O trecho abaixo é extraído de meu livro: "As Provas da Existência de Deus", de autoria minha e de Emmanuel Dijon, disponível gratuitamente para download
Talvez o ataque mais frequente dos ateus a Deus seja a
existência do mal. Diariamente vemos relatos de pessoas sendo assassinadas,
tsunamis varrendo cidades inteiras, genocídios em massa, mortalidade infantil,
crianças morrendo de fome na África, inocentes sendo presos e pessoas honestas
sendo maltratadas. Qualquer um que olhe este quadro poderá pensar: “Onde está Deus em meio a isso tudo? Por que Deus criou o
mal”?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar algo: Deus não
criou o mal. Alguém poderá objetar, dizendo: “se Deus criou tudo, como ele
não criou o mal”? Acontece que o mal não é algo físico para ter
sido “criado”. O mal não é como uma maçã que Deus poderia ter
criado ou não. Você não pode ter um “pote” de mal. O mal não possui existência própria, mas é a
ausência do bem. Como já vimos neste livro, Deus é o Bem máximo, a
personificação da bondade. A Bíblia confirma isso dizendo que Deus é amor
(1Jo.4:16), e não que ele tem amor. Se Deus é a personificação
do bem, então o mal, como a ausência do bem, nada mais é senão a separação de Deus – estar afastado dEle.
Quando Deus criou o mundo originalmente, tudo o que
existia era bom, inclusive o homem (Gn.1:31). Deus não criou o homem “mal”. Mas Deus também não criou robôs para estarem pré-ordenados a o
amarem e o seguirem como se fossem simples marionetes. Deus quis criar o homem
não para que este fosse um boneco sem vida própria nem livre arbítrio, mas para
que este pudesse escolher entre o bem
e o mal (Gn.2:16,17), isto é: entre amá-lo ou se afastar dele.
Se existisse apenas a opção de fazer o bem, o homem seria
como um mero robô. Não amaríamos a Deus por opção, mas por obrigação, por não
ter escolha. Ora, só se ama alguém se há a possibilidade de não amar. Se você é
pai ou mãe e tivesse de escolher entre ter um filho humano com livre arbítrio e
liberdade própria para decidir amá-lo por vontade própria ou então um robô
motorizado e já programado de antemão a apenas seguir ordens sem escolha
pessoal, eu tenho certeza que você optaria por um filho humano e livre. Deus
também. Ele criou seres livres para escolherem entre o bem (Deus) e o mal
(ausência de Deus).
Mas o homem, por seu próprio livre arbítrio, optou pelo
mal (Gn.3:6). Neste momento, houve uma separação
entre a humanidade e Deus. Deus criou o homem livre para escolher entre o
bem e o mal, e nós preferimos escolher o mal. A partir daí começa a existir
aquilo que teologicamente chamamos de pecado.
O pecado nada mais é senão a prática do mal. O homem ficou morto em seus
próprios pecados a partir do momento em que optou por ele.
Mas Deus não ficou sem resposta. Se o homem se separou de Deus, havia a necessidade de religá-lo a Ele. É daí que vem a palavra
“religião”, do latim religare.
Mas como? Um simples ser humano não poderia reconciliar o homem com Deus, pois
o homem estava morto em seus próprios pecados. Por isso Deus enviou Seu filho
unigênito em forma humana, para efetuar essa reconciliação do homem com Deus (Rm.5:10), para colocar em ação
esse religare. Assim, todos aqueles
que creem na obra salvífica de Cristo e que optam livremente por segui-lo estão
sendo religados a Deus, enquanto
aquele que deliberadamente o rejeita continua separado dEle. Eis aí o plano de
salvação.
Mas isso ainda não explica o porquê que Deus permite o mal[1].
Se Deus não é o autor do mal, ele o tolera, pois é onipotente e mesmo assim não
acaba com o mal de uma vez por todas. Esse era o paradoxo de Epicuro. Para ele,
o fato de Deus ter conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele e
mesmo assim não o faz implica que ele não é onibenevolente. Contudo, se Deus
quisesse mesmo acabar com o mal, ele teria que começar com você e comigo.
Por quê? Porque, como já vimos, o mal não é um objeto
criado em algum lugar, como uma laranja que comemos e desaparece, ou como um
copo de vidro que quebramos e que chega ao fim. O mal só existe por existirem
os que praticam o mal. Dito em termos
simples, para Deus eliminar o mal, ele terá antes que eliminar as pessoas que
praticam o mal. Enquanto pessoas que praticam o mal continuarem existindo, o
mal continuará em existência. Deus prometeu extinguir o mal, mas isso está
reservado para o futuro (Ap.21:4). Enquanto isso, o mal continua porque Deus
não deseja extinguir todas as pessoas, mas as ama e deseja dar a todos uma
oportunidade de salvação, para que possam herdar a vida eterna em Seu Reino.
Quando dizemos que para Deus eliminar o mal ele teria
antes que eliminar todas as pessoas, não estamos excetuando ninguém. Muitos
podem pensar que isso só teria que acontecer com pessoas muito más, com os
pedófilos, os bandidos, os corruptos, os déspotas e genocidas da humanidade,
mas qualquer pessoa pode praticar o mal em potencial. Se você olhar para a sua
própria vida e tentar lembrar-se dos momentos de maior sofrimento, verá que
muitas vezes ele foi causado por alguma pessoa do seu círculo de convivência,
como um parente ou um amigo.
E se você parar para pensar mais um pouquinho, verá
também que muitas vezes você mesmo
fez mal a alguém. Aquele que é perfeito e que nunca fez mal a ninguém, que
atire a primeira pedra. Todos nós somos pecadores, todos nós praticamos o mal
diariamente, ainda que em intensidades diferentes. É por isso que a Bíblia diz
que “todos pecaram”
(Rm.3:23) e que não há “nenhum justo” (Rm.3:10), porque justo mesmo só
existiu um: Jesus Cristo. E é por isso que é mediante a fé nele, isto é, no único
justo, que nós podemos ser justificados, e não mediante a fé em nós
mesmos, a confiança em nossos próprios méritos e em nossas próprias boas obras.
Disso decorre a famosa frase: “só
Jesus salva”, baseada em Atos 4:12.
Portanto, se Deus fosse eliminar o mal da Sua criação (e
Ele irá, mas não agora), ele teria que eliminar todas as pessoas do mundo todo,
que não estivessem justificadas em Cristo. Enquanto isso, ele continua dando o
livre arbítrio a todas as pessoas decidirem entre viver a vida de Cristo ou
viver a sua própria vida. Aquelas que decidem viver por Cristo e colocam a sua
fé nEle, a justiça deste único homem justo – Cristo Jesus – lhes é imputada, e
consequentemente elas são salvas (herdam uma vida eterna), enquanto que as
outras pessoas terão o destino que naturalmente merecem (a morte eterna, a
eliminação do mal que implica na eliminação dos que praticam o mal).
Mas por que Deus não faz isso já hoje? Por que temos que continuar sofrendo até a volta de Jesus? Porque
o principal objetivo de Deus não é a salvação do sofrimento humano, mas a salvação da alma humana. Cristo veio ao mundo para nos libertar de nossos
pecados, e não para nos libertar de nossos “romanos”. Ele esperará até que o evangelho chegue a todas as
nações para que todos tenham oportunidade de salvação (Mc.13:10), e então virá
o fim e a “regeneração de todas as coisas” (Mt.19:28), quando, aí sim, não haverá
mais o mal e o sofrimento.
Além disso, quando Deus criou o homem, Ele lhe deu a
autoridade sobre a terra:
“Os céus são os céus do
Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens” (Salmos 115:16)
Deus é Todo-Poderoso e tem todo o poder sobre o Céu e
sobre a Terra, mas a autoridade da
terra foi confiada ao homem. O que está em jogo aqui não é o poder, mas a
autoridade. Deus criou Adão e Eva no Jardim do Éden e disse: “cuide desse Jardim” (Gn.2:15). Da mesma forma, Deus criou a humanidade
sobre a terra e disse: “vocês tem a autoridade sobre a terra”. Por isso, os males que acontecem na terra não são
culpa de Deus, mas daquele que tem autoridade sobre a terra: o homem.
Ao invés de culparmos Deus pela fome na África, nós
deveríamos fazer algo de útil pelos necessitados e ajudarmos a acabar com a
fome no mundo. Deus nos deu todos os recursos
necessários a isso. Na verdade, mesmo com o ser humano devastando a maior
parte das florestas e desperdiçando inutilmente grande parte dos recursos
naturais, ainda assim temos recursos suficientes para que ninguém morra de fome
no mundo – esses recursos são simplesmente mal distribuídos.
E quem é que distribuiu errado? Deus ou o homem? O homem.
Deus criou o homem, lhe deu autoridade sobre a terra e o livre arbítrio para
escolher entre o bem e o mal. Deus deu todos os recursos necessários para
acabar com a fome no mundo, mas o homem, por mau uso do seu próprio livre
arbítrio, prefere gastar inutilmente os recursos, investindo bilhões com guerras
e em armas nucleares, deixando pouca gente com muitos recursos e muita gente
com poucos recursos e, consequentemente, permitindo que muitos morram de fome, por nossa própria culpa.
Então, antes de apontarmos o dedo contra Deus e
colocarmos nEle a culpa pelos males da humanidade, deveríamos rever sobre quem realmente está com a culpa. Deus
criou o mundo perfeito, perfeitamente habitável, com rica vegetação, abundantes
recursos, sem miséria, sem nenhuma desgraça natural. Mas o homem usa seu livre
arbítrio para desmatar a natureza, destruir a camada de ozônio, poluir o
ambiente, se encher de vícios, pensar mais no bem de si mesmo do que no bem do
próximo... e depois ainda arruma espaço para dizer que a culpa é de Deus, que
entregou tudo perfeito ao homem!
É como se você desse uma empresa para o seu filho
administrar, e nesse meio-tempo ele toma as piores decisões possíveis, demite
errado os funcionários, quebra o caixa da empresa, a leva à falência e às
dívidas, e depois coloca a culpa em você por ser o dono! Essa mania de colocar
a nossa própria culpa em outro (neste caso, em Deus) é muito mais comum do que
se pensa. Quantas vezes nós erramos e colocamos a culpa em outra pessoa?
Quantas vezes já usamos como pretexto o erro do próximo para justificar o
nosso? Se fazemos isso com seres humanos, com Deus não é diferente. De fato,
quando o primeiro homem (Adão) pecou, ele não assumiu sua culpa e
responsabilidade, mas disse:
“Foi a mulher que tu me deste
por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi” (Gênesis 3:12)
Adão não assume sua culpa pelo pecado cometido, mas joga
a responsabilidade nas costas de Eva e do próprio Deus, o que fica implícito no
fato de ter dito “a mulher que tu me destes”, querendo dizer: “se você não tivesse me dado Eva como mulher, eu não teria
pecado!” -
esquecendo-se de que foi em resposta ao próprio Adão que se sentia solitário
que Deus lhe deu uma mulher (Gn.2:23). Eva também não ficou por menos: colocou
a culpa na cobra (Satanás).
Desse primeiro relato do primeiro casal já conseguimos
ver claramente aquilo que até hoje é comum: colocarmos a culpa no próximo, em
Deus e no diabo, ao invés de assumirmos nossos próprios erros. Somos nós que
administramos mal essa terra e que somos responsáveis pelo o que acontece de
ruim aqui, e não Deus. É claro que não estamos sendo deístas e dizendo que Deus
não pode intervir na natureza. Ele pode. Tanto pode que até hoje se veem
milagres por todas as partes, sendo o maior deles a ressurreição de Jesus.
Mas, como o homem tem a autoridade sobre a terra, ele
atua através dos seres humanos, e não
interdependentemente. Deus não precisa do
homem, mas ele quis dar a terra de “presente” a ele. Se dependesse apenas
da vontade de Deus, todo o mal que há no mundo acabaria no próximo segundo. Mas
quando Deus intervém na terra, ele o faz em resposta a uma atitude humana.
Até mesmo quando ele enviou chuva sobre Israel que estava
sete anos em seca, ele levantou um homem chamado Elias para orar pedindo a
chuva, e só depois choveu (Tg.5:17,18). Da mesma forma, mesmo tendo profetizado
setenta anos de cativeiro para Israel, ele não retirou o povo do cativeiro sem
mais nem menos, mas somente depois de Daniel ter orado pedindo isso (Dn.9:2-4).
Em outras palavras, como Deus deu a autoridade da terra
ao homem, ele intervém em nosso mundo mediante
os homens. Como? Através de duas coisas: oração e ação. O fato de o mundo
estar tão ruim deve-se à falta de ambos. Pouca atitude prática, pouca oração
efetiva pelo próximo. Consequentemente, pouca intervenção divina.
• Mas e os
desastres naturais?
Se a culpa do mal no mundo é do homem e não de Deus, então
como podemos explicar os desastres naturais? Em primeiro lugar, é importante
ressaltar que muitos desses desastres têm influência humana. A desflorestação
causada pelo homem causa a redução da biodiversidade, que por sua vez é
responsável pela diversidade de genes existentes no mundo e necessária para a
produção de medicamentos, alimentos e outros recursos biológicos, além da
infertilidade do solo e da diminuição do oxigênio. A poluição das águas causa
enormes danos aos organismos vivos e, consequentemente, à cadeira alimentar e à
nossa saúde.
A poluição do solo prejudica também a vegetação e os animais,
e com a queima da vegetação o terreno fica mais exposto ao sol e ao vento,
causando a perda de nutrientes e a erosão do solo. A poluição da atmosfera, por
sua vez, causa o aumento da temperatura e provoca asma, bronquite, problemas
respiratórios e cardíacos, além de chuvas ácidas e efeito estufa. O
aquecimento global altera o ritmo das chuvas e a temperatura ambiente e do
solo, além de interferir na umidade do ar.
Muitos grandes desastres ambientais são causados pelo
homem[2].
Outros são consequencia da ignorância humana sobre o meio ambiente,
desconsideração de alertas, erros de engenharia, má administração, mau planejamento
humano. É comum vermos no noticiário que um morro deslizou e matou tantas
pessoas que estavam na favela. Mas quem mandou construir uma habitação em cima
de um morro, que não foi feito para isso? Na verdade, isso é fruto da má
distribuição humana das riquezas,
fazendo com que as pessoas menos favorecidas não tenham onde morar e assumam
esses riscos. Não é “culpa
de Deus”, mas do
próprio homem.
Regiões onde já se sabe que possui encontros de placas
tectônicas e grande possibilidade de terremoto (ou tsunamis) não deveriam ser
habitáveis. Mas são porque o ser humano não controla a natalidade, nasce muito
mais gente do que morre, e consequentemente causa uma superlotação no planeta.
São erros estratégicos humanos que
são responsáveis por catástrofes naturais,
e não culpa de Deus.
A Bíblia também nos diz que a consequência do pecado
afetou a própria natureza. Foi por isso que Paulo nos disse que “a natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os
filhos de Deus sejam revelados”
(Rm.8:19), pois “a
própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se
encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (v.21).
Em outras palavras, a própria natureza foi afetada como
consequência do pecado, e ela também espera a segunda vinda de Cristo para que
todas as coisas sejam regeneradas. Os desastres naturais são apenas mais um
modo da natureza atestar ao mundo que está gemendo por causa do pecado humano,
e ansiosa pela sua redenção em Cristo. Serve para manifestar visivelmente a grandeza
da calamidade que o pecado é, e a grandeza dos desastres que ele é capaz de
gerar.
Deus não quis originalmente que nenhum tsunami destruísse
cidade nenhuma, que criança nenhuma morresse de fome, que nenhum recém-nascido
nascesse com deficiência, mas, com o pecado, entrou a morte: tanto física como
espiritual. Todas as tragédias, doenças, deficiências e tudo aquilo que
conhecemos como “mal” nada mais é senão o reflexo
do pecado humano. E é exatamente por ser tão grande que necessitamos tanto de
um Salvador justo que tenha dado sua vida em amor por nós, como o único meio de
alcançarmos uma vida eterna onde nenhum efeito do pecado existirá mais, e onde
todo o mal causado pelo homem será revertido pelo Filho do homem.
• Textos
bíblicos dizem o contrário?
Alguns contestam tudo isso se apegando a um texto bíblico que
parece dizer que Deus criou o mal. Trata-se de Isaías 45:7, que diz:
“Eu formo a luz, e crio
as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”
(Isaías 45:7)
Contudo, o original
hebraico possui quatro palavras diferentes para o “mal”, e nem todas elas representam o mal moral.
Aqui a palavra hebraica utilizada é ra,
que tem como um de seus significados “calamidade”[3]. Essa interpretação é ainda mais reforçada
pelo contexto, que traça um contraste entre paz e guerra, e não entre bem
e mal. Se a tradução correta fosse por “mal”, o texto estaria
contrastando o bem e o mal, e ficaria assim: “eu
faço o bem e crio o mal”. Mas ele está em contraste com paz, o que significa que está no
contexto de batalha, pois o inverso
de paz é guerra.
Norman Geisler e Thomas
Howe acrescentam no “Manual Popular de
Dúvidas, Enigmas e ‘Contradições’ da Bíblia”:
“Na sua
forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de ‘mal’, porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela (cf.
Hb 12:11). Entretanto, a palavra hebraica correspondente a ‘mal’ (rá) empregada no texto nem sempre tem o sentido
moral. De fato, o contexto mostra que ela deveria ser traduzida como ‘calamidade’ ou ‘desgraça’, como algumas versões o fazem (por exemplo, a BJ). Assim, se
diz que Deus é o autor do ‘mal’ neste sentido, mas não no sentido moral”[4]
Assim, a tradução mais
correta desse verso é aquela oferecida pela Nova Versão Internacional e por
outras versões, que diz:
“Eu formo a luz e crio
as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas
coisas” (Isaías 45:7)
A “desgraça” (NVI) ou “mal” (ARA) não é o mal moral, como o pecado, mas a guerra,
em contraste com a paz. A Bíblia não é absolutamente contrária à guerra,
contanto que seja por uma boa razão. Se os Aliados não tivessem lutado contra
Hitler na Segunda Guerra Mundial, provavelmente o mundo teria sido dominado
pelos nazistas e seus planos de exterminar todas as raças exceto a “raça pura” ariana teria sido levado à ação em todo o
mundo. Isso é totalmente diferente de dizer que toda guerra é boa, ou de justificar guerras por motivos fúteis como
mera conquista territorial ou roubar petróleo do Iraque.
• Deus
enxugará toda lágrima
Finalmente, devemos sempre lembrar que, embora haja dor e
sofrimento neste mundo hoje, chegará o dia em que Deus “enxugará toda a lágrima dos olhos deles. Não haverá mais morte, nem
haverá mais pranto, nem choro, nem dor, porque as primeiras coisas são passadas” (Ap.21:4).
Nessa Nova Terra, o pecado e os pecadores serão extintos e
nela “não entrará coisa alguma impura, nem o que pratica abominação e mentira,
mas somente os que estão escritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap.21:17). Deus só está esperando que a Igreja complete a
missão pela qual foi incubida na terra: de ir a todo o mundo e pregar o
evangelho a toda criatura, pois “é necessário que antes o evangelho seja
pregando a todas as nações, e, então, virá o fim” (Mt.24:14).
Essa vida é apenas uma passagem,
onde temos a chance de fazer bom uso do nosso livre arbítrio e optar livremente
por amar a Deus e segui-lo, em obedecer seus mandamentos e cumprir a grande
comissão, para, depois, herdarmos a vida eterna na ressurreição dos mortos. Se
Deus tivesse criado todos direto no Céu, não haveria a necessidade de crer nEle
pela fé. Ele quis estender Seu Reino na Terra, para que nela fiquem aqueles que
não amaram suas próprias vidas, mas Aquele que as resgatou e salvou.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
(Trecho extraído do meu livro: "As Provas da Existência de Deus")
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[1]
O fato de Deus ser onisciente, eterno e atemporal, e por isso saber de todas as
coisas que já existiram e que existirão na história humana, não significa que
ele é o causador de todos estes eventos. Para ser mais claro, desde
quando Deus criou a terra ele já sabia que dois aviões atingiriam o World Trade
Center em 11 de Setembro de 2001 causando a morte de milhares de pessoas, mas
ele não foi o causador deste evento,
apenas permitiu que isso ocorresse.
As razões para a permissão é o que é
discorrido daqui para frente.
[2]
Uma lista de 10 desastres ambientais causados pelo homem pode ser vista neste
site: <http://www.em10taque.com/10interessante/10-desastres-ambientais-provocados-pelo-homem/>.
Acesso em: 12/11/2013.
[3] De
acordo com a Concordância de Strong, 7451.
[4] GEISLER,
Norman; HOWE, Thomas. Manual popular de
dúvidas, enigmas e 'contradições' da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo
Cristão, 1999.
O texto ficou o máximo.Parabéns.
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