O diário da descoberta - Em busca da
Arca de Noé - Capítulo 1
No dia 27 de setembro de 1960,
Ron Wyatt leu um artigo na "Revista Vida" sobre uma fotografia aérea
de uma estranha formação de barco moldada numa montanha a 20 milhas ao sul do
Mt. Ararat; Era uma estrutura em forma de barco de aproximadamente 150 metros
de comprimento. Logo uma expedição com cientistas americanos partiu para o
local.
A 2200 metros de altitude, no
meio de escombros e deslizamentos de terra, os exploradores acharam uma área
clara, gramínea, com bordos íngremes e moldada como um navio. Suas dimensões
são aproximadas às determinadas no Gênese, 150x25x15 metros.
Fizeram uma pesquisa rápida de
dois dias que não revelou nenhum sinal do objeto ter sido feito pelo homem. Os
cientistas do grupo não disseram nada à respeito da possibilidade natural criar
tal forma tão simétrica. Uma escavação completa deveria ter sido feita no ano
seguinte para resolver o mistério, nunca se concretizou.
Para Ron, se a Arca de Noé fosse
real, então toda Bíblia seguramente era fidedigna. Ron determinou-se a visitar
o local, mas, isso tornou-se um sonho para ele. Estudando medicina na
Universidade de Michigan, trabalhando como técnico de laboratório em Kalamazoo,
com uma filha adolescente, um filho de três anos de idade aguardando o
nascimento de outro filho.
Em 1964, assuntos familiares o
forçaram a deixar as esperanças de se formar médico, ele mudou-se para o
Kentucky, onde conseguiu se formar como anestesista em 1970. Não parecia que
ele teria alguma oportunidade para visitar o estranho local do barco moldado,
assim teve que limitar sua pesquisa arqueológica a bibliotecas e livrarias. Mas
ele nunca perdeu interesse no fato, estudou tudo relativo à história antiga e
arqueologia.
Havia muito pouca informação
disponível sobre a Arca de Noé, o que convenceu Ron mais do que nunca que uma
pesquisa mais séria deveria ser empreendida sobre assunto. Tudo o que ele tinha
lido estava baseado em folclore e reivindicações insubstanciadas, informações
sobre várias localidades diferentes.
De 1973 a 1975, ele e as
crianças mudaram-se para o Havaí, onde ele pôde estudar vulcões diretamente.
Isto o convenceu que se a arca tivesse aterrissado no cume vulcânico chamado
Mt. Ararat, teria sido destruída há muito tempo. Apesar do fato de explicações
elaboradas sobre como a arca poderia ter sobrevivido no cume vulcânico.
A erupção do Monte St. Helens
mostrou a ele que nada poderia sobreviver numa montanha vulcânica como Ararat.
Se a arca tivesse estado lá, ele concluiu teria sido destruída há muito tempo.
Em 1975, ele decidiu que havia
uma forma de pesquisa que ele poderia fazer; ele construiu um pequeno modelo da
Arca com as mesmas relações declarada na Bíblia, também construiu na água
várias configurações de montanhas.
Ele observou a reação do modelo
de barco ao flutuar próximo das várias maquetes de montanhas que fez. Ele
aprendeu que o barco ao aproximar-se de um cume, simplesmente flutuava ao
redor, não se aproximava ou aterrissava, o deslocamento lateral do fluido
impedia qualquer forma de atracação.
Ele continuou esta experiência
de várias formas, com o mesmo resultado, até que construiu uma formação
montanhosa levemente inclinada, quando o barco acelerou ao redor desta
formação, e as águas descendo lentamente, o navio flutuou com suavidade até
tocar o fundo e parar. Com essa informação, Ron sabia que a arca teria que ter
aterrissado num lugar semelhante, e não no cume íngreme do Mt. Ararat.
Um dos assuntos de estudo
favoritos de Ron eram os antigos egípcios relacionados à Bíblia. No Havaí, ele
leu tudo o que conseguiu por as mãos à respeito. Como ponderou, havia uma coisa
que parecia ser óbvio a ele: Moisés tinha sido o autor do Gênesis, então
escreveu a história do Dilúvio, e como tal, Ron acreditou que o cúbito que
Moisés usou para descrever as medidas da arca teriam sido o Cúbito Real
egípcio, o padrão universal de medida no mundo antigo naquele momento. Assim,
300 Cúbitos (egípcios) se iguala a 515 pés, e não aos 450 pés aceitos até então
baseados no cúbito hebreu, inexistente à época.
Havia 15 anos desde que ele
tinha lido aquele artigo na "Revista Vida", mas o interesse dele só
cresceu. Até esta época Ron não teve mais nenhuma informação do objeto, então,
ele leu o livro "O Arquivo ", por Rene Noorbergen que em 1960
participou da primeira expedição à formação do barco moldado. Assim ele soube
os nomes dos homens que visitaram o local.
Ele contatou os homens da
expedição, e perguntou tudo à respeito sobre a viagem arqueológica, lhes
perguntou como chegar ao local, afinal 20 milhas ao sul do Mt. Ararat é uma
localização muito vaga numa região com tantas montanhas. Mas, ninguém soube
contar exatamente como chegar lá, eles tinham montado a cavalo por horas, sendo
conduzidos pelo exército turco. Quando ele falou em visitar o local, lhe disseram
que ele estava louco, nada havia lá; todos, exceto o Dr. Arthur Brandenburger
que acreditava realmente tratar-se de um navio.
Em 1977, os filhos já crescidos,
com dinheiro suficiente e duas semanas de férias, pela primeira vez Ron sentiu
que poderia viajar para a Turquia. Assim, ele contou aos filhos o que estava a
ponto de fazer, e para o desânimo dele, Danny de dezessete anos, e Ronny de
dezesseis, teimaram em ir junto.
Em 9 de agosto de 1977, eles
chegaram a Istambul. As coisas estavam muito difíceis, eles pegaram um ônibus
para Ancara, e um trem para Erzurum. Isto consumiu três valiosos dias. Em
Erzurum, eles pegaram um táxi a Dogubeyazit, uma pequena cidade perto do local.
A Turquia Oriental não é nenhuma
área turística, é distante e perigosa, havia dezessete anos desde a ultima
expedição ao local, talvez o povo tivesse esquecido do assunto, e se não
encontrassem ninguém na cidade que soubesse inglês, como eles achariam o barco
moldado? Muitas pessoas podem achar o método de Ron de adquirir informação
estranho, ele fez a única coisa possível, orou silenciosamente por ajuda.
Quando eles se aproximaram da
cidade, o táxi quebrou, eles então empilharam um grande número de pedras ao
lado da estrada, ante o confuso olhar do motorista. Voltando ao táxi,
continuaram a jornada estrada abaixo. Logo, nova quebra, com menos entusiasmo
eles empilharam novamente pedras na margem de estrada. Depois de muitas milhas
e 3 pilhas construídas, finalmente chegaram ao hotel em Dogubeyazit.
Na manhã seguinte, refeitos da
jornada anterior, eles adquiriram outro táxi e rumaram para a primeira pilha de
pedras que fizeram na margem da estrada, seguiram a partir dela
perpendicularmente à estrada, chegando numa pequena aldeia. Vários homens
armados se aproximaram, usando "idioma" de sinal, Ron convenceu os
homens que eles eram só turistas, então os aldeãos designaram guias para eles.
Caminharam por milhas e milhas
de terreno áspero, até que Ron percebeu uma "pedra" idêntica às
pedras de âncora achadas no Mar mediterrâneo que ele tinha visto em livros
arqueológicos, só que essa "pedra" era muitas vezes maior.
Quando ele examinou a pedra mais
de perto, viu que haviam 8 cruzes esculpidas nela. Quando os aldeãos viram o
interesse de Ron pela pedra, eles lhe mostraram outras pedras de âncora, todas
com 8 cruzes esculpidas nelas. Eles estavam terrivelmente excitados pelo que
tinham visto, mas do barco moldado, nenhum sinal. Continuaram caminhando,
mostraram para Ron um cemitério antigo com monumentos "estranhos" que
pareciam representações simples de barco. Estas coisas tinham relação com à
Arca de Noé? Ron acreditou que sim. Assim, ele fotografou e filmou tudo e
decidiu voltar ao hotel.
Na manhã seguinte, rumaram até a
segunda pilha na beira da estrada, caminhando como anteriormente, eles acharam
ruínas de uma velha casa de pedra, fora dessa casa haviam grandes muros de
pedra que pareciam prolongar-se por várias milhas. A característica mais
interessante deste local era a existência de duas grandes pedras, uma em pé e
outra caída.
Na pedra em pé havia um desenho
esculpido: Uma forma de arco, debaixo do qual uma ondulação sugeria um oceano,
e sobre ela um barco; caminhando longe do barco oito pessoas; o primeiro era um
homem alto, seguido por uma mulher; os próximos eram três homens do mesmo
tamanho da mulher; as três últimas eram mulheres menores que a mulher anterior.
Parecia bastante óbvio a Ron que
esta era a representação dos 8 sobreviventes do dilúvio, andando longe do navio
com um arco-íris sobre eles.
Quando ele estudou estes dois
monumentos mais de perto, ele notou na pedra caída, a primeira mulher
(representando a esposa de Noé) e o primeiro homem (o Noé), ambos com os olhos
fechados e a cabeça inclinada; considerou que as pedras na frente da casa eram
as lápides de Noé e a sua esposa.
O que Ron e os meninos acharam
nestes primeiros dois dias é extremamente importante, não prova nada sobre o
barco moldado, mas é uma indicação clara que uma família de oito pessoas viveu
nesta área em algum momento da Antigüidade. O desígnio de oito cruzes nas
pedras das âncoras mostra que alguém durante a era Cristã tinha identificado
estas pedras com a arca e seus oito passageiros.
Em busca da Arca de Noé - Capítulo 2
A casa antiga era de Noé? Eles
só tiveram uma manhã para examinar tudo pertencente à casa, as paredes
espessas, o padrão vasto dos muros de pedra eram evidências bem
constrangedoras. A Bíblia dá referência a Noé ser um "lavrador"
"E
começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. E bebeu do vinho, e
embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a
nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então
tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo
virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam
virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai" (Gênesis
9:20-23)
Esta passagem conta que Noé
estava na tenda, não numa casa como a que Ron tinha achado. Mas Ron descobriu
que os habitantes desta região, como em outras sociedades pastorais, ainda
vivem em tendas no verão e em casas de espessas paredes no inverno. Isto parece
perfeitamente consistente com a menção de um vinhedo que teria suas frutas
colhidas na estação mais amena.
Depois da inundação, faz sentido
que Noé criou animais até o número deles serem suficientes para eliminar a
probabilidade de extinção. O padrão de grandes muros de pedra fora da casa, a
estender-se a uma grande distância parece consistente com este tipo de atividade.
Durante os anos, os sedimentos elevaram o nível do solo, enterrando
parcialmente essas estruturas antigas.
Na Escritura acima, a passagem
conta também que Noé embebedou-se e ficou nu, nós incluímos isto por causa de
um pequeno detalhe: nos pictográficos das "pedras" defronte a casa,
os homens usam um tipo de túnica. Isto é completamente consistente com a nudez
de Noé, se ele usasse calças compridas como os homens usam hoje, ele teria
permanecido coberto, não importando como ele agisse em sua embriaguez. Com uma
túnica (como um vestido), este não seria o caso.
A casa localiza-se numa planície
inacreditavelmente bonita, formada de leste a oeste, para o norte e o sul só há
montanhas. Tudo é pedra nesta região, especialmente nesta área isolada, com a
exceção da aldeia onde as pedras de âncora foram localizadas.
"E
edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo, e de toda ave
limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar" (Gênesis 8:20)
Quando Ron olhou atrás da casa
para o norte, ele viu um cume de montanha muito bonito, este cume tinha duas
pequenas colinas que se encontravam formando um vale entre elas, no meio deste
vale Ron viu um anfiteatro natural.
Nesse local existe um altar
(holocausto); se esta é realmente a casa de Noé, certamente um grande número de
pessoas reuniriam-se aqui para fazer sacrifícios.
O altar mede 12 ' x 12 ' x 12 ',
era óbvio que quem utilizou este altar era muito mais alto que nós somos
atualmente. O complexo adjacente ao altar também indica que quem organizou as
pedras neste padrão era muito forte, porque muitas das pedras grandes não podem
ser movidas por humanos sem ajuda mecânica. Em um certo ponto, um rochedo muito
grande é equilibrado em várias pedras verticais e forma uma área coberta que um
homem alto pode caminhar sob ela sem inclinar-se.
Também neste complexo há duas
pedras grandes que exibem características de terem sido usadas no sacrifício e
sangria de animais (Gênesis. 9:4). O tamanho de uma delas é compatível com o
tamanho de animais menores, como ovelhas e cabras; A outra, muito maior, é
consistente com o tamanho de animais maiores, como bois; Ambas contêm bacias e
uma série de drenos que conduz ao solo.
Esta característica é de tamanho
proporcional com os animais; Talvez os animais fossem conduzidos ao lado destas
pedras para serem sangrados antes de serem oferecidos no grande altar. De
acordo com a Bíblia, foram oferecidas partes específicas dos animais como
sacrifício, então foram cozidas outras partes e foram comidas "ante ao
Senhor". (Veja Levíticos, capítulos 1-9.)
Tudo foi filmado e fotografado.
Há realmente muito mais do que nós listamos aqui, mas estes são os artigos mais
importantes. Ao término de dois dias, eles viram que fazer a viagem valeu a
pena. O próximo dia seria o últimos deles na região.
Na manhã seguinte, os rapazes
estavam muito cansados e ficaram no quarto, eles tinham andado por muitas
milhas nos dois dias anteriores e Ron achou que eles precisaram de um decanso.
Assim ele adquiriu um táxi e retornou à primeira pilha de pedras. Eles tinham
trabalhado da terceira pilha para o primeira.
Ron desceu do táxi onde pudesse
entrar na direção perpendicular à pilha de pedras. Caminhou ao sul, logo, ele
viu o objeto moldado na montanha, convenceu-se mais do que nunca que aquele
objeto era os restos de um navio. Ele achou que só havia um modo para explorar
sua verdadeira natureza, uma escavação para remover a terra que o cobria.
Aquela noite no quarto do hotel
ele confirmou que partiriam de manhã cedo, mas isso provou ser um grande
engano. Eles estavam gastando muito dinheiro, pagando táxis e guias, alguns
aldeãos bandidos estavam vigiando Ron e os meninos, esperando uma oportunidade,
eles queriam tudo, e quando perceberam que eles estavam partindo do hotel,
atacaram.
É uma longa história, resumindo,
Ron e os meninos ouvindo os passos dos assaltantes, empurraram a mobília na
frente da porta, pela janela escalaram um telhado baixo que conduzia à cozinha,
assim escaparam.
Na comoção, eles perderam quase
todos os filmes, Ron conseguiu salvar apenas alguns. Uma vez estando seguros,
em viagem, Ron percebeu como aquela região era perigosa. Os meninos nunca mais
iriam lá novamente.
Ron tinha ido para a Turquia por
uma razão, a sua curiosidade pessoal. O que ele viu, levou-o a resolução de
investigar o local completamente, mas como um indivíduo privado, ele não tinha
nenhuma idéia como empreender isso. Ele sabia que o local precisava ser
escavado, mas como alguém como ele poderia adquirir uma permissão para faze-lo?
Como poderia atrair o interesse de estudiosos importantes e arqueólogos sobre o
local? A maioria das pessoas não acreditavam na existência da arca em Ararat.
Alguém falou a Ron sobre outro
homem interessado no barco moldado, ele havia escrito um artigo sobre o local
em setembro de 1976, este homem era o Dr. Bill Shea do Instituto de Pesquisa
Bíblicas, um arqueólogo. Em novembro de 1978, Ron estabeleceu contato com o
arqueólogo, compartilhando seus conhecimentos, o Dr. Shea também acreditava que
o local deveria ser investigado completamente.
Assim o Dr. Shea começou a
solicitar permissão do governo turco para escavar, a resposta era sempre
negativa. Ron estava preocupado, não havia mais nada que ele poderia fazer,
logo, decidiu não voltar à Turquia. Ao invés, ele e os meninos foram para o
Egito para pesquisar o Mar Vermelho, esperando que um dia o Dr. Shea pudesse
adquirir a permissão que eles ansiavam.
Entretanto, em Dezembro de 1978
Ron ouviu notícias sobre um terremoto na Turquia oriental. Ele não pôde
escavar, mas o "Deus da natureza" talvez tivesse feito o que ele não
pôde fazer. Pacientemente esperou pela sua próxima férias de duas semanas. Em
11 de agosto de 1979, com um guia armênio da Califórnia que falava turco, ele
voltou à Turquia, nessa viagem não levou os meninos, não queria arriscar seus
filhos novamente.
No local, o terremoto tinha
derrubado a terra ao redor do barco moldado, Ron viu na encosta da montanha o
que se parecia com um naufrágio gigante.
Poderia ser visto uniformemente
espaçado ao redor do objeto o que parecia ser costelas de madeiras. O terremoto
também tinha rachado o a popa do objeto, e Ron pôde obter amostras de seu fundo,
pegou tambem amostras de material fora do objeto para comparações; ele também
mediu o objeto: 300 cúbitos reais do Egito.
Ele visitou novamente a âncora
de pedra, o cemitério de monumentos estranhos, que ele acreditava ser
representativo da Arca e seus oito passageiros. Foi uma viagem pequena, mas Ron
tinha realizado o que ele esperava. O próximo passo era analisar as amostras
recolhidas.
Este tipo de prova era ainda
muito caro, assim ele só teve das amostras uma análise mineral básica. Mas isso
já era muito para um começo; a análise mostrou 4.95% de carbono, uma quantia
que era consistente com a presença de madeira petrificada, também mostrou um
conteúdo de ferro surpreendentemente alto.
Sem permissão para escavar, Ron
estava disposto a uma longa espera para obtê-la. Ron seguramente estava
convencido ter encontrado a Arca de Noé, afinal de contas, ele tinha estado lá
duas vezes, tinha visto as evidências maravilhosas daquela região, decidiu
tornar pública toda a informação disponível.
Ron escreveu o livro,
"Encontrada a Arca de Noé", contou a história das duas viagens à
Turquia, o que ele viu, filmou e fotografou, ele informou também sobre as
análises de laboratório, e contou acreditar que as lápides marcavam o local do
sepulcro de Noé e da sua esposa, explicou que o Cubit Real egípcio era
compatível com as dimensões do barco moldado; porém nem todo mundo aceitou as
evidências como autênticas.
Ele esperou pelo interesse e
apoio de outros pesquisadores, mas o livro não foi o bastante; de fato, este
pequeno livro um dia seria o responsável pelo roubo e destruição das evidências
mais incríveis; foi uma dura lição para Ron. Ele não teve mais nenhuma idéia
que poderia fazer avançar sua pesquisa.
Em 1983, Ron leu um artigo sobre
o Coronel James Irwin (Jim), astronauta da Apollo 15, e como ele estava
ativamente envolvido na procura da arca no Mt. Ararat. Ron o chamou e
compartilhou com ele toda a informação que ele tinha sobre o barco moldado. O
Coronel Irwin era extremamente cortês, disse que estava interessado em ver o
local, e ofereceu a Ron toda a ajuda possível.
Jim estava levando uma expedição
para escalar Mt. Ararat em agosto de 1984, assim ele e Ron decidiram viajar
juntos de forma que Ron poderia lhe mostrar o local. Considerando que toda
investigação teria que ser não destrutiva, Ron decidiu adquirir dois detectores
de metal para conferir a possibilidade de leituras de metal uniformemente
espaçadas. Eles chegaram a Istambul na Turquia, em 19 de agosto de 1984.
Em busca da Arca de Noé - Capítulo 3
Kasim Gulek é o único homem vivo
que serviu no governo de Ataturk, sendo um homem muito influente na Turquia; em
agosto de 1984, na sua casa em Ancara, Jim e Ron reuniram-se com ele. Presentes
nessa reunião, estavam Orhan Baser e Mina Unler, ligados ao governo turco, eles
seriam muito importantes no apoio governamental necessário. Todos ficaram muito
impressionados com o trabalho de Ron; até então Ron era essencialmente um
desconhecido, essa reunião provou ser muito valiosa, com ajuda de Jim, os
esforços de Ron estavam a ponto de criar repercussão.
Eles passaram a noite com os
Guleks, Orhan Baser conseguiu uma permissão governamental para exploração;
assim, no dia seguinte foram para Dogubeyazit; Ron levou Jim e um grupo de
pessoas ao barco moldado. Fazendo uso dos detectores de metal, nos lados e
sobre o barco, obteve resultados que formavam um padrão organizado de leituras
lineares de metal dentro do objeto; as leituras estavam completamente fora de
ser um padrão natural. Em entrevista de vídeo, Jim declarou: " Sim, nós
adquirimos realmente leituras positivas.... Com esse espaçamento dos sinais,
parece que é um objeto artificial".
Jim fora para procurar a Arca no
Mt. Ararat, e agora ele convenceu-se realmente que o achado de Ron era real,
concordaram que a exploração do Mt. Ararat era uma parte absolutamente
necessária para compor um quadro inteiro, haveria muitos que não aceitariam a
descoberta até que todas as possibilidades de encontrá-la no Mt. Ararat
estivessem esgotadas. Não havia nenhuma competição entre Ron e Jim, embora
muitos querem acreditar que havia. Jim era um cavalheiro e um homem de palavra,
ele ajudou Ron imensamente, uma pessoa realmente de confiança.
Depois que Ron e Jim visitaram o
local com o detector de metal, o assunto espalhou-se, quando eles voltaram a
Dogubeyazit, outros grupos de "caçadores da Arca" estavam no saguão
do hotel esperando por eles. Um grupo expressou o desejo de visitar o local;
este grupo era encabeçado por Marv Steffins e Bulant Atalay, incluído o piloto
de helicóptero deles, Whatcha McCullum; eles convidaram Ron para almoçar com
eles, estremeceram quando viram os resultados que o detector de metal
esquadrinhara. Parecia que Ron tinha achado alguns aliados, mas isso não se
mostrou correto.
Marv, pediu para ir ao local,
Ron achou isso muito estranho, visto ele ter declarado que tinha investigado o
local em duas ocasiões; ofereceu-lhe então o detector, talvez uma coisa ingênua
a fazer, mas todavia, ele fez. Neste momento, o famoso "caçador da
Arca" levantou a sua voz: "você não pode usar detectores de metal sem
permissão", objetivando obviamente que os detectores de metais fossem
confiscados pelas autoridades locais. Eles sabiam que, mesmo com permissão
oficial de Ancara, devido a dificuldades de comunicação, as autoridades locais
poderiam confiscar o equipamento. Era uma coisa desagradável de acontecer, mas
aconteceu.
Devido a isso, Ron perdeu a
calma, pegou Marv pelo colarinho e disse: "mantenha a sua boca fechada".
Ele respondeu-lhe: "você está louco", e Ron então disse: "eu não
estou louco o bastante para deixar acontecer isso que você está tentando
fazer". Não houve mais nenhuma dificuldade nesta viagem; mas, a partir
daquele momento, o "caçador da arca" faria qualquer coisa para
desacreditá-lo.
Ron retirou numerosas amostras
de material do local, Orhan Baser tinha afiançado permissão para ele proceder
assim, ele não ia aventurar-se a qualquer coisa sem adquirir permissão formal;
Marv Steffins fez o mesmo, retirou amostras; mas, sem permissão alguma. Depois
daquela viagem, Ron e Orhan decidiram esquadrinhar toda a região do barco para
tentar encontrar outras evidências da Arca.
Mais adiante, Para cima,
margeando o lado da montanha até o cume perto da fronteira Iraniana, Ron e
Orhan viram um local que continha os restos de um antigo edifício de pedra.
Considerando que nada mais havia ao redor, pareceu-lhes que talvez fosse uma
estação de viajantes ou algo do tipo.
Próximo ao edifício havia algo
muito interessante, era uma seção de terra que media 120'x 40', com bordas que
pareciam madeira petrificada e dentro de seu perímetro viram uma volumosa pedra
com um aspecto muito estranho. Esta "pedra" era muito pesada e
tingida de verde em alguns lugares, então Ron acreditou que fosse algum tipo de
metal; teve uma idéia do que poderia ser a suposta seção de madeira, talvez uma
análise de laboratório do material ajudasse confirmar a sua idéia.
O barco moldado aparenta
perfeitamente um naufrágio, considerando que está localizado num fluxo de lama
que contém sobras de pedra vulcânica, Ron acreditou que, de fato, o fluxo de
lama deteriorou-se posteriormente por um fluxo de lava, para Ron, era como se o
navio tivesse sido transportado no lado da montanha pelo fluxo de lava, e
deslizando lateralmente, parou na sua posição atual.
Ron suspeitou que a peça de 120'
X 40' era de fato uma porção do fundo do navio que tinha afundado na lama
quando as águas da inundação baixaram. Quando a terra secou, esta seção ficou
embutida firmemente no solo, e quando a arca foi varrida pela lava, esta porção
rasgou.
A pedra estranha que ele achou
dentro do perímetro da seção era bem semelhante a um lastro usado na parte mais
baixa dos navios. Ele teorizou que este material de lastro foi colocado na
armação da Arca, quando a porção do fundo foi arrancada uma quantidade grande
de lastros cairam fora pela fratura, outros lastros permaneceram na porção
intacta da arca. Ron e Orhan mantiveram esta informação só para eles.
Eles também acharam os restos
quebrados de um antiga Estela que estava sendo usado numa estrutura mais
recente. Os pedaços eram muito grandes e estavam expostos, o que permitiu a Ron
fotografá-los e recompor seu formato depois.
Esta Estela continham numerosas
inscrições em 3 formas diferentes de escritura. Um segmento era particularmente
legível, era uma cena que descreve o cume sem igual sobre o local, um cume
montês no fundo, um navio com 8 faces, e 2 corvos (um voando sobre o navio e o
outro sobre a montanha), o resto da inscrição é caracterizado por vários
animais.
A maior importância da Estela,
era que ela tinha a forma da Arca, era quase idêntica à fotografia aérea de
1950 do barco moldado. O achado mais importante do local sem dúvida era a seção
120' x 40' que eles acreditaram ser uma porção do fundo do navio. Deixaram o
estudo da inscrição para mais tarde, marcaram então a localização original da
arca e deixaram a região.
Nesta viagem Ron trouxe
numerosas cópias do pequeno livro que ele tinha publicado em 1980, "Achado
a Arca de Noé", entregou exemplares para todos os interessados pelo local.
Dentro de alguns meses, ele lamentaria ter feito isto. Finalmente, era tempo
para partir.
O seu vôo seguiu de Istambul
para a Grécia, onde ele apanharia um vôo internacional para os EUA. Mas uma
série estranha de eventos estava a ponto de acontecer. Esperando no aeroporto
de Atenas, adquiriu um jornal "The New York Times" e leu um artigo
assustador. Ele tinha sido acusado de levar ilegalmente artefatos da Turquia.
Na realidade a história era que
Marv Steffins tinha ido para Ancara com algumas amostras de madeira
petrificada, convocou uma reunião com a imprensa e proclamou que a Arca de Noé
tinha sido achada por ele, nenhuma menção aos esforços de Ron foi feita na
mídia. Como ele não tinha obtido permissão para levar qualquer amostra, ela foi
confiscada, então ele contou às autoridades que Ron Wyatt também tinha levado
amostra ilegal.
Desde 1978, Ron e os meninos
tinham estado trabalhando no Egito e Israel. Quando eles acharam partes de
carruagens no Mar Vermelho, deduziram que o Mt. Sinai estava do outro lado do
Golfo de Acaba na Arábia Saudita. Durante mais de 4 anos, Ron tinha tentado um
visto Saudita, mas quando pareceu impossível recebe-lo, ele e os meninos
decidiram entrar ilegalmente.
Antes de partir naquela viagem em
dezembro de 1983, ele contou para duas pessoas o que planejara fazer. Um dessas
pessoas era Jim Irwin, o outro era um "Caçador da Arca" chamado
Saudis. Quando chegaram a Jebel El Lawz, na Arábia, foram encarcerados durante
78 dias, acusados de serem espiões israelenses, conseguiram voltar aos EUA em
18 de abril de 1984.
Ron se deu conta que seu
trabalho arqueológico estava em perigo, era aparente que o perigo era causado
por alguns "amigos". Foi Saudis, o caçador da Arca, que contou aos
árabes que Wyatts era espião israelense, foi outro caçador da arca que contou
às autoridades turcas que Ron tinha tirado artefatos ilegalmente do país;
contudo, em ambos os casos, o resultado final foi que os governos levaram muito
a sério suas pesquisas.
As penalidades por levar
artefatos ilegais eram duras, mas Orhan Baser tinha obtido permissão para ele
levar as amostras, quando chegou em Nova Iorque, a primeira coisa que fez foi
procurar o Consulado turco para explicar a situação. Naquela tarde, 3 homens do
Consulado vieram para o quarto de hotel de Ron, examinaram os espécimes, Ron
ofereceu-as para retorno à Turquia, mas os agentes turcos lhe disse que as
mantivesse; eles tinham confirmado toda a história e tinham achado ele estava
contando a verdade.
Mas a imprensa não sabia a
verdade, era uma situação desagradável, então Ron convocou uma entrevista
coletiva, contou aos jornalistas a sua história. O governo turco tambem emitiu
uma declaração confirmando toda a história, porém, o apresentador de tv Ted
Koeppel negligenciou em seu programa essas informações e continuou com
acusações infundadas.
Novamente tudo bem, observadores
das Nações Unidas, publicaram em janeiro 1985 um artigo sobre Ron e seu
trabalho. Até esta época, Ron não tinha nenhum grande aliado alem do Dr. Shea,
ele esperou que agora teria mais ajuda, mas os incidentes anteriores seriam o
molde para o futuro. Entretanto, na Turquia, as notícias, combinadas com os
resultados positivos das investigações de Ron, levaram os Turcos a se
interessam pelo local.
Por: Monteiro Junior.
Fonte: “O Pesquisador Cristão” (www.opesquisadorcristao.com.br)
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