quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dawkins refutou o argumento teleológico?


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O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
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Dawkins também se opõe ao argumento teleológico, que se baseia nas constantes antrópicas que demonstram o ajuste fino do Universo, que atesta a existência de um projeto (e, consequentemente, de um Projetista). Um ponto positivo neste ponto é que Dawkins não nega que existam de fato constantes antrópicas, que parecem atestar um projeto inteligente. Ele nos poupa do trabalho de demonstrar a existência destas constantes, e até mesmo nos privilegia citando outras várias constantes em seu próprio livro.

Mas para os leitores que ainda não estiverem familiarizados com o argumento teleológico ou que ainda não fazem a mínima ideia do que seja uma constante antrópica, transcreverei neste livro as mesmas constantes citadas em meu livro anterior, retiradas do livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, escrito por Norman Geisler e Frank Turek:

Se a força centrífuga do movimento planetário não equilibrasse precisamente as forças gravitacionais, nada poderia ser mantido numa órbita ao redor do sol.

Se o Universo tivesse se expandido numa taxa um milionésimo mais lento do que o que aconteceu, a expansão teria parado, e o Universo desabaria sobre si mesmo antes que qualquer estrela pudesse ser formada. Se tivesse se expandido mais rapidamente, então as galáxias não teriam sido formadas.

Qualquer uma das leis da física pode ser descrita como uma função da velocidade da luz (agora definida em 299.792.458 m por segundo). Até mesmo uma pequena variação na velocidade da luz alteraria as outras constantes e impediria a possibilidade de vida no planeta Terra.

Se os níveis de vapor d'água na atmosfera fossem maiores do que são agora, um efeito estufa descontrolado faria as temperaturas subirem a níveis muito altos para a vida humana; se fossem menores, um efeito estufa insuficiente faria a Terra ficar fria demais para a existência da vida humana.

Se Júpiter não estivesse em sua rota atual, a Terra seria bombardeada com material espacial. O campo gravitacional de Júpiter age como um aspirador de pó cósmico, atraindo asteróides e cometas que, de outra maneira, atingiriam a Terra.

Se a espessura da crosta terrestre fosse maior, seria necessário transferir muito mais oxigênio para a crosta para permitir a existência de vida. Se fosse mais fina, as atividades vulcânica e tectônica tornariam a vida impossível.

Se a rotação da Terra durasse mais que 24 horas, as diferenças de temperatura seriam grandes demais entre a noite e o dia. Se o período de rotação fosse menor, a velocidade dos ventos atmosféricos seria grande demais.

A inclinação de 23º do eixo da Terra é exata. Se essa inclinação se alterasse levemente, a variação da temperatura da superfície da Terra seria muito extrema.

Se a taxa de descarga atmosférica (raios) fosse maior, haveria muita destruição pelo fogo; se fosse menor, haveria pouco nitrogênio se fixando no solo.

10º Se houvesse mais atividade sísmica, muito mais vidas seriam perdidas; se houvesse menos, os nutrientes do piso do oceano e do leito dos rios não seriam reciclados de volta para os continentes por meio da sublevação tectônica (sim, até mesmo os terremotos são necessários para sustentar a vida como a conhecemos!).

11º O nível de oxigênio. Na Terra, ele corresponde a 21% da atmosfera. Se ele representasse 25% haveria incêndios espontâneos; se fosse de 15% nós ficaríamos sufocados. Se a atmosfera fosse menos transparente, não haveria radiação solar suficiente sobre a superfície terrena; se fosse mais transparente, seríamos bombardeados com radiação solar.

12º Se a interação gravitacional que a Terra tem com a lua fosse maior do que é hoje, afetaria seriamente as marés dos oceanos, a atmosfera e o tempo de rotação. Se fosse menor, as mudanças orbitais trariam instabilidades ao clima. Não existiria vida na Terra.

13º Se o nível de dióxido de carbono fosse maior do que ele é atualmente, teríamos um enorme efeito estufa, e todos nós estaríamos queimados; se fosse menor, as plantas não poderiam manter uma fotossíntese eficiente, e todos nós morreríamos sufocados.

14º Se a gravidade fosse alterada em 0,00000000000000000000000000000000000001% (um zero seguido de outros 37 zeros) nosso sol não existiria e, logicamente, nós também não.

15º Freeman Dyson enfatizou que, se a força entre os núcleos (prótons e nêutrons) fosse apenas alguns por cento mais forte, o Universo ficaria sem hidrogênio. Estrelas, como o sol – para não mencionar a água – talvez não existissem. A vida, como a conhecemos, seria impossível.

16º Brandon Carter mostrou que mudanças muitíssimo menores na constante “G” transformariam todas as estrelas em gigantes azuis ou anãs vermelhas, com consequências igualmente funestas sobre a vida.

17º Qualquer pequena variação para um lado ou para o outro nas oscilações do Big Bang, e nenhum de nós estaria aqui para contar a história. O fato é que as oscilações são tão exatas (com uma precisão de um sobre 100 mil) que Smoot as chamou de “marcas mecânicas da criação do Universo” e “impressões digitais do Criador”.

Junto a estas constantes antrópicas poderíamos mencionar também as presentes no livro “Um Ateu Garante: Deus Existe”, escrito por Antony Flew:

18º O princípio da relatividade especial – ou restrita – assegura que forças como o eletromagnetismo tenham efeito invariável, não importando se agem em ângulos retos na direção de um sistema, ou se viajam. Isso permite que códigos genéticos funcionem e que planetas se mantenham unidos enquanto giram.

19º Leis quânticas impedem que os elétrons girem para dentro do núcleo atômico.

20º O eletromagnetismo tem uma única força que permite que aconteçam múltiplos processos essenciais: permite que estrelas brilhem de modo constante por bilhões de anos; que o carbono se sintetize em estrelas; assegura que léptons não substituam quarks, o que tornaria os átomos impossíveis; é responsável por não deixar que os prótons se desintegrem depressa demais ou que se repilam mutuamente com força exagerada, o que tornaria a química impossível. Como é possível que essa mesma força única satisfaça tantos requisitos diferentes, quando parece que seria necessária uma força diferente para cada um desses processos?

William Lane Craig, em seu livro “Em Guarda”, também cita outras constantes antrópicas, tais como:

21º A chamada força fraca, uma das quatro forças fundamentais da natureza, que opera dentro do núcleo de um átomo, é algo tão precisamente ajustado que uma alteração em seu valor que fosse de uma parte em 10100 teria impedido a existência de vida no Universo.

22º Uma alteração na chamada constante cosmológica, que dirige a aceleração da expansão do Universo, que fosse de uma parte em 10120 teria resultado em um Universo onde a vida não seria possível.

23º Roger Penrose, da Universidade de Oxford, calculou que as chances de que o estado de baixa entropia tivesse vindo a existir exclusivamente por acaso está na ordem de uma chance em 1010(123), um número que é tão inconcebível que chamá-lo de astronômico seria uma grosseira simplificação.

Craig ainda acrescenta:

“O ajuste preciso aqui está além da compreensão. Ter uma precisão de sequer uma parte em 1060 é como mirar com um revólver em direção ao outro lado do Universo observável, distante 20 bilhões de anos-luz, e acertar um alvo de 1 polegada!”[1]

Alguns ateus com quem já debati disseram que este ajuste para permitir a vida está invertido. Não é o Universo que pareceu planejado para criar condições favoráveis à vida na Terra, é a vida na Terra que se adaptou diante das circunstâncias do Universo. Esta objeção é tão fraca que nem o próprio Dawkins a usa. Se ela fosse verdade e se qualquer outro tipo de vida pudesse surgir sob outras condições, então esperaríamos encontrar vida em todos os outros planetas da nossa galáxia e das outras.

Marte, por exemplo, teria condições “favoráveis” para a criação de um outro tipo de vida, que se adaptaria às suas próprias circunstâncias que diferem-se da Terra (como, por exemplo, o fato de estar mais afastado do sol). Mas não vemos vida em Marte e nem em outros planetas já pesquisados. Portanto, a objeção de que se tivéssemos constantes diferentes teríamos formas de vida diferentes fracassa na prática. Craig também aborda isso nas seguintes palavras:

“Essa afirmação subestima as consequências verdadeiramente desastrosas de uma alteração nessas constantes e quantidades. Quando os cientistas dizem que um Universo admite a existência da vida, eles não estão se referindo apenas às formas de vida atuais. Por ‘vida’ querem dizer apenas a propriedade de organismos se alimentarem, extraírem energia desse processo, crescerem, adaptarem-se ao seu meio e se reproduzirem. O que quer que seja que possa cumprir essas funções conta como forma de vida, qualquer que seja essa forma. E para que a vida assim definida exista, as constantes e quantidades presentes no Universo têm que ser inacreditável e precisamente ajustadas. Na ausência desse ajuste preciso, nem mesmo a matéria ou sequer a química existiriam, menos ainda os planetas onde a vida pudesse se desenvolver!”[2]

Outra objeção comum na boca dos ateus é que nós somente tivemos muita, muita, muita, muita e muita sorte. Uma baita de uma sorte, como diria o craque Neto. Muitos fazem analogia com a loteria. É extremamente improvável alguém ganhar na loteria, mas no fim das contas alguém sempre ganha. Este alguém não pode dizer que houve um “projeto inteligente” para ele vencesse, pois só ganhou por uma coisa: sorte.

O problema com esta analogia é que ela minimiza e subestima o argumento teleológico, que é incomparavelmente superior em dificuldade do que a loteria. As chances de uma pessoa ganhar na loteria são de uma em 50.063.860, ou seja, de 0,000002%. Isso é imensamente maior que a constante da gravidade, por exemplo, que é de 0,00000000000000000000000000000000000001% em termos de precisão. Simplesmente não dá para comparar uma coisa com a outra. É impreciso e desonesto. A constante antrópica relacionada à gravidade já é por si só o mesmo que ganhar milhares de vezes na loteria.

E o problema não termina por aí, porque a constante da gravidade não é a única constante antrópica que existe. Listamos aqui 23 constantes antrópicas existentes, mas os físicos estabelecem muito mais, que também poderia ter sido mencionado. Se juntarmos todas as constantes antrópicas, o resultado seria o mesmo de uma pessoa ganhar bilhões e bilhões de vezes na loteria, de forma consecutiva e extraordinariamente precisa. É óbvio que isso é impossível, se não houver intervenção inteligente.

Há algum tempo atrás veio à mídia o caso de um deputado baiano chamado João Alves, que ganhou na loteria nada a menos de 200 vezes, sendo 125 delas apenas nos últimos dois anos. Ele ficou conhecido como o “Rei da Loteria”. Só em 2013, ele havia ganhado um prêmio a cada semana, nove milhões de dólares em apostas premiadas[3]. Outro indivíduo ganhou 550 vezes na loteria, incluindo 107 vezes no mesmo dia, em sete modalidades diferentes de vários Estados da Federação[4].

Qual é a reação de um ateu quando lê ou ouve a notícia de que um mesmo indivíduo ganha toda semana na loteria durante um ano inteiro, ou que ganhou 107 vezes no mesmo dia, ou que ganhou 550 vezes seguidas no total? Eu não sei qual seria a reação de um ateu comum – de impunidade, injustiça ou corrupção – mas com certeza não seria algo como: “Oh, ele é um grande homem de sorte!”. Todos eles sabem que ganhar tantas vezes na loteria é virtualmente impossível, e que teve influência humana (inteligente) no processo. Nenhum deles atribui ao acaso. Eles sabem que houve um projeto (neste caso, lavagem de dinheiro) por trás disso.

Mas quando lidamos com as constantes antrópicas, que ao todo são infinitamente muitíssimo mais improváveis do que ganhar 550 vezes na loteria, eles não veem qualquer intervenção inteligente ou projeto. Foi “sorte”. Pura sorte. Agradeçam ao deus Acaso e ao messias Coincidência, responsáveis por algo tão extraordinário. A verdade é que os ateus são tão ou mais crentes do que os crentes – apenas atribuem os milagres a coisas mais improváveis. Os crentes têm fé em um ser inteligente e capaz de intervir (Deus), enquanto os ateus têm fé na sorte, que nada explica.

Se é lógico que houve intervenção inteligente nos casos de políticos que ganharam centenas de vezes na loteria, por que não seria lógico que houve intervenção divina nas constantes antrópicas, que são muitíssimo mais improváveis do que ganhar 550 vezes na loteria? Os teístas são coerentes, pois creem que tanto no caso da loteria quanto no caso ainda mais improvável das constantes antrópicas houve um agente inteligente por trás de tudo isso. Os ateus, por outro lado, tem a tendência de aceitar o fato de que houve inteligência por trás do “Rei da Loteria”, mas não há nada de estranho em atribuir à sorte e ao acaso as constantes antrópicas, que são muito mais improváveis. O que isso se chama, senão fé?

Como Dawkins responde a tamanha arbitrariedade? É aqui que entra um amigo imaginário dos ateus: os universos múltiplos. Como havia pouco conhecimento da física até os últimos séculos e as maiores descobertas foram feitas no século passado, eles desconheciam a grande maioria destas constantes antrópicas. Portanto, isso não era um problema para eles. Na medida em que os físicos foram descobrindo as maravilhosas e espetaculares constantes que permeiam o nosso Universo, eles encontraram aquilo que muitos chamam de as digitais de um Criador. Por todo o Universo há indícios muito claros de projeto inteligente, e os ateus se viram pressionados a oferecerem uma explicação menos insatisfatória do que o “acaso”.

Foi aí que alguém inventou a ideia de que este Universo pode não ser o único Universo existente, e que na verdade existem outros universos com suas próprias leis; uns com vida inteligente, outros sem. Eles também tiveram que usar bastante a imaginação ao sugerir o número de universos existentes. Não adiantaria nada dizer que existiam três, sete ou cem universos, pois as constantes ainda os atropelariam sem piedade. Foi então que eles chegaram ao nível máximo da apelação do TDM (Tudo-Menos-Deus): a sugestão de que existem infinitos universos!

Assim, nós devemos ser levados a crer que existe uma quantidade infinita (ou pelo menos muito, muito, muito, muito grande, o suficiente para balancear as constantes antrópicas), e nós apenas calhamos de ter a sorte de ter caído em um Universo que permite a existência de vida, e não nos outros zilhões onde não existe nada. Se você acha que tudo isso parece uma grande conspiração de ateus desesperados em conseguirem explicar as constantes antrópicas sem evocar a existência de um Projetista, você está certo.

Eles não têm evidência nenhuma da existência de outros universos. Nadica de nada. Dawkins não nos dá sequer uma pista, uma sugestão, uma forcinha. Ele simplesmente afirma e empurra este conceito com a barriga, porque é a única forma que ele encontrou para explicar as constantes antrópicas sem colocar Deus nisso tudo. Dawkins deveria se sentir envergonhado em ter que apelar para uma teoria fantasiosa como essa, pela única razão de fugir de Deus. Para onde vai a credibilidade de um cientista que afirma só crer nas evidências, quando sugere algo que não possui qualquer evidência, numa clara tentativa de se auto-convencer de que não existe um Deus[5]?

Dawkins diz não crer em Deus pela falta de evidências (o que já vimos que não é verdade, pois ele mesmo não consegue refutar o argumento cosmológico decentemente), mas paradoxalmente propõe uma teoria alternativa ao argumento teleológico que exige muito mais fé do que a crença em Deus, e da qual não temos sequer a mais mínima evidência de existência. Como Dinesh D’Souza sabiamente ponderou: “Para abolir um Deus invisível, o infeliz tem que inventar uma infinidade de universos invisíveis!”[6].

David Robertson não ficou por menos quando disse a Dawkins:

“Continua dizendo-nos que a ciência é sobre o que podemos observar, que é sobre evidência factual e empírica. O conceito de multiuniverso é um contrassenso de ficção científica pelo qual não há uma evidência que seja. Quase se obtém a impressão de que aceitaria qualquer teoria conquanto que ela não envolvesse a possibilidade de haver um Deus!”[7]

Na verdade, como o Dr. Craig declara, a própria teoria de múltiplos universos é uma grande concessão ao teísmo e um enorme reconhecimento da força do argumento teleológico, ou senão eles não seriam obrigados a chegar a tal ponto:

“A hipótese dos muitos mundos é na verdade um elogio as avessas ao design. Se assim não fosse, cientistas sérios não estariam se reunindo para adotar uma hipótese tão especulativa e extravagante quanto essa dos muitos mundos, a não ser que eles se sentissem absolutamente obrigados a fazê-lo. Assim, se alguém lhe disser: ‘o ajuste preciso poderia ter acontecido por acaso’ ou ‘o improvável acontece’ ou ‘é apenas pura sorte’, pergunte a essa pessoa: ‘se é assim, então por que os opositores do design se sentem obrigados a acatar uma teoria tão extravagante quanto essa da hipótese dos muitos mundos, somente com o intuito de evitar o design?’”[8]

Eu não vou perder tempo mostrando as evidências que derrubam a absurda ideia de múltiplos (ou infinitos) universos, porque isso já foi feito com eficiência por Geisler e Turek no quarto capítulo do best seller “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, por Craig em seus inúmeros debates públicos com ateus e até por mim em um debate com um leitor que se dizia “ateu” e que no final da discussão já estava adotando o teísmo[9]. Por hora, basta mostrar as enormes demências que se infere da crença em um número infinito de universos, mas quem vai fazer isso não sou eu, é o próprio Dawkins, que disse:

“Em alguns desses universos eu já morri. Numa pequena minoria deles, você tem um bigode verde. E assim por diante”

Eu comentaria alguma coisa sobre isso se David Robertson já não tivesse mitado no comentário:

“E o senhor ainda tem a coragem de ridicularizar aqueles dentre nós que creem que o Criador do Universo possa ressuscitar os mortos! Está tão desesperado para evitar Deus que tem fé em um Universo onde há bigodes verdes? Por que parar ali? Porque não propõe que o filme dos irmãos Wachowski brothers, The Matrix, está correto?”[10]

Aqui eu me sinto compelido a repetir mais uma vez a frase dita pelo filósofo (e ex-ateu) Luiz Felipe Pondé: “O problema não é não acreditar em Deus. O problema é que, na ausência de Deus, acabamos crendo em qualquer bobagem”[11].

O argumento dos universos múltiplos entra para a lista dos típicos argumentos inúteis, onde se tenta explicar algo com uma explicação que, além de não explicar nada, piora ainda mais as coisas, aumenta os pontos de interrogação e multiplica o senso de ridículo. Ela dá uma grande oportunidade para que o “Rei da Loteria” afirme que simplesmente teve a sorte de ter vivido em um Universo onde ele ganha na loteria toda semana, e o outro indivíduo poderia alegar que por acaso caiu de viver exatamente no Universo onde ele ganha na loteria 107 vezes no mesmo dia, em vários estados diferentes.

Não, não há nenhum problema nisso tudo. É apenas sorte. É somente o “Universo certo”, amigos. Basta adotar a teoria dos universos múltiplos e usá-la para fazer de conta que não há nenhuma anormalidade em ganhar 550 vezes na loteria, e nada de mais em existir constantes antrópicas imensuravelmente mais difíceis que as 550 vitórias na loteria, mas sem qualquer intervenção inteligente neste processo, é lógico. Viram como a explicação dos universos múltiplos resolve muita coisa?

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)

(Trecho extraído do meu livro: "Deus é um Delírio?")


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[1] William Lane Craig, Em Guarda, p. 120.
[2] William Lane Craig, Em Guarda, p. 120.
[5] O mais cômico é que nem o próprio Dawkins bota muita fé em suas próprias alegações e conjecturas. Ele disse, por exemplo, que “essa versão seriada de multiverso precisa ser hoje considerada menos provável do que no passado, porque evidências recentes estão começando a nos afastar do modelo do big crunch”.
[7] David Robertson, Cartas para Dawkins, Carta 6.
[8] William Lane Craig, Em Guarda, p. 129.
[10] David Robertson, Cartas para Dawkins, Carta 6.

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