaduras com água salgada a 9 km de
profundidade, enquanto na Península de Kola, Rússia, foi encontrado fluxo de
água mineral muito quente a 12 km abaixo da superfície entre as rochas de
granito e de basalto.
Antes, as montanhas não eram tão
altas, e os oceanos e vales não eram tão profundos. Portanto, as águas do
dilúvio, não tiveram que cobrir o Everest e as altas montanhas que vemos hoje,
porque elas ainda não existiam. A bíblia testifica isso quando diz que as águas
ultrapassaram 7 metros (15 côvados) acima dos cumes dos montes.
• O evolucionismo tem uma
interpretação similar à criacionista sobre o processo da formação de montanhas:
segundo o evolucionismo, as grandes cadeias de montanhas se formaram através de
“violentas transformações na crosta terrestre (litosfera)”.
As pessoas geralmente imaginam
que as águas do dilúvio teriam que cobrir montanhas gigantescas, como o
Everest, que tem mais de oito mil metros de altura. É claro que não há água
suficiente para cobrir montanhas tão gigantes como o Everest, isso é verdade;
para cobrir uma montanha tão alta como o Everest, a mais alta do mundo, seria
preciso 4,4 bilhões de metros cúbicos (m³) de água; só que antes do dilúvio, as
montanhas não eram tão altas. Não precisaríamos ter 4,4 bilhões de m³ de água,
porque as formações geológicas antediluvianas eram totalmente diferentes.
Assim, quem disse que não
haveria água suficiente para cobrir o planeta? Se a superfície da Terra fosse
plana, sem montanhas ou bacias oceânicas, ela seria coberta por uma camada de
água com 3 km de profundidade; ou seja: as águas do dilúvio atingiriam até três
quilômetros acima da superfície terrestre. Visto que as águas do dilúvio
alcançaram 15 côvados [cerca de 7 metros] de altura acima de TODOS os montes,
isto significa que as montanhas antediluvianas mais altas, teriam menos de três
quilômetros de altura (uma média de 2,5 km).
Antes do Dilúvio, certa
quantidade de água estava nos mares (não tão vastos como os de hoje), na atmosfera,
e uma quantidade desconhecida de água estaria no subterrâneo do planeta.
Durante o Dilúvio, acredita-se
que a área onde agora está o Monte Everest era uma bacia, na qual sedimentos
estavam se acumulando. Isso é evidenciado pela presença de fósseis marinhos no
Monte. A montanha Everest foi formada durante ou depois do dilúvio - ela não
estava em vigor (na sua forma atual) antes deste. Sabemos isso porque sua maior
parte contém fósseis de criaturas marinhas e conchas do mar, mostrando que ela,
hoje a maior do mundo, já esteve debaixo das águas dos mares.
Após o soterramento dos fósseis,
atividades catastróficas elevaram os sedimentos a uma altura bem acima de sua
posição anterior, formando as altas montanhas, como as do Himalaia. Isso sugere
que o mundo antediluviano não possuía topografia tão acidentada (com montanhas
tão altas) como a que vemos hoje. Após o Dilúvio, essa terra relativamente
plana deu lugar a um planeta com grandes cadeias de montanhas e abismos cuja
profundidade chega a vários quilômetros, e que acomodaram as águas diluviais. A
profundidade média dos oceanos é de 4 mil metros.
Talvez a idéia de que seria
preciso milhões de anos para se formarem as cordilheiras, chame a atenção de
alguns. Mas existem exemplos de transformações topográficas rápidas:
• Em 1950, na Índia, um
terremoto transformou a configuração de cordilheiras inteiras na região do
Himalaia. Em questão de horas e até minutos, muita coisa pode ser transformada
por catástrofes naturais locais; imagine do que seria capaz um cataclismo
mundial como o Dilúvio de Gênesis! Cordilheiras como a dos Andes e mesmo o
Everest ainda estão em movimento, e tudo evidencia que tinham altitude bem
inferior há alguns milhares de anos.
Na própria montanha Ararate se
encontrou várias evidências de alterações geológicas; esta, mais do que
qualquer outra, vem sofrendo alterações. E o que falar do monte Santa Helena,
nos Estados Unidos, e do vulcão Kilauewa, que têm demonstrado ao mundo que em
poucos dias e horas é possível ocorrer grandes mudanças topográficas, - que não
são necessários milhões de anos para ocorrerem estas transformações. O que não
faria então, uma grande catástrofe sísmica, como um dilúvio de escala global?
Água doce e água
salgada
Freqüentemente, críticos
costumam nos perguntar: “Como a água doce não se misturou com a salgada no
dilúvio? Como os peixes de água doce sobreviveram ao dilúvio?”
Primeiro, podemos dizer que
houveram bolsões de água doce que não se misturaram com água salgada; (quando a
água doce entra em contato com as águas salgadas dos mares ou oceanos e elas
não se misturam, dizemos que se formaram “bolsões” de água doce em meio à água
salgada). Este, porém, é um fenômeno raro. Por exemplo, o Rio Amazonas, - o
maior do mundo em volume de água, no norte do Brasil, permanece 70 km adentro
do oceano, sem que as suas águas se misturem. É possível encontrar peixes de
água doce nadando nesta extensão de 70 km, dentro do próprio oceano Pacífico.
Podemos provar que estes bolsões
se formaram durante o dilúvio? Sim, e a prova existe até hoje: o mar Negro,
onde encontra-se água salgada por cima da água doce, no fundo deste. Explorando
o fundo do Mar Negro, encontrou-se a margem do lago a 80-110 metros abaixo do
atual litoral, com areia e dunas. Estas teriam se preservado por terem sido
recobertas por uma gigantesca massa de água em pouco tempo. Há milênios, desde
a época do dilúvio que elas não se misturam. Por coincidência, cientistas (até
mesmo evolucionistas) dizem que o Mar Negro deve ter se originado no dilúvio, e
que antes, este mar teria sido “um lago de água doce”.
• Mas isto significa que toda a
água doce não tenha se misturado com a salgada no dilúvio? Claro que não! Isto
mostra apenas que em determinados locais
e regiões, tais águas não se misturaram. Houve lugares em que elas não se
misturaram, mas também houve lugares em que elas se misturaram.
• Alguns críticos citam a
experiência feita com um copo d’água, onde se enche um copo de água doce,
depois se acrescenta a água salgada do mar, e então toda a água do copo fica
salgada – para dizerem que seria impossível que no dilúvio a água salgada não
tenha se misturado com a água doce. Mas os próprios cientistas (evolucionistas
ou não) pensavam o mesmo, até que descobriram este fenômeno raro e
impressionante no Mar Negro. Nem eles sabem explicar exatamente a causa deste
fenômeno. A explicação científica, é que isto aconteceu porque a água salgada
deve ter sido lançada com muita "velocidade e violência" por cima da
água doce, e devido a isto, ambas não se misturaram.
Podemos então, dizer que o fundo
Mar Negro é um verdadeiro “aquário gigante de água doce” em nossos dias – com
uma enorme quantidade de água salgada em cima, fazendo pressão, mas elas não se
misturam.
Como poderiam estes “bolsões de
água doce” não se misturarem durante todo o ano em que durou o dilúvio? - Basta
ver o Mar Negro, onde há mais de 4.500 anos, água doce e salgada não se
misturam...
• Isto talvez explique, porque apenas cerca de 3% de toda a água do
planeta não ser salgada: o fato de grande parte delas terem se misturado no
dilúvio, e de após este, os oceanos se tornarem “mais salgados”.
Durante o processo de
“enxugamento”, após o dilúvio, o processo de evaporação deve ter colaborado
muito para recuperar boa parte da água doce que se misturou com as salgadas, e
depois, devolvê-las aos rios e lagos em forma de chuva.
Embora nem toda a água doce
tenha ficado em bolsões, também é preciso dizer que antes do dilúvio não havia
tanto sal nos oceanos. Para entender isso, é preciso saber como se forma o sal.
• Um dos segredos que os oceanos
guardam escondido consigo, até de cientistas, é quanto à origem de sua
salinidade. O cloreto de sódio (NaCl) sozinho, representa 30% do total de sais
dissolvidos na água do mar (segundo alguns, pode representar uma proporção
maior). No entanto, ninguém sabe ao certo de onde ele veio. Há duas teorias. A
mais antiga surgiu com Edmond Halley, em 1715.
Halley notou que os lagos que
não têm saídas para o oceano (como o Mar Morto e o Mar Cáspio) possuem alto
teor de sais. A teoria mais antiga supõe que os sais e outros minerais foram
transportados para o mar pelos rios, e que ele provenha da dissolução de rochas
terrestres pela água das chuvas e dos rios que desembocam nos mares. Então, os
rios levariam os compostos do sal aos mares, oceanos e lagos salgados.
Mas essa teoria não explica a
origem de todos os compostos do sal, pois ao se comparar a composição das
substâncias presentes na água do mar, verifica-se ser impossível que todo o sal
presente nos oceanos tenha sido originado de rochas da superfície terrestre. Os
oceanógrafos formularam a hipótese de alguns compostos terem surgido também por
meio de processos vulcânicos no assoalho submarino.
Lavas originárias da camada
chamada de manto, teriam levado diretamente ao oceano um tipo de água pura,
quimicamente derivada do magma; essa água nunca circulara na superfície e é
constituída por vários elementos químicos, como cloretos, sulfatos, brometos,
iodetos, carbono, cloro, boro, nitrogênio, entre outras substâncias. O sódio e
o cloreto então se combinaram e formaram o cloreto de sódio (NaCl).
Mas ainda ficam perguntas como:
Não seriam estes, minerais de rochas derretidos pelo magma, e levados por esta
“água pura” aos oceanos, tal como as águas dos rios?
Independente de qual a teoria
correta sobre a origem do sal, após o dilúvio, a maior catástrofe sísmica do
planeta, a taxa de salinidade dos oceanos deve ter aumentado muito. O dilúvio
“lavou” todo o planeta, as rochas foram gastas pela queda contínua de chuva e
pelas bruscas mudanças geológicas que a superfície passava; e acredita-se que
centenas de vulcões submarinos entraram em erupção durante o ano em que durou o
dilúvio, a partir de quando as fontes subterrâneas se romperam, e as placas
continentais começaram a se partir, formando o que chamamos hoje de “anel de
fogo dos oceanos”. Isto teria liberado muita lava nos oceanos, e colaborado
para um grande aumento do sal.
• Não se pode afirmar que no
período Antediluviano os peixes seriam adaptados apenas à água doce.
Acreditamos que os peixes tiveram que se adaptarem a apenas um tipo de água
(doce ou salgada, ou a ambas) só após o dilúvio, já que antes do dilúvio os
oceanos não continham a mesma densidade de sal. Devido a isolamentos de habitat
as novas espécies de peixes e seres aquáticos foram se tornando menos adaptadas
à água salgada ou à doce.
Peixes como o salmão podem viver
tanto em água doce como em água salgada; esta capacidade de viver tanto em
águas salgadas como em águas doces deve ter existido antes da inundação global.
Com o aumento da salinidade após o dilúvio, os peixes que não encontraram água
doce, tiveram que lutar para se adaptar; os que não conseguiram se adaptar ao
novo ambiente, foram extintos.
Isto talvez explique o alto
número de espécies marinhas extintas: os seres aquáticos são os mais numerosos
e os mais extintos do reino animal. Porém, a capacidade de se adaptar à mudança
de ambiente é uma característica natural de todos os seres vivos. Acredita-se
que todos os peixes possam se adaptarem a uma certa variação de salinidade,
assim alguns indivíduos seriam capazes de sobreviver à mescla gradual das
águas, e a troca gradual de salinidade durante e após o Dilúvio.
Peixes como o bagre, se
adaptaram à água doce, e outros, como a anchova, à água salgada. Já peixes como
o salmão, conseguiram se adaptar aos dois tipos de água. O fato de os salmões
poderem viver tanto em água doce como em água salgada, pode ser sinal de que,
na luta para se adaptar, eles conseguiram se adaptarem a ambos os tipos de
água.
• Assim, Noé não precisou levar
nenhum aquário gigante com peixinhos de água doce na arca.
O site inglês
"creationscience" trás uma excelente explicação sobre esta questão.
Como
caberiam tantos animais na arca de Noé?
Uma outra questão que deixa
muitas dúvidas na mente de muitos é:
"Como poderiam caber todas
as espécies existentes na arca de Noé". Uma simples resposta a isso é que,
nem todas as espécies atuais eram presentes naquela época, até porque a
classificação biológica do passado não era a mesma classificação biológica
moderna (aquilo que Noé descrevia como espécie não era o mesmo que a ciência do
século XXI classifica como espécie). As "espécies originalmente
criadas" não são o mesmo que as "diversificações", que hoje a
biologia dá o nome de "espécie". Por exemplo, existem várias espécies
de cães, gatos, samambaias, mas todos são cães, gatos ou samambaias...
Um primeiro problema com esta
questão, é que a biologia moderna classifica os seres vivos de uma forma
diferente do que fora classificado inicialmente por Deus como “espécies”.
Embora não seja possível determinar com precisão quais e como seriam as
espécies originalmente criadas, sabemos que não eram iguais às classificações
biológicas modernas. Há quem pense que as espécies levadas por Noé na arca
fossem idênticas ao que se chama de espécies atualmente. Mas Moisés, em sua
época, nem sequer fazia idéia de que haveria este tipo de classificação
biológica no futuro, e muito menos Noé. Noé nem fazia idéia que tais
classificações taxonômicas existiriam.
A arca não seria capaz de
comportar tudo o que atualmente se chama de espécies. Seria um erro nosso
pensar que as espécies que Noé colocou na arca seriam iguais às classificações
biológicas atuais. Até poucos séculos atrás, a própria palavra espécie não
tinha o mesmo significado de hoje. Precisamos lembrar também que a palavra
hebraica “Myin”, traduzida nas escrituras por "espécie”, significa
"Tipos ou Formas básicas”.
As espécies bíblicas são os
“tipos básicos”, equivalentes aproximadamente ao nível de Famílias e Gêneros,
na classificação taxonômica. Uma outra expressão hebraica usada é “Mishpachah”,
um termo que pode significar famílias, tribo, tipo ou espécie. Em Gênesis 8:19,
“Mishpachah” é traduzido por famílias (segundo as suas “Famílias”), e algumas
vezes, por espécie.
Portanto, as espécies que Noé
colocou na arca eram diferentes das espécies classificadas pela ciência
moderna. A arca foi projetada para incluir apenas vertebrados terrestres -
aqueles que caminham sobre o chão e não são capazes de sobreviver na água. Isso
não inclui animais marinhos, anfíbios, vermes, insetos e plantas.
Um segundo problema, está
relacionado com a quantidade de espécies existentes no mundo. Podemos afirmar
com certeza que existem menos de dois milhões de espécies no mundo (cerca de
1,5 milhão), - todas estas, de acordo com o sentido de espécie da biologia
moderna; mas especula-se, considerando os milhões de anos da evolução, que deve
ter havido um número muito mais alto de espécies, indo para além de 10 e até 50
milhões de espécies (o que não se evidência no registro fóssil). Entre as
diversas declarações que li sobre o número de espécies, esta declaração sobre a
biodiversidade (diversidade dos seres vivos) foi uma que me chamou a atenção:
“Não se sabe quantas espécies
existem atualmente no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões. Mas
até agora os cientistas deram nome a apenas cerca de 1,5 milhão de espécies de
seres vivos”...
• É certo que deveriam serem
encontradas tantos milhões de espécies, segundo a evolução, (o número de
espécies e de fósseis deveria ser muito maior, se considerarmos os milhões de
anos da evolução); mas menos de dois milhões de espécies são o total das
espécies classificadas. Alguns cientistas e classificadores, consideram, sem
exageros, que existem um milhão e trezentas mil espécies animais. Deste total,
haveria cerca de 300 mil espécies animais, e cerca de um milhão de espécies só
de insetos (invertebrados) e seres aquáticos. Há também, quem diga que o número
das espécies de terrestres possa chegar a 750 mil.
Conforme os cálculos, excluindo
as formas e espécies de insetos, artrópodes, animais aquáticos e anfíbios (que
vivem na água e na terra), calcula-se que pode ter entrado na arca um número
estimado entre 35.000 e 60.000 animais, (incluindo os seis pares adicionais de
limpos). Tendo isto presente, alguns pesquisadores têm dito que, caso houvesse
tão poucos exemplares na arca, quanto quarenta e três “tipos básicos” de
mamíferos, setenta e quatro “tipos básicos” de aves, e dez tipos básicos de
répteis na arca, eles poderiam produzir a variedade de espécies, gêneros e
famílias que conhecemos atualmente.
Se considerarmos que os tipos
Básicos (as espécies originalmente criadas) eram semelhantes ao nível de
família ou gêneros em alguns casos, até mesmo um número de 750.000 espécies de
animais que vivem somente em terra seca poderia ser reduzido a poucas
“espécies” de famílias — a espécie cavalar e a espécie bovina, para se
mencionar apenas duas. Isto porque há menos de 350 “famílias” de vertebrados
terrestres vivos.
• Outros pesquisadores foram
mais liberais em calcular que setenta e duas “Espécies Criadas” de quadrúpedes
e menos de duzentas “Espécies Criadas” de aves eram tudo que se requeria para
produzir a diversidade que existe hoje.
Segundo os cálculos, a arca
seria capaz de conter cento e vinte mil (120.000) animais com o tamanho de uma
ovelha ou de um cavalo, e ainda sobraria espaço; numa superlotação, ela poderia
conter 125.240 animais com até aprox. 4,5 metros de altura (usando as dimensões
do côvado hebreu “menor”). Se considerarmos outro tipo de côvado, a capacidade
da arca seria bem maior.
Por que Noé poria animais
adultos na arca? Animais jovens iriam ocupar menos espaço, comer menos, e mais
fácil de cuidar. Animais jovens também seriam mais fáceis de domar por serem
mais dóceis. O objetivo de ter animais a bordo da arca era para que eles
pudessem reproduzir a espécie, depois da inundação, e repovoar a Terra. Além
disso, animais jovens teriam uma maior capacidade de reprodução, e estariam aptos
a viver mais que animais velhos.
Que a grande variedade da vida
animal hoje conhecida poderia ter sido reproduzida de tão poucas “Espécies
Criadas”, é provado pela infinita variedade da espécie humana — pessoas baixas,
altas, gordas, magras, com incontáveis variações da cor dos cabelos, dos olhos
e da pele — todas as quais surgiram da única família de Noé. Lembrando sobre os
estudos realizados nos cromossomos X e Y, e nas mitocôndrias, que demonstraram
a origem comum da raça humana. Estes estudos são válidos e aceitos em todas as
áreas científicas, tanto para Evolucionistas quanto também para criacionistas.
Haveria
guerra entre carnívoros e herbívoros dentro da arca?
Geralmente pergunta-se como os
diferentes tipos e espécies de animais, conviveram pacificamente na arca, como
haveria paz entre os animais dentro da arca. Cientificamente falando, há
motivos que cooperariam para a paz entre os animais dentro da arca:
• Noé teria levado exemplares
filhotes consigo na arca, que dariam menos trabalho, menos alimentação e seriam
mais fáceis de domar. Por serem filhotes, eles seriam mais pacíficos e menos
violentos que exemplares adultos
.
• Outro ponto científico que
colaboraria para a paz dentro da arca seria o estado de hibernação. Hibernação
é um estado de entorpecimento (paralisia, falta de ação) ou sono letárgico
(sono profundo e duradouro do qual somente com dificuldade e temporariamente se
pode despertar); durante o período de hibernação, o organismo abaixa ao máximo
o seu consumo de energia, possibilitando que eles suportem longos períodos de
tempo sem se alimentar.
Os animais que hibernam passam
longos períodos em repouso absoluto e sono profundo, durante o qual não se
alimentam, e o seu ritmo de batimento cardíaco diminui (cerca de um centésimo
do normal). A energia necessária para a sobrevivência dos animais que hibernam,
é obtida a partir das gorduras armazenadas no seu tecido adiposo (gorduroso),
que funciona como um reservatório de energia, as quais são repostas quando o
animal voltar à sua atividade normal.
Os animais têm condições de
hibernar 18 meses, e eles ficaram menos de treze na arca. Deus deve ter
conduzido os animais ao estado de hibernação; as condições também eram
favoráveis pra que eles hibernassem: talvez, por ficarem muito tempo parados e
no mesmo ambiente, com pouca variedade alimentícia, somado ao frio, a
“monotonia” que enfrentaram reduziria a atividade do organismo e os faria
hibernar. Com a diminuição do metabolismo, as fezes também seriam mínimas e a
quantidade de comida levada por Noé e família seria suficiente para alimentar
todos os animais por quase um ano.
• Há também pontos teológicos
que podem explicar como os animais puderam viver em paz entre si, na arca. É
citado o relato do livro apócrifo A Caverna dos Tesouros, que diz que Deus, fez
com que reinasse a paz entre os animais, ferozes e mansos dentro da arca,
fazendo com que convivessem pacificamente, conforme a paz que haverá no futuro
Reino Milenar, descrita em Isaías 11:6-9.
Se este argumento é válido ou
não, isto fica a critério de cada pessoa. Devemos lembrar que o dilúvio em si,
foi um evento sobrenatural, e Deus deve ter intervindo de muitas maneiras para
preservar os seres humanos e os animais. Que houve harmonia entre os animais na
arca, não há dúvidas, pois logo de início notamos harmonia entre eles no
momento de entrarem na arca, quando os mais diversos tipos de seres vieram até
Noé, e entraram de dois em dois na arca, sem guerra.
Há também quem acredite que
homens e animais eram vegetarianos antes do dilúvio, pelo fato de Deus, quando
criou os animais e o homem, lhes ter designado apenas a alimentação vegetal
(Gênesis 1: 29,30), e a ordem para que se alimentassem de carne só ter sido
dada após o dilúvio (Gênesis 9: 2-4 ). Mas a maioria dos cristãos acredita que
esta dieta originalmente vegetariana foi alterada logo após a queda do homem;
que quando o pecado entrou no mundo, os relacionamentos harmônicos entre homens
a animais foram alterados, afetando também a cadeia alimentar.
Como animais
específicos de cada região foram até a arca
Embora Deus tenha trazido os
animais até Noé, há duas possibilidades que podem ter facilitado a chegada dos
animais até Noé. É possível que havido apenas um único continente antes do
dilúvio, o que facilitaria que animais exemplares dos tipos básicos, situados
em determinadas regiões do planeta, não tivessem de atravessar os oceanos para
chegarem até a arca.
Antes do dilúvio também, deve
ter havido uma rica fauna, sem a ameaça de extinção (pois como sabemos, o risco
de extinção tem feito com que várias espécies ameaçadas tenham poucos
exemplares preservados em apenas uma ou poucas regiões do planeta, - causando
assim a interrogação de pessoas que imaginam ter tais exemplares vivido apenas
na região em que subsiste atualmente). Animais como os pingüins, camelos, ursos
polares, o canguru da Austrália e o lobo-guará das Américas, são animais que,
devido ao seu isolamento numa determinada região, e sua “adaptação” a esta,
hoje só existem naquela determinada região do mundo.
No caso destes, os animais se
isolaram na região em que vivem, e muitos exemplares entraram em extinção em
outras regiões do planeta, e hoje, só são encontradas em uma única região do
planeta. Como antes do dilúvio não havia tanta destruição ambiental, mas uma
fauna rica e abundante, não deveria haver casos de espécies subsistirem apenas
em uma ou poucas regiões.
Isto se deu após o dilúvio,
quando os exemplares tiveram que se adaptar, e com o tempo, em determinadas
regiões do mundo foram extintos, resultando hoje em apenas poucos exemplares da
espécie em poucos lugares do mundo. Além da ameaça de extinção de muitas
espécies, a competição – disputa por alimentos, água, território, etc – atua no
controle do número de indivíduos, regulando o número das populações (quando
diversas espécies de animais passam a viver na mesma região, ao mesmo tempo,
formam-se as chamadas “populações”).
Há animais ameaçados de extinção
que só existem, por exemplo, na América e na África. Se os exemplares da
espécie que há na América forem extintos, as próximas gerações talvez, estarão
se perguntando como Noé fez para colocar exemplares dessa espécie na arca, se
eles só existem no continente africano. Com o tempo, os chamados “animais
específicos de cada região” se adaptaram ao tipo de habitat e de região em que
vivem atualmente.
Há alguns dias estive vendo uma
reportagem onde ambientalistas diziam que, devido à mudança do ambiente o lobo
guará do Brasil está tendo que se adaptar a um novo tipo de ambiente onde não
vivia antes. Isto é uma prova de que os seres vivos possuem grande capacidade
de adaptação. Veja o exemplo dos animais domésticos: muitos destes eram
silvestres (como cães, gatos e cavalos); mas foram domesticados pelo homem,
perderam o instinto selvático e mudaram seus habitats, se adaptando ao ambiente
doméstico.
O lobo-guará, por exemplo, é uma
espécie da qual subsistem exemplares apenas em alguns países das Américas, mas
que num passado remoto se encontrava também em outras regiões do mundo. Por
isso, não devemos pensar que Noé teve de vir nas Américas buscar um lobo para
preservar na arca, ou que este teve de atravessar os oceanos para chegar até
lá. O mesmo se deu com as demais espécies. As escrituras relatam que Deus
trouxe os animais até Noé, ele não precisou sair por aí ajuntando-os. Somente
Deus estaria apto a escolher o "melhor material genético", os
exemplares mais capazes de sobreviverem e de suportarem a todos os eventos e
circunstâncias, durante e depois do dilúvio.
Como as
plantas sobreviveram ao dilúvio?
Existem cerca de 275 mil
espécies de plantas no mundo. As espécies vegetais sobreviveram ao Dilúvio
através de seus esporos, sementes, brotos e alguma outra forma possível de
resistir às condições próprias do evento. Tais partes das plantas são geralmente
muito resistentes e podem germinar após vários meses de espera, justificando a
não necessidade de levar exemplares na Arca de Noé.
Além disso, existe um mecanismo
de diversificação das plantas semelhante ao dos animais, não precisando que as
275 mil espécies atuais tivessem exemplares vivos (não na forma de plantas
adultas, mas sim de sementes, esporos, brotos, entre outros), mesmo que a
sobrevivência não seja um problema. A Arca poderia carregar muitas sementes
diversas, contudo a Bíblia cita apenas o carregamento vegetais próprios para a
sobrevivência (alimentação) das pessoas e animais. Assim, Deus não ordenara que
se levasse na arca exemplares de cada vegetal existente, e não há necessidade
para tal devido à facilidade de propagação e resistência das plantas.
Há alguns anos no Japão foram
encontradas após algumas escavações, sementes de um tipo de árvore que estaria
extinta há alguns milhares de anos (há 10.000 anos). E após plantarem as
sementes elas germinaram. Se estas sementes conservadas há tanto tempo foram
capazes de germinar, logo as plantas também poderiam voltar a germinar menos de
um ano após o início do dilúvio; pois as plantas já germinavam antes mesmo que
os tripulantes da arca saíssem dela, logo quando a superfície terrestre secou.
A prova disso foi que a pomba,
depois de trazer o ramo de oliveira, não retornou mais a Noé – o que significa
que ela encontrou alimento suficiente para sobreviver independentemente fora da
arca, na superfície, pro resto de sua vida.
Não sobreviveram florestas
inteiras ao dilúvio. No entanto, seus restos mortais, junto da lama, devem ter
fornecido condições boas para preservação também de muitas sementes de plantas,
e logo após as águas abaixarem, os brotos começariam a florescer. Isto é
evidenciado até mesmo pela descrição bíblica.
Micróbios
Quase todos os microorganismos
são resistentes à água. Isto já foi comprovado por microbiologistas. Os que não
podem sobreviver na água, são capazes de sobreviver no ar ou como parasitas.
Noé não precisava ter conhecimento em microbiologia, nem saber da existência de
seres como amebas, vírus, bactérias e vermes microrgânicos, pois não era
preciso que Noé os colocasse na arca. Justamente por isso, Deus não os
mencionou a Noé.
Seres microscópicos se encontram
presentes em todos os lugares que se puder imaginar; obviamente alguns
microorganismos deveriam estar presentes na arca, não para preservação, mas
como intrusos e parasitas nos seres que ali estavam, e no ambiente. É muito
óbvio que, se havia ar e água dentro da arca, alguns dos microorganismos que vivem
no ar ou na água, podem ter penetrado em seu interior.
Insetos e
artrópodes
Sabemos que os pequenos
artrópodes são insetos incapazes de sobreviver num ambiente aquático, mas
devemos considerar a resistência tremenda de seus ovos e larvas. Esses ovos
poderiam ficar soterrados junto das florestas ou em qualquer outro ambiente, ou
mesmo flutuar na água. Um ovo do mosquito da Dengue pode eclodir até 10 dias
(ou mais) depois de posto se não encontrar condições ideais, ficando na beirada
de vasos com umidade, por exemplo. Outros invertebrados não teriam dificuldade
em viver no lamaçal sob as águas do dilúvio.
Não sobreviveram florestas
inteiras ao dilúvio. No entanto, seus restos mortais, junto da lama, devem ter
fornecido condições boas para preservação de muitas sementes de plantas e ovos
de insetos. Logo após as águas abaixarem, recomeçaria a vida na floresta, com
seus pequenos invertebrados saindo da Terra e brotos florescendo.
Os artrópodes são conhecidos por
sua incrível resistência, e as condições do Dilúvio não devem ter sido nenhum
problema para eles, especialmente se considerarmos o imenso número de
indivíduos e a resistência também de seus ovos e larvas, formas mais prováveis
de sobreviver. A Arca também, pode ter carregado muitos insetos entre os
vegetais e animais.
Porque os
cupins não devorariam a arca
Primeiramente, os cupins são
insetos e vegetarianos. É certo que cupins constroem suas casas na madeira ou
então no solo. São capazes de alimentar-se também (mas não apenas) de objetos
de madeira, por causa da celulose, (que também é encontrada nos vegetais).
Alguns atacam plantas vivas, raízes, sementes, cereais e tubérculos. Geralmente
cupins só alimentam-se de madeira com sinais de apodrecimento, e na ausência ou
escassez de alimentação vegetal (como folhas, raízes, etc). Por isso, quando
entram em um ambiente sem vegetação natural, numa casa por exemplo, os cupins
podem se alimentar dos objetos de madeira, causando sérios prejuízos.
Mas por serem insetos, os cupins
são seres que não precisariam entrar na arca. E mesmo se houvesse, um casal de
cupins, não seria o suficiente para afundar uma arca; (um único cupinzeiro não
é capaz de dizimar uma floresta). Lembrando que havia muita alimentação vegetal
(celulose) a bordo da arca, suficiente para alimentar seres tão pequenos. Mas
invertebrados, seres aquáticos e anfíbios - são seres que Noé não precisaria
levar na arca, pois estes poderiam sobreviver fora dela. Justamente por isso,
Deus não ordenou que Noé levasse
consigo nenhuma destas três classes. Assim, não haveria cupins na arca.
Sete, ou um
par de cada espécie?
As escrituras declaram que
dentre os animais e aves limpas, Noé não levou apenas um casal, Noé levou sete
casais (ou pares). Esta foi uma ordem adicional que Deus dera a Noé quando lhe
ordenou que entrasse na arca, sete dias antes do início da inundação.
Enquanto a primeira ordem se
ocupou de tratar dos detalhes da construção da arca (sem mencionar que haveria
diferença entre o número dos limpos e impuros preservados), a segunda,
focalizou os detalhes sobre o número de exemplares que deveriam serem
preservados.
Alguns comentaristas sugerem
que, talvez, Deus só tenha enfocado os detalhes sobre o número de animais
preservados na segunda ordem, para que isto não preocupasse Noé durante o
projeto de construção da arca.
Sabemos que Noé usou destes
animais limpos como holocausto (Gn 8.20). Além de serem usados para
holocaustos, este número maior de animais limpos faria com que as espécies
limpas (que compõem grande parte dos herbívoros) se tornassem mais numerosas
que as imundas (que compõem grande parte dos carnívoros), servindo de alimento
a estas, - evitando assim que houvesse tanto a extinção dos carnívoros, por
falta de alimento, e dos herbívoros, por serem devorados estando em poucos
números.
Obviamente Deus queria que das
aves e animais limpos fosse preservado um maior número, uma maior quantidade.
Observando que a maioria dos limpos estão entre os herbívoros, então, podemos
concluir que com uma maior preservação dos limpos herbívoros, haveria mais
alimento para os carnívoros e para os humanos. Eles alimentariam os predadores
carnívoros, dando maior estabilidade (equilíbrio) à cadeia alimentar logo após
o dilúvio. E também, serviriam como alimentação carnívora aos humanos.
A separação em versículos nos
causa a impressão de que Noé teria levado sete pares de todas as aves, enquanto
dos animais, apenas 7 pares dos limpos. Sem divisão de versículos (forma
original do texto), o texto é entendido de forma mais clara. Por isso, os
estudiosos sugerem que Noé entendera que o mesmo processo de separação entre
limpos e impuros feito com animais, também deveria ser feito com as aves;
afinal, não havia nenhuma finalidade em se preservar sete pares das aves
imundas.
Atualmente há cerca de 15.000
espécies de pássaros. No livro “O Dilúvio de Gênesis”, Henry Morris e John Whitcomb
argumentam que pode ter havido apenas 8.600 espécies de pássaros na época de
Noé (considerando o sentido de espécies atual), e que a expressão “sete de
cada” é uma referência "apenas a animais limpos", e que havia muitas
aves e animais impuros a bordo. Estas 8.600 espécies poderiam serem reduzidas a
poucos tipos básicos criados originalmente.
Sobrevivência
após o dilúvio
Como os sobreviventes do dilúvio
fizeram para se alimentar quando saíram da arca, já que tudo havia sido
destruído? Observe que após as águas do dilúvio minguarem, a pomba trouxe um
ramo de oliveira para Noé. Isto significa que já havia vegetação na superfície,
em rápido processo de crescimento. A Terra passara mais de um ano sem ser
cultivada ou explorada pelo homem, enquanto passava pelo processo de
transformação geológica.
Isto nos faz lembrar do “ano
sabático”, onde a cada sete anos, Deus ordenara um ano de descanso, e no ano
seguinte a este sétimo, a terra produzia duplicadamente, com capacidade
dobrada. Isto deve ter ocorrido também no ano após o dilúvio. Como, em tão
pouco tempo, a pomba poderia ter encontrado uma oliveira, e depois, alimento
suficiente para nunca mais ter que voltar à Noé?
Pelos cálculos, a pomba teria
sido solta mais de dois meses e meio antes que Noé saísse da arca; dois meses
eram suficientes para a reprodução vegetal em vários lugares da superfície.
Observem a Providência divina: quando Noé soltou a pomba pela segunda vez, esta
trouxe-lhe um ramo de oliveira; sete dias após este, a pomba já não voltou
mais. Isto significa que ela já havia encontrado alimento suficiente para
sobreviver fora da arca, por isso não retornou nos dois meses seguintes nem
nunca mais para se alimentar.
Enquanto isso, muita vegetação
já teria crescido sobre a superfície, (pelo menos, o suficiente para a
alimentação até que tudo se estabilizasse novamente). Os animais que saíram da
arca seriam férteis, e teriam capacidade de, em pouco tempo repovoarem e
diversificarem suas respectivas espécies e encherem a Terra, conforme a benção
de Deus (Gênesis 8:17). Os anfíbios, que vivem na terra e na água, e os animais
marinhos, que sobreviveram fora da arca, estariam em maior quantidade que os
animais terrestres, e também serviriam de alimentação para estes e aos humanos.
Hoje já se fala que, devido à
superlotação do planeta, no futuro teremos que extrair grande parte de nossa
alimentação do mar. O mesmo deve ter acontecido após o dilúvio: o mar teria
alimento em abundância, por isso grande parte da alimentação deve ter sido
retirada do mar. Também, quando as águas do dilúvio secaram, muitos cadáveres
devem ter ficados expostos sob a superfície, (de animais e humanos que não
foram soterrados e fossilizados) – que estariam em estado de composição,
(processo que, teria sido retardado até aquele momento pela conservação do sal
e da água). Estes restos mortais proporcionariam alimentação por um bom período
à muitas aves de rapina (como os abutres e os corvos), e para animais que se
alimentam de ‘carne morta’, como as hienas.
Devemos lembrar novamente que,
considerando que os tipos básicos levados por Noé não eram iguais às
classificações biológicas modernas de espécies, podemos dizer que haveria uma
quantidade suficiente de alimentação para os poucos exemplares levados com Noé,
após saírem da arca. Lembrando também, que Noé levara uma quantidade maior de
animais e aves limpas, que, por formarem grande parte dos seres herbívoros,
podem ter servido de alimentação aos carnívoros após o dilúvio.
A declaração divina de que temor
e espanto se apoderariam dos animais diante de Noé e sua família (“Pavor e medo
de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus”...
GN 9:2-4), seria uma garantia de proteção e sobrevivência aos humanos diante
das feras e animais selvagens após saírem da arca. Os estudiosos dizem que,
devido a isto, Deus disse a Noé que de todo o animal Ele iria requerer e cobrar
o sangue do homem, caso este fosse derramado (Gn 9.6,7).
Após saírem da arca, o ambiente
deveria estar com vegetação crescente e abundante (em 100 dias cresce bastante
vegetação), e para os herbívoros não deve ter havido qualquer problema. Os
carnívoros também estavam em pequena quantidade, e precisamos considerar aqui a
maior duração das gerações dos carnívoros que dos herbívoros; os herbívoros, ao
se multiplicarem mais rápido e por estarem em maior quantidade (os animais
limpos, levados em maior quantidade, na maioria eram herbívoros) serviram de
alimento para os carnívoros.
Variação
após o dilúvio
Deus dotou os seres vivos com um
potencial genético que permite grande variedade de raças de aves, de cães, etc.
Sabemos que as espécies estão em constante processo de microvariações. Um
exemplo disso são os cães. A Genética sabe hoje que com apenas um único casal
de cães, é possível gerar todos os tipos de cães existentes (dálmatas, pastor
alemão, boxer, etc). Basta que os animais selecionados tenham os genes para
tal.
Os animais que entraram na arca
possivelmente eram multigenes. Exemplo é que não caberiam na arca todas as
espécies de cães, mas caberia um casal multigenes com a capacidade de gerar
todas as espécies de cães [veja explicações aqui
e aqui].
A ciência sabe hoje que apenas
um casal de cães, lobos e hienas seria capaz de gerar todos os tipos de cães,
lobos e hienas existentes. Isto confirma a baraminologia, e é evidência do
processo de diversificação das espécies após o dilúvio. Diante das
microvariações (diversificações) que ocorrem nas espécies, não sabemos nem
mesmo se os cães existiram antes do dilúvio, ou se desenvolveram-se a partir de
um ancestral que foi preservado na arca, e teria gerado o grupo.
É sempre importante salientar
que, neste caso, não se trata de um processo evolutivo, não se ocorre uma
evolução: neste caso, há uma diversificação das espécies que foram criadas por
Deus originalmente. Mais discussões abordando este assunto, no tópico sobre
“Baraminologia”.
Muitos criacionistas acreditam
que as mudanças dentro de uma população são realizadas através da degradação do
genoma criado. É de acordo, geralmente, que a seleção natural, isolamento
reprodutivo (especiação) e deriva genética são eficazes, nos levando à formação
de populações que são altamente adaptadas ao seu ambiente. Crê-se que
especiação e deriva genética tenham ocorrido em altas freqüências durante a dispersão,
imediatamente após o dilúvio.
O dilúvio e as condições
originadas após seu término teriam fornecido condições muito favoráveis para um
rápido isolamento reprodutivo (especiação). A maioria dos organismos foi
destruída por esta catástrofe, deixando pequenas populações de sobreviventes.
Os vertebrados terrestres foram preservados na arca em pequenos números. Após
eles serem liberados da arca, eles teriam encontrado recursos quase ilimitados
disponíveis, tornando possíveis rápidos aumentos no tamanho das populações,
juntamente com níveis reduzidos de competição.
Haveria um grande número de
nichos ecológicos desocupados, aos quais os organismos poderiam se adaptar. As
condições ambientais da Terra estariam instáveis, e processos geológicos como
os vulcões, terremotos, e mudanças no nível do mar afetariam o clima, criariam
e removeriam barreiras para a dispersão e produziriam muitas catástrofes
localizadas que tenderiam a isolar populações de espécies em dispersão.
Aquelas espécies que foram
preservadas fora da arca também estariam sujeitas a condições favoráveis para
especiação. Organismos aquáticos poderiam ser transportados por correntes,
possivelmente resultando na dispersão de pequenos grupos de sobreviventes para
muitos lugares isolados com diferentes condições ambientais. O mesmo poderia
acontecer com grupos terrestres tais como insetos, vermes e outros
invertebrados. Plantas e sementes poderiam também ser levadas pelas águas e
dispersas por correntes. Estas condições provavelmente resultariam em especiação
rápida em muitos grupos de organismos.
As diversas adaptações dos seres
vivos ao meio ambiente dependem muito do tipo de vegetação e do clima. É bem
conhecido o instinto de migração de várias espécies, principalmente as aves.
Determinadas espécies, com o tempo, se isolaram em determinadas regiões, e se
adaptaram a novos tipos de habitats, por diversos fatores ambientais como
destruições ecológicas, melhor adaptação a outro tipo de ambiente, migração,
etc.
Poderia ter
havido apenas um único continente no mundo antediluviano?
Cientistas e geólogos acreditam
que no passado, a Terra era um único continente chamado “Pangéia”. A principal
evidência que leva a crer que havia um único continente, é a possibilidade de
se encaixar os continentes num único e gigante continente, e o encaixe quase
perfeito entre o litoral da África e da América do Sul.
Os cientistas encontraram
semelhanças entre a parte oriental da América do Sul e a parte ocidental da
África:
• semelhanças geológicas –
mesmos tipos de rochas, de terrenos;
• semelhanças no clima – o mesmo
clima;
• semelhanças entre restos de
animais e vegetais (os mesmos tipos de fósseis e plantas).
No pólo sul existem árvores de
floresta tropical embaixo do gelo, uma verdadeira floresta abaixo da camada de
gelo; a ciência diz que a Antártida no passado, foi uma floresta. Hoje, só
gelo. Calcula-se que no verão, a temperatura no Pólo Sul chegava a 5º C. A
prova disso foram os fósseis da planta denominada Nothofagus. Ainda hoje
existem exemplares dessa planta nas regiões frias da América do Sul. Essas
descobertas mostram que o continente Antártico já abrigou uma floresta. Isto
também evidencia que houve uma alteração climática na região, hoje situada no
pólo sul, que já foi capaz de abrigar vegetação de clima tropical.
Entre os mamutes e rinocerontes
congelados encontrados na Sibéria e no Alaska, um mamute [animal semelhante aos
elefantes e peludo] foi encontrado com vegetação tropical na boca, antes de
sequer ser digerida ou engolida; nos estômagos de alguns desses animais foram
encontradas vegetações tropicais, que haviam sido digeridas poucos instantes
antes do congelamento. Estas são evidências de que o clima nos pólos já fora
quente. Para a ciência, isto ocorreu na Pangéia, e a única diferença de opinião
entre criacionistas e evolucionistas, é em relação a quando ocorreu esta
separação dos continentes. Para os evolucionistas, isto teria se dado a milhões
de anos atrás; para o criacionismo, os continentes se separaram durante o
Dilúvio.
Teologicamente, isto não entra
em conflito com as escrituras, pois elas também parecem indicar a existência de
um único continente inicial, chamado de “porção seca” (singular), quando Deus
fez aparecer a “porção seca” em meio às águas – veja Gênesis 1:9,10.
Todo ano, os continentes se
deslocam alguns centímetros em sentidos opostos, e não param de se deslocar. A
velocidade de separação, varia de placa para placa: a cada ano, calcula-se que
a América do Sul afasta-se 3 cm do continente africano, enquanto há placas que,
afastam-se cerca de meio centímetro por ano. A ciência diz que a velocidade de
separação pode atingir no máximo, um movimento de 15 centímetros por ano, em
algumas.
Como se sabe hoje que elas se
movem, acredita-se que no passado todas essas placas eram juntas e formavam um
único continente.
Mas, como se explica os fatos
dessas placas se movimentarem?
Para a interpretação
uniformitarista do evolucionismo, este movimento da crosta terrestre tem
velocidade contínua, e teria levado milhões de anos para que os continentes se
separassem.
O criacionismo porém, não aceita
que a velocidade tenha sido a mesma por tanto tempo. Só o fato de as placas
terem um movimento de distanciamento variado, é uma evidência de que a
velocidade de separação não é constante.
Por que motivo, a velocidade do
deslocamento (deriva) continental seria constante por 200 milhões de anos? O
que faria com que esta velocidade não se alterasse, nem diminuísse, mas
permanecesse com a mesma velocidade por tantos milhões de anos?
Tem se observado que o movimento
dessas placas tem diminuído, que elas estão em processo de desaceleração, a
velocidade vem decrescendo lentamente, o que contraria a explicação
uniformitarista evolucionista. Para a interpretação catastrófica criacionista,
a velocidade da separação destas placas teria sido muito maior no passado,
vindo a diminuir com o tempo, como se pode observar.
O que teria dado o movimento
inicial a estas placas, para a separação continental, senão uma catástrofe? O
fato destas placas ainda estarem em movimento, indica que a catástrofe que deu
origem a este movimento e à separação continental foi recente. Quando as águas
subterrâneas começaram a jorrar, a pressão das águas teria rachado a crosta e a
partido em várias placas continentais, que começaram a se separar.
Teoria das
Hidroplacas
A teoria das hidroplacas tenta
explicar de onde teria vindo a força que deu origem ao movimento de separação
das placas continentais, e, consequentemente, a formação dos continentes e das
cadeias de montanhas.
Durante o Dilúvio a crosta se
abriu em fendas que fizeram jorrar a água subterrânea. Por causa da pressão, a
água jorrou a quilômetros de altura, por todo o planeta. Nas áreas polares, a
água caiu em forma de gelo juntamente com gás carbônico nessa forma, capazes de
congelar instantaneamente. A lama foi responsável pelo soterramento e
fossilização da maioria das criaturas que hoje encontramos nos fósseis. Com a
água subterrânea jorrando, ocorreu o deslocamento das massas de Terra sobre
essa água, separando os continentes.
A deriva continental deve ter se
iniciado no momento da abertura das fontes, e durou cerca de 150 dias. Como a
chuva parou no dia 40, é fácil compreender que a água encobriu todos os montes,
enquanto ainda ocorria a formação das maiores montanhas. Também ocorreu uma
acomodação do fundo dos oceanos, com seu rebaixamento e a formação dos abismos
oceânicos, e evaporação da água. Esses fenômenos contribuíram para que todos os
montes pré-diluvianos fossem encobertos pelas águas, e depois foi que as novas
montanhas, mais altas que as anteriores, se formaram, enquanto a água se
evaporava e se acomodava no fundo do oceano.
A acomodação dos continentes
ocorre até hoje com os terremotos e vulcanismo. Logo após o Dilúvio deve ter
ocorrido o que hoje chamamos de Era Glacial, durando cerca de 300 anos, por
evaporação da água e conseqüente perda do calor ambiental, dentre outros
motivos.
As evidências geológicas são
interpretadas atualmente através de uma pré-concepção de uma Terra antiga e não
catastrófica, enquanto antigamente elas eram interpretadas através de uma idéia
de Terra jovem e catastrófica. A própria Teoria das Hidroplacas explica grande
parte de tais evidências, que apóiam um processo rápido, não necessariamente
dirigido diretamente por alguma inteligência.
A aparência das camadas pode ser
explicada pelo processo de liquefação, na qual o movimento contínuo e
turbulento das águas causa a deposição ordenada dos sedimentos em alguns dias.
Algumas evidências que apóiam um processo rápido são a formação oblíqua de
certas camadas, a sobreposição (em que camadas mais “velhas” estão sobre as
mais “jovens”) e a aparente ondulação em alguns extratos, impossíveis de se
conseguir através de uma deposição lenta. Duas evidências paleontológicas são a
presença de espículas de esponja marinha em sedimentos de 14 milhões de anos no
interior dos EUA, e fósseis de árvores que atravessam várias camadas de milhões
de anos.
Talvez a diminuição do volume
das águas subterrâneas tenha feito o movimento das placas diminuírem, e causado
a desaceleração quando as fontes subterrâneas pararam de jorrar. Os
continentes, ao se moverem, geraram oceanos mais profundos. Com a separação da
Pangéia, dera a formação dos continentes e das grandes cadeias de montanhas.
Os continentes são menores que a
área da Pangéia inicial (porém são mais altos que a área da Pangéia). Quando os
topos das montanhas começaram a aparecer, eram os continentes sendo formados:
devido à diminuição da quantidade de água nas fontes subterrâneas, a velocidade
também foi diminuindo, e conforme houve a desaceleração, o litoral dos
continentes se encavalou, formando as altas montanhas.
→ MAIS DETALHES SOBRE A TEORIA DAS
HIDROPLACAS (nos vídeos, uma excelente explicação do Dr. Adauto Lourenço):
O que seriam
as “Águas Acima do Firmamento” no período antediluviano?
Entre os criacionistas, foi
muito defendida, pelo menos no passado, a idéia de que as águas do dilúvio
foram causadas por uma enorme quantidade de água colocada acima do firmamento,
uma espécie de abóbada ou cobertura de água em estado de vapor, que teria sido
responsável por causar uma uniformidade no clima do planeta e contribuiria para
os períodos de vida mais longos, a longevidade antediluviana.
Esta ficou conhecida como
“Teoria do dossel ou da camada de vapor”. Por mais de trinta anos, o Institute
Research For Creation foi o maior defensor desta teoria. Apesar de uma boa e
excelente tentativa de defesa a favor desta teoria recentemente, de Dillow
Morris no livro “As águas Acima”, a teoria foi abandonada por praticamente
todos os criacionistas acadêmicos e não-acadêmicos, pois sabemos hoje que tanto
biblicamente, quanto cientificamente, ela enfrenta problemas que a
impossibilitam. Até mesmo os que acreditam em sua possibilidade, estão cientes
de seus problemas.
Entre as camadas da atmosfera
(troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera) este vapor estaria
situado na troposfera, a camada onde vivemos e que abrange até cerca de 15 km
acima da superfície. Acima da troposfera, na estratosfera e camadas superiores,
a quantidade de oxigênio é bem pequena e praticamente não existe umidade.
Justamente por isso não há nuvens na estratosfera, e a camada de vapor teria de
estar localizada abaixo dela, um pouco acima das nuvens.
A teoria se baseia na afirmação
bíblica de que Deus separou águas sobre o
firmamento (a expansão atmosférica) e as águas abaixo do firmamento (águas na superfície terrestre):
Gênesis 1:6, 7. — “Fez Deus o
firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas
(hebr.Mayim) sobre o firmamento (hebr. Raqiya). E Deus chamou ao firmamento
Céus (hebr. Shamayim)”...
• Entretanto, estas águas sobre o firmamento seriam apenas as
águas acumuladas nas nuvens, não uma referência a alguma camada de água
específica que haveria antes do dilúvio.
O que levou muitos a simpatizarem
esta teoria, foi a idéia de que ela pudesse fornecer explicações para a
longevidade (longa vida) antediluviana e para a origem das águas do dilúvio.
Mas esta teoria não explica a longevidade antediluviana, nem explica de onde
veio a água do dilúvio, porque a maior parte da água veio do subterrâneo. Como
se não bastasse, esta teoria enfrenta problemas científicos e também bíblicos
(com as próprias escrituras), como veremos.
Vamos tratar primeiramente dos
problemas teológicos, e depois científicos, da teoria do dossel ou camada de
vapor.
Problemas
teológicos com a teoria do dossel
• A palavra usada para águas é o
termo hebraico “mayim”. Esta é uma palavra que descreve água líquida, e não em
estado de vapor. Se a água em Gênesis 1:6-8 fosse água em estado de vapor,
névoa ou gelo (como alguns propõem), outras palavras hebraicas teriam sido mais
apropriadas.
Embora o hebraico antigo tenha
outras palavras usadas para nuvens, é preciso lembrar que o termo nuvem é
apenas a expressão para designar aquilo que seriam estas águas sob o
firmamento. Na passagem em questão, o hebraico “mayim” apenas descreve as águas
na expansão atmosférica, sem usar o termo nuvens (assim como descreve no mesmo
verso, as águas abaixo do firmamento, - sem usar os termos específicos, “rios”
e “mares”). Isto tem servido para que se sustente a idéia de que seria uma
camada de vapor. No hebraico existem outros termos hebraicos para descrever um
teto, uma cobertura ou algo sólido, como “sukkah” (Sl 18:11/ 2º Sm 22:12);
“chuppah” (Is 4:5) e “shapur” (Jr 43:10).
Se as águas sobre o firmamento se referissem a um dossel, por que nenhuma das
palavras hebraicas que significam literalmente cobertura ou teto não foram
usadas?
• A palavra usada para Céu (ou
Céus) em Gênesis é "Shamayim" (Shamaim),
e é usada para descrever o céu (espaço sideral), algumas vezes, a atmosfera, e
o lugar onde Deus mora. Decomposta, forma a expressão sha + mayim (lá tem +
águas), sendo uma referência às águas na expansão atmosférica, sob o
firmamento.
• Para firmamento, é usado o
hebraico "raqyia". Raqiya é
usada 9 vezes no primeiro capítulo de Gênesis. Normalmente significa
"extensão" ou "firmamento". O sentido original é
desconhecido. A palavra "raqiya" vem da raiz hebraica
"raqa", que significa "espalhar". Daí vem o sentido de
'expansão'.
Nas quatro últimas vezes em que
ocorre (Gen. 1:14-20), raqiya é
acompanhada pela expressão "dos céus", significando no contexto, 'vastidão dos céus',
atmosfera, espaço ou céu. (Isto se observa claramente numa breve leitura da
passagem).
Mas nas quatro primeiras vezes
em que é usada (Gen. 1: 6,7) raqiya não aparece acompanhada pela expressão
“dos céus”. Por isso alguns sugerem que em Gen.1:6, 7 raqiya seria a crosta terrestre, uma separação entre águas
subterrâneas e águas da superfície. Mas vários argumentos são apresentados como
refutação a esta interpretação:
• Deus deu o nome de ‘céus’ (Shamayim) ao firmamento. Se o firmamento
raqia, em Gênesis 1:7, fosse a crosta
terrestre, como se explica o fato de Deus ter chamado ao firmamento de ‘Céus’
no verso seguinte? – Seria mais óbvio que o chamasse de ‘terra’, superfície, ou
qualquer outra expressão que indicasse a crosta terrestre, mas não chamá-lo de
céus...
• Como o firmamento seria a
crosta terrestre, se no verso nove a Terra continuou coberta de águas, e Deus
ordena que as águas se ajuntem debaixo dos céus (Shamayim - nome dado ao firmamento) dando-lhes o nome de ‘mares’,
sendo que só no dia seguinte aparecera a porção seca (crosta)?
• Outra observação feita em
Gênesis 1:20, é que as aves voariam no
firmamento. Isto mostra que raqiya
é a expansão, onde as aves voariam, não a superfície.
• Veja o Salmo 150.2 –
"Louvai-o no firmamento (raqiya)
do seu poder". Ou seja: Louvai o Senhor na extensão do seu poder.
• Outro detalhe citado por
estudiosos que favorece a interpretação de que as águas sob o firmamento fossem
as nuvens, é que, após o dilúvio, quando Deus fez o pacto com Noé, o Senhor
declarou que colocaria o arco nas nuvens, e as águas não mais se tornariam em
dilúvio (Gen.9:15). O que isto quer dizer? - Que se Deus quisesse destruir
novamente o mundo, ele não precisaria de nenhuma camada ou dossel de vapor, mas
o faria apenas com as águas das nuvens e do subterrâneo. Mas não o faria por
aquele pacto.
Isto contraria a teoria, que
explica as águas do dossel como a razão do dilúvio.
• Na tradução latina da Vulgata,
Jerônimo substituiu o hebraico raqia pelo latim “firmamentum”. Já na
Septuaginta, foi traduzido pelo grego "Stereoma", em 19 de 20
passagens onde aparece no Antigo Testamento,] – inclusive, Gênesis 1:8.
“Stereoma” significa suporte,
estrutura firme e sólida. Mas tanto “firmamentum” como “stereoma” possuem
sentido de expansão ou céus.
Problemas científicos
com a teoria do dossel
Muitos dos problemas mostrados
aqui, são abordados no site criacionista inglês, “CreationScience”. Se houvesse
uma camada de vapor sobre a troposfera, esta, ao invés de proporcionar solução
para algumas questões, geraria problemas científicos tão graves, que
impossibilitariam a vida sobre o planeta. E não há como defender
cientificamente uma teoria que impossibilitaria a vida.
Costuma-se dizer que a radiação
do espaço exterior, provoca a diminuição da estimativa de vida. Mas isto não é
algo cientificamente comprovado. Um teste realizado que poderia ter demonstrado
que “a radiação solar reduz a longevidade” falhou. Ratos foram colocados em
grutas blindadas, protegidas contra todo tipo de radiação; mas nem os ratos ou
os seus descendentes viveram mais do que o comum. Estes ratos foram testados em
ambientes que seriam uma reprodução do dossel, mas isto não fez com que estes
ratos vivessem mais que os outros.
• Se a longevidade antediluviana
fosse provocada pela suposta camada de vapor, ela deveria ter diminuído logo
após Noé e seus filhos terem saído da arca, pois já não mais haveria tal camada
para fazê-los viver tanto quanto antes. Mas vemos que a longevidade veio a
decrescer lentamente após o dilúvio, e não imediatamente.
Pensa-se que um dossel teria
protegido as pessoas do processo de envelhecimento. Mas cientificamente
falando, a diminuição da longevidade decresceu devido à deteriorização do
material genético humano ao longo de gerações. Mesmo que ele desse à Terra um
clima quente e uniforme, isto não seria a causa da longevidade antediluviana.
• Problema com a pressão
atmosférica (o peso do ar). A atmosfera exerce pressão, isto é, força ou peso
sobre uma superfície. Se houvesse uma cobertura de vapor ou de gelo, que
tivesse pelo menos 12 metros de espessura, o peso desta camada teria o dobro da
pressão atmosférica, isto é, o dobro do peso do ar; (por isso, os que defendem
o dossel limitam a espessura desta camada para 12 metros - ou 40 pés); mas uma
camada com apenas doze metros de espessura seria uma quantidade insuficiente de
água para inundar o planeta; justamente por isso, é dito que esta teoria não
explica de onde veio a água que inundou o planeta.
• Outro problema que também a
torna impossível, é que um dossel na forma de vapor acima das nuvens, faria
irradiar muito calor no planeta. A Terra atingiria uma temperatura de 122 graus
Celsius; as pessoas, plantas e animais iriam absorver tanto calor que
morreriam. Também, esta cobertura faria com que a luz do Sol e das estrelas
fosse menor. Então pergunta-se como seria possível que muitas plantas
tropicais, que necessitam de muita luz solar terem sobrevivido por séculos
sobre um dossel?
A cobertura de vapor (dossel)
também causaria um outro problema muito conhecido: o problema do Efeito Estufa.
A Terra seria como um vidro pelo qual o calor atravessa com facilidade, mas
encontra dificuldade para sair, aumentando a temperatura em seu interior. Isto
seria semelhante ao Aquecimento Global, e conforme a temperatura fosse
aumentando, as águas dos oceanos, rios e mares iriam evaporar. Sem falar que,
com elas evaporando, teríamos mais vapor na atmosfera (e quanto mais vapor,
mais aumentaria o calor). Isto traria ainda outros problemas, pois o vapor com
o tempo, certamente se misturaria com os gases da atmosfera, e com essa
mistura, se desmancharia a camada de vapor, que na ocasião do dilúvio não mais
existiria.
• Com a cobertura exposta à
camada ultravioleta de Ozônio, a água do dossel iria absorver hidrogênio com o
ozônio, e tornaria o oxigênio e o nitrogênio tóxico para animais e seres
humanos.
Outro problema científico com
esta teoria, é que no momento do dilúvio, quando estas águas mudassem do estado
de vapor para líquido, considerando se tivéssemos uma camada de 12 centímetros
de espessura (uma quantidade insuficiente para chover 40 dias) isto levaria a
temperatura de aprox. 450 °C, e todos morreriam queimados.
— Mais detalhes, no site
CreationScience (traduzido):
→ Portanto, os argumentos para a teoria
do dossel não sobrevivem quando analisados de perto, pois ela, além de
conter problemas bíblicos, também contém problemas científicos associados à
pressão atmosférica, calor, luz solar, suporte, condensação, efeito estufa e
luz ultravioleta.
Além de tudo isso, ela não
explica a inundação, a longevidade antediluviana e nem as mudanças geológicas.
Povos como os egípcios, gregos, romanos e outras culturas antigas possuem mitos
sobre a existência de um dossel, mas não os judeus; logo, eles não entendiam
“raqyia” como uma abóbada celeste.
Como foi dito de início, não é
possível sustentar uma teoria como “científica”, se ela estiver entrando em
conflito com a própria ciência (como exemplo disso, já temos a evolução).
Baraminologia
Baraminologia é um modelo de
classificação dos seres vivos, proposto pelo Dr. Frank L. Marsh. Ele propôs que
deveríamos classificar os seres vivos de acordo com a sua capacidade de
combinação genética, ou seja, os grupos que tem capacidade genética de cruzarem
entre si pertenceriam à mesma espécie básica criada – ou baramin. Este
princípio foi aceito por muitos criacionistas, pois acredita-se que as espécies
originalmente criadas por Deus se diversificaram, e abrangem estes grupos
(capazes de, geneticamente cruzarem entre-si).
A baraminologia trabalha para
classificar a vida de acordo com seus respectivos “tipos básicos”, as “Espécies
originalmente Criadas” por Deus. O nome vem da junção dos termos hebraicos
"bara" (que significa criar) + "miyn" (que significa tipos
ou formas básicas).
Na área da biologia, os tipos
básicos também são chamados de Espécies Criadas, ou 'Espécies Ancestrais', no
sentido de terem dado origem à diversidade atual. Na Biologia, são organismos
que compartilham uma ascendência comum. A expressão foi tirada do Gênesis, que
relata que na semana da criação, Deus criou muitos “tipos” de organismos. Eles
também são referidos como "tipos", "espécies originais",
"espécies do Gênesis", e mais formalmente por cientistas, como
"tipos básicos das espécies" – ou "baramin".
Em contraste com o princípio
evolucionário de ascendência totalmente comum (todas as espécies e seres teriam
vindo de um mesmo ancestral), biólogos criacionistas defendem que toda a vida
na Terra não está relacionada com uma única célula, - mas que a vida foi criada
em um número finito de diversas formas, que posteriormente sofreram especiação
(isolamento reprodutivo) e maciça mudança genética ao longo de milhares de
gerações. Apesar de diversos organismos compartilharem de ascendência comum na
biologia criacionista, não trata-se de evolução das espécies, mas dum processo
de diversificação dos tipos ou formas básicas criados originalmente.
Enquanto na biologia
evolucionista os seres vivos compartilham duma ascendência completamente comum
(todos os seres vivos descendem de um mesmo microorganismo que teria surgido
por geração espontânea), na biologia criacionista, diversas formas diferentes,
criadas originalmente, compartilham de uma ascendência comum (isto é, apenas
algumas formas específicas de vida, geralmente equivalente a famílias ou
gêneros, compartilham de um mesmo ancestral comum).
Devido a isto, é importante não
se confundir as espécies criadas (baramin) com o que hoje se classifica como
espécie. A espécie básica criada (baramin) é considerada freqüentemente
comparável ao nível de “famílias”, na hierarquia taxonômica, pelo menos em
mamíferos - com a notável exceção da humanidade. Em alguns casos, como a
humanidade, as espécies criadas (baramins) coincidem com espécies ou gênero (o
gênero homo). Em outros casos, tais como os Felídeos, podem ser equivalentes ao
nível Famílias de classificação.
Embora animais como a raposa e o
coiote podem ser considerados como espécies diferentes (taxonômicas) na
biologia, eles ainda são a mesma "espécie" (tipo básico ou baramin)
de animal.
A maioria das controvérsias
quanto aos “Tipos básicos” (baramin) gira em torno do limites entre espécies -
a posição em que as espécies não são associadas. Determinar com precisão o
perímetro entre as espécies originais não é tarefa fácil, porque ele é, na sua
essência, um projeto histórico, em que a prova é estritamente limitada pela
evidência disponível hoje. Na ausência da capacidade de observar diretamente a
vida na sua forma original, a classificação das espécies geralmente gira em
torno da compatibilidade reprodutiva – isto é, espécies ancestrais são
geralmente vistas como tendo ascendência comum se forem reprodutivamente
compatíveis.
A classificação é mais difícil
quando a compatibilidade reprodutiva é parcial, como no caso da mula, um
híbrido do cavalo e do burro, que, embora seja viável, não é fértil.
Para compreender "a
verdadeira" história biomodificacional (microevolutiva) da vida na Terra,
seria importante identificar quais foram os organismos criados no início por
Deus. Deus criou toda a vida, entretanto, não sabemos o quanto os animais podem
ter mudado após a criação. Não podemos identificar nenhum fóssil como sendo uma
forma individual criada originalmente. Os únicos fósseis que temos são de
animais que viveram mais de mil anos após a criação. Não sabemos como eram as
formas originalmente criadas.
— Mais informações sobre baraminologia,
veja no Portal Biologia.
Madeira
usada na construção da arca
A arca foi construída com a
madeira "Gofer". O termo hebraico “Gofer” é mencionado apenas uma
única vez na Bíblia (Gênesis 6:14) e, embora seja traduzida em várias versões
como “cipreste”, seu significado é obscuro, não se sabe exatamente o seu
significado. A tradução de ‘gofer’ por cipreste, se baseia nas semelhanças das
raízes destas duas palavras, que são semelhantes no hebraico.
O cipreste era uma madeira
utilizada antigamente em alguns lugares da Europa para construir caixas
d'águas, por ser um tipo de madeira que não estraga com a água. Não sabemos se
o cipreste existente na época de Noé seria exatamente igual ao que conhecemos atualmente.
Entre os pais da Igreja,
Agostinho e Ambrósio sugeriram que ‘gofer’ deveria ser o pinho ou o cipreste.
Há também quem tenha sugerido que o hebraico ‘gofer’ não designa nenhum tipo de
madeira específica usada na construção da arca.
Quando lançada, no século XVI, a
Versão da Bíblia de Genebra traduziu o hebraico 'gofer' como a árvore pinheiro.
Para não correrem o risco de
errarem na tradução, a versão do Rei James (1611) manteve a palavra original, e
a maioria das versões seguintes conservaram o original gofer. Já a 'New
International Version' (Nova Versão Internacional), publicada em 1978, e
algumas outras (como a Almeida Atualizada) substituíram por cipreste.
A Enciclopédia Judaica diz que a
tradição cristã de sugerir que o hebraico gofer seja traduzido por ‘cipreste’,
é uma interpretação arbitrária e insatisfatória, porque se baseia apenas nas
semelhanças das raízes destas palavras. Há estudiosos que sugerem que “gofer”,
a madeira utilizada na construção da arca, tenha sido algum tipo de árvore
antediluviana. A madeira usada foi semelhante à de cipreste e não a das
gigantes sequóias. As toras poderiam ser carregadas de muitas maneiras,
provavelmente de modo muito mais fácil que as pedras das pirâmides e as imensas
pedras dos obeliscos egípcios.
Arca, e
algumas questões durante a inundação
Diante da violência da crosta
terrestre e dos gêiseres jorrando a água subterrânea, isto ofereceria o risco
de a arca tombar?
O termo hebraico “Teváth”,
traduzido nas escrituras por arca, significa literalmente uma arca ou caixa.
Não era uma embarcação com a finalidade de navegar, mas somente flutuar.
A arca não era um barco
navegável, mas ela foi feita para flutuar, por isso, tinha o formato de um
caixote. Tem sido experimentado através de réplicas em miniatura da arca que o
seu formato de caixote forneceria estabilidade e era próprio para flutuar; sua
inclinação poderia atingir no máximo de 70 a 80 graus. Lateralmente, ela
poderia virar até 60 graus, no máximo, e quase dois terços dela estaria abaixo
do limite da água. Isso tudo facilitaria sua navegação em meio à violência das
águas.
É claro que, a arca só poderia
ser preservada de modo sobrenatural, pois um evento que foi capaz de erguer a
cordilheira do Himalaia seria capaz de reduzir a arca a fumaças, sem uma
proteção sobrenatural. É óbvio que o mesmo Deus que disse que mandaria um
dilúvio, que trouxe os animais até Noé também pouparia a arca no auge do
evento, de ser destruída em meio à fúria da natureza...
Um fato curioso é que, uma das
áreas mais bem protegidas do planeta das rachaduras das placas continentais,
está situada num diâmetro (círculo) de 500 metros ao redor do Ararate, onde a
arca repousara. Longe das rachaduras das placas, a arca estaria longe dos
gêiseres que jorraram do subterrâneo, numa posição privilegiada, onde teria
mais condições de resistir ao dilúvio. Tendo a arca não sido feita propriamente
para navegar, durante o dilúvio ela não se locomoveria para muito distante dessa
região.
Também, sendo a arca um barco
feito apenas para flutuar, é preciso entender a não necessidade de aço ou
qualquer metal na estrutura da Arca para construí-la. As pirâmides egípcias têm
uma engenharia muito complexa, e não precisaram de aço ou qualquer outro metal,
enquanto muitos prédios hoje com alguma estrutura metálica não resistiriam
tanto e são muito mais simples.
A tecnologia dos navios não
servia para aumentar o tamanho, mas sim a navegabilidade, capacidade de carga e
armamentos. A arca não precisou de tecnologia de navegação alguma, pois só
flutuou.
Embora já houvesse conhecimento
de metal na época de Tubalcaim (Gen.4:22), a arca poderia ser construída apenas
com madeira, como foram muitos dos navios antigos. Por exemplo, temos as
barcaças egípcias de mais de 2000 a.C., usadas para transportar enormes pilares
de pedras, mediam mais de 60m e carregavam quase 700 toneladas, e eram feitas
apenas de madeira, com um formato levemente abaulado no casco e não a típica
forma de navio (Enciclopédia Delta Universal, 1985, termo “Navio”, seção
“História”).
Não precisa parecer um navio pra
boiar, pois icebergs, bóias, toras de madeira, e muitos outros materiais e
estruturas flutuam sem possuírem nenhuma semelhança com um navio. A forma
típica de navios pode até não ser a melhor para manter uma embarcação na água,
mas sim a melhor para permitir seu deslocamento.
• A chuva forneceria água
potável suficiente para todos os tripulantes da arca: para a família de Noé e
para os animais a bordo.
• No livro “O Dilúvio, Local ou
Global?”, o Dr. Arthur Custance diz que o ar nas regiões acima das montanhas
teria sido rarefeito demais para alguns animais. Os doutores Henry Morris e
John C. Whitcomb rejeitam esta objeção dizendo que a pressão atmosférica
depende do nível dos oceanos: e a arca encontrava-se ao nível do mar, (visto
que as águas diluviais ergueram-se acima das montanhas). Também, não havia
montanhas tão altas quanto hoje, para que o ar se tornasse tão rarefeito. Como
a água subiu de nível em todos os lugares do planeta, o ar seria forçado a
subir por causa do nível do mar.
• Sobre o número de pessoas
envolvidas na construção da arca, provavelmente não foram apenas Noé e sua
família. Eles podem ter contratado outras pessoas para auxiliar, que mesmo
achando aquilo uma loucura, trabalhariam pela remuneração. Noé também pode (e
por que não?) ter contado com a ajuda e o trabalho dos homens de alta estatura,
os "gigantes e valentes da antiguidade". Isso sem considerar os 120
anos para a construção, que foi tempo mais do que necessário.
Temperatura
Algumas pessoas pensam que o
dilúvio faria com que a temperatura na superfície baixasse muito. De maneira
geral, a temperatura diminui com a altitude, pelo menos, até por volta dos 40
km de altitude. Essa diminuição atinge uma média de 0,6 °C a cada 100 metros.
Não sabemos nem fazemos idéia de
qual seria a temperatura no período antediluviano, ou de suas variações. A
idéia de que haveria um clima uniforme antes do dilúvio, surgiu com a teoria da
camada de vapor, mas não há bases para se sustentá-la, desconsiderando a
possibilidade desta teoria. É bastante
improvável que tenha havido um clima uniforme em todo o planeta antes do
dilúvio.
A radiação solar (os raios
emitidos pelo Sol) é responsável pelas temperaturas na superfície da Terra, e
quanto mais perto uma área estiver da linha do equador, maior será a
temperatura; e quanto mais distante estiver desta linha, menor será a
temperatura, por causa da forma esférica do nosso planeta e das diferenças de
inclinação dos raios solares, que atingem as regiões próximas dos pólos de
maneira muito inclinada. Nas regiões próximas da linha do equador, os raios
incidem verticalmente, (em linha reta). Daí o motivo de as temperaturas serem
mais elevadas nestas. Assim, a superfície terrestre não recebe a mesma
quantidade de raios solares em toda parte, e isto explica os diferentes climas
existentes na Terra.
• Poderíamos dizer que talvez
houvesse um clima semi-uniforme no período antediluviano, se neste houvesse a
Pangéia, um único continente de terra seca, que receberia quase a mesma
quantidade de raios solares em suas regiões. Já vimos que existem árvores
tropicais debaixo do gelo no pólo sul, o que evidência que o clima nas regiões
polares já foi capaz de abrigar plantas e seres de clima quente tropical. Mas é
claro que um único continente não teria o mesmo clima, pois não receberia a
mesma intensidade de calor em todas as áreas.
Considerando que o nível das
águas no planeta não poderia ter atingido mais que 3 quilômetros, a temperatura
média não teria baixado muito durante o dilúvio. Para o pensamento crítico,
durante o dilúvio, a temperatura cairia cerca de 18 graus Celsius - uma região
que antes do dilúvio tivesse uma temperatura média de 25 a 30 °C durante o
dilúvio, teria atingido uma média de 7 a 12 graus Celsius. Mas deve-se lembrar
que a queda da temperatura depende do nível do continente ou do nível das águas
oceânicas. Como o nível das águas subiu durante o dilúvio em todo o planeta, e
isto impediria que a temperatura baixasse muito.
Também, devemos considerar que
as águas são capazes de conservar o calor por mais tempo que a superfície: a
água se aquece mais lentamente, porém, conserva o calor por mais tempo. Por
isso, os oceanos não são muito quentes durante o dia, e nem muito frios durante
a noite (enquanto no continente o dia é mais quente e a noite é mais fria, em
relação ao oceano). Isto elevaria a temperatura durante o dilúvio, mantendo uma
temperatura estável e não muito reduzida sobre o planeta.
1. Fontes:
• Parte deste estudo, são de
autoria do amigo Criacionista Rafael Pavani, que explicou muito bem algumas
questões sobre o dilúvio em:
2. Vídeos:
• Arca de Noé Palestra 01, Dr.
Adauto Lourenço:
• Arca de Noé Palestra 02, Dr.
Adauto Lourenço:
3. Referências literárias
• “Gênesis e Arqueologia", Howard F. Vos (sobre relatos do
dilúvio no mundo);
• “O Dilúvio de Gênesis", Dr. Henry Morris e Dr. John C.Whitcomb;
• "O Dilúvio de Noé", de Richard Teachout;
• "Cosmologia Bíblica e Ciência Moderna", Dr. Henry Morris;
• "Origens, Relacionando a Ciência com as Escrituras" (Origins,
linking Science and Scripture), de Ariel A. Roth, 1998. (Um comentário sobre o
livro em: www.scb.org.br/livros/OrigensRelCienRelig.htm)
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impressionamte!!!
ResponderExcluirArrazaram. Ótima pesquisa, muito esclarecedora.
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