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O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
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Já vimos e comentamos muito
sobre a moral cristã, que moldou a civilização ocidental por séculos e formou
aquilo que há de mais elevado em termos éticos e morais, revolucionando os
antigos valores no mundo da época. Falamos muito sobre isso neste capítulo e ainda
mais no capítulo 8. Também tocamos no humanismo secular no capítulo anterior,
onde vimos que os humanistas ateus massacraram mais pessoas em um século do que
todos os regimes teocráticos juntos já mataram em toda a história. Agora vamos
adentrar melhor nos pontos que ainda são divergência
entre nós e eles. Deixarei para trás os pontos que temos em comum (os quais
eles herdaram de nós) e abordarei especificamente aqueles que são motivo de
debate nos dias atuais.
Uma das principais diferenças entre o Cristianismo e o humanismo secular ateu é que este não vê quase problema nenhum naquilo que os cristãos entendem por imoralidade, e que, como vimos, a Bíblia salienta muito. É a visão cristã, e somente a visão cristã, que vê problemas intrínsecos na pornografia, no adultério, na fornicação, no sexo antes do casamento, no divórcio, no alcoolismo, no tabaco, no homossexualismo, no incesto e em outras várias formas de promiscuidade, que para os seculares it’s ok. É verdade que de vez em quando vemos algum humanista se manifestando contra alguma dessas coisas e que há formas de imoralidade que a maioria deles ainda discorda – como a pedofilia – mas mesmo estas exceções estão prestes a desaparecer.
Uma das principais diferenças entre o Cristianismo e o humanismo secular ateu é que este não vê quase problema nenhum naquilo que os cristãos entendem por imoralidade, e que, como vimos, a Bíblia salienta muito. É a visão cristã, e somente a visão cristã, que vê problemas intrínsecos na pornografia, no adultério, na fornicação, no sexo antes do casamento, no divórcio, no alcoolismo, no tabaco, no homossexualismo, no incesto e em outras várias formas de promiscuidade, que para os seculares it’s ok. É verdade que de vez em quando vemos algum humanista se manifestando contra alguma dessas coisas e que há formas de imoralidade que a maioria deles ainda discorda – como a pedofilia – mas mesmo estas exceções estão prestes a desaparecer.
O mesmo Cristianismo
que revolucionou o mundo moralmente durante séculos, que acabou com a
escravidão, que elevou às mulheres a uma posição digna, que se posicionou
contra todas as formas de racismo ao dizer que todos são iguais perante Deus e
criados à semelhança dEle, que valorizou a vida das crianças até os mais velhos
e que transformou as sociedades não-cristãs que antes praticavam desde
canibalismo até sacrifício infantil, vêm perdendo influência nas últimas
décadas e abrindo cada vez mais espaço ao secularismo, que está ganhando cada
vez mais voz na mídia.
Como consequência
disso, já é nítida uma queda perceptível nos padrões morais e um avanço na
imoralidade que nunca antes foi visto desde Sodoma e Gomorra. A grande mídia,
dominada principalmente por eles, dá cada vez mais espaço a neo-ateus que
detestam o Cristianismo e que minam as bases da sociedade moderna. O resultado
disso é uma destruição dos valores morais, desde o indivíduo em particular,
passando pela família e terminando na sociedade como um todo.
Nunca antes na
história o adultério foi visto como algo “normal”. Mesmo nas sociedades mais
adúlteras, o adultério em si sempre foi considerado errado, como uma prática abominável. A mídia secular, no entanto,
tem conseguindo (principalmente através das novelas e filmes) transmitir a
ideia de que o adultério é algo comum, normal e, em alguns casos, até mesmo bom. Não é difícil pensar no roteiro de
uma novela que não tenha um mocinho que se apaixona por uma mulher comprometida
e que vivem em romance a novela inteira (ou o contrário, quando é a mocinha que
se apaixona por um homem casado e se tornam “amantes”). Na verdade, o difícil
mesmo é pensar em uma novela que não tenha
nada disso!
Os adúlteros vão sendo
retratados como os “mocinhos”, que estão “somente em busca da felicidade”, e os
que são contra este relacionamento adúltero são quase sempre retratados como os
“vilões”, que são “contra a felicidade” alheia. Famílias são destruídas, lares
são arrasados, filhos sofrem a amargura do divórcio dos pais, parceiros são
traídos, mas o que vale é a felicidade egoísta, custe o que custar. Os valores
estão se invertendo. Os mocinhos viraram vilões, e os vilões viraram mocinhos.
O mundo está, cada vez mais, de pernas pro ar. Os valores cristãos que moldaram
a nossa sociedade estão se perdendo, sendo trocados por outros valores seculares
que cultuam o que há de pior.
Um leigo desatento
pode pensar que não há problema em uma novela retratar as coisas deste jeito.
“Não gosta disso, então não assista!”. Mas não é preciso ser um observador
muito atento para notar que a mídia tem um poder impressionante de alienação e
de lavagem cerebral na cabeça dos mais fracos e instáveis. O problema não é uma novela ou um programa. O problema são muitas
novelas e muitos programas. Tudo
isso vai, aos poucos, fazendo cada vez mais a cabeça do indivíduo comum e
moldando seu raciocínio à imagem e semelhança do que lhe é apresentado na
televisão. No começo, ele pode pensar que aquilo é repugnante. Com o passar do
tempo, vai passando a ver a coisa como normal.
Mais tarde, como bom.
Na concepção secular
do mundo, uma jovem que se apaixona por um homem comprometido e foge de casa
para viver “uma história de amor” com este homem é algo encantador, lindo,
maravilhoso. Eles não fazem muita questão de mostrar o lado do sofrimento dos
pais que perderam a filha, o sofrimento da esposa do homem adúltero, ou o
“simples” fato de o adultério ser em si mesmo algo abominável, que se
considerado “normal” pelas pessoas resultaria na maior onda de caos moral, de
desconfiança e de transtorno que este mundo já viu. Mas é isso o que passa na
televisão. É com isso que os
seculares nos “educam”.
Quantos programas realmente educativos existem na
televisão hoje? Eu não estou falando de “educativo” no sentido de fazer algum
bem, mas simplesmente de não fazer nenhum mal. Mesmo assim, são poucos os que
se salvam. A maioria do que passa são novelas imorais com valores promíscuos, atrações
sensacionalistas repletas de baixaria, programas apelativos que tem a
necessidade de retratar as mulheres da forma mais vulgar possível para garantir
a audiência, isso sem falar de toda a lavagem cerebral esquerdista que domina o
âmbito político dos telejornais, que censuram aqueles que tentam dizer a
verdade. Antes, programa “educativo” era aqueles da TV Cultura. Hoje, qualquer
programa esportivo já pode ser considerado “educativo”, comparado ao nível dos
outros programas.
Para ter uma ideia do
quão ruim que as coisas estão, o programa de maior audiência em nosso país é
uma porcaria de um Big Brother Brasil, que, além de não ensinar nada e de não
fazer nada de útil, promove apenas imoralidade, sexo irresponsável, alcoolismo,
discussões, baixarias, brigas, traições, ataques de histeria e uma necessidade
doentia de se mostrar e de tramar contra o próximo, porque é um verdadeiro
vale-tudo em busca dos 1,5 milhões de reais. É impressionante constatar que
existem milhões e milhões de pessoas perdendo tempo com tanto lixo,
desperdiçando em algo tão imprestável, tão deseducador, tão irrelevante e tão
fútil.
O pior não é o
programa em si. O pior é pensar que são programas como esses que atualmente
estão configurando os traços de personalidade e a concepção de valores morais
que os telespectadores têm sobre o mundo. Em um mundo em que os valores do BBB
substituem os valores da Bíblia, não poderíamos esperar mesmo um progresso em
termos morais. O que está aí é o que merecemos. Colhemos o que plantamos. Há
até sites na internet especializados em adultério(!), e o governo jamais pensou
em processar algum deles. Será que ninguém enxerga o grau de demência social
que é permitir uma coisa dessas?
Mas o adultério é
somente a ponta do iceberg. Existe muito mais embaixo. Somos constantemente
bombardeados por uma mídia secular que está insistentemente propagando os
valores humanistas anticristãos, principalmente no que diz respeito a sexo
fácil e irresponsável. A psicóloga cristã Marisa Lobo escreveu um excelente
artigo sobre isso, intitulado de “A
mídia esconde a verdadeira causa do aumento da AIDS no Brasil”, onde
afirma:
“A verdade é que a incidência
entre jovens aumentou assustadoramente por que os jovens fazem sexo pelo sexo
de forma irresponsável; sem amor, sem respeito e sem cuidado com o outro. Estes
jovens ignoram os riscos, esta geração não acredita nos riscos e é obcecada
pela busca do prazer sexual que a mídia tanto noticia. São escravos dessa busca
e estão pagando o preço com suas vidas”[1]
Ela também discorre:
“Grupos de controle sociais
tentem deslocar a responsabilidade para a família dizendo que esta não
conseguiu dar a educação. Me pergunto: como assim? Não é este governo e esta
sociedade que estão, nos últimos anos, ‘sexualizando’ as crianças dentro das
escolas? Não é essa a sociedade que idolatra o sexo, dizendo ser ele a razão de
toda felicidade humana? Não é essa a mídia que promove a erotização através de
seus programas de TV? E não são esses os grupos que hoje querem, por força de
lei, impor como cultura a reorientação social e sexual, tirando de forma
repulsiva o poder e a influência dos pais na sexualidade de seus filhos?”[2]
Os jovens são também
invariavelmente influenciados pelas músicas seculares que incentivam formas de
vida imorais, e entenda, eu não estou falando contra todas as músicas seculares (não-cristãs), mas especificamente sobre
aquelas que incentivam o sexo irresponsável, o consumo desenfreado de bebidas
alcoólicas, as drogas e o tráfico, o tabaco, a prostituição, a criminalidade e
todo um conjunto de temas que causam desgraças sociais e que tornam o mundo
caído como está hoje. Um artigo da Veja sobre isso afirma:
“Um
levantamento feito por pediatras americanos constatou que a música popular dos
Estados Unidos está inundada de letras que fazem referências ao consumo de
drogas, álcool e tabaco. De acordo com uma equipe de pediatras da faculdade de
medicina da Universidade de Pittsburgh, das 279 canções mais populares no país
(as mais tocadas e vendidas, segundo a parada da Billboard) em 2005, 93 – ou um
terço – falavam explicitamente do tema. Outras 117 – 42% – tocavam no assunto
de alguma forma. Que a música pop mundial está repleta de referências ao
consumo de entorpecentes não é exatamente uma novidade. O que ninguém tinha
feito antes era colocá-las no papel. Os doutores descobriram que não só 93
músicas falavam sobre o tema, como dois terços das vezes em que as drogas eram
citadas, apareciam como algo positivo, associado a sexo, festas e humor.
Supondo que um adolescente americano, com entre 15 e 18 anos de idade, ouve por
volta de duas horas e vinte minutos de música por dia, os médicos calcularam
que os jovens escutam 84 citações
diárias de uso de drogas. Por ano, são mais de 30.000”[3]
Só alguém extremamente
ingênuo ou mal-intencionado para pensar que isso não traz influência nenhuma na
sociedade, a começar por aqueles que se alimentam deste tipo de música. Eles
dão veneno ao povo, fazem o povo gostar deste veneno, e depois hipocritamente
aparecem com cara “triste” ao ver as consequências que isso traz, lavando as
mãos como Pilatos fez, como se não tivessem nada a ver com isso.
Eles incentivam o
adultério, mas se a mulher deles adultera acham isso errado. Eles incentivam
uma vida promíscua, mas se a filha deles pega alguma DST [doença sexualmente
transmissível] eles se desesperam. Eles incentivam o consumo de drogas, mas se
o filho deles se perde no mundo das drogas eles pranteiam. Eles incentivam a
bebedeira, mas se algum bêbado atropela alguém da sua família e a mata, você já
sabe como eles vão reagir. Eles incentivam a prostituição, mas não gostariam
que a filha deles fosse uma mulher “dada” e “fácil”. Eles incentivam e fazem
apologia a tudo o que há de ruim no mundo, mas depois que isso realmente acontece eles lamentam os
efeitos colaterais do que sucede na vida deles ou de outras pessoas próximas.
A verdade é que estas
músicas, cada vez mais presentes na cabeça dos jovens, vão aos poucos
configurando aquilo que eles pensam e a forma com que agem, e o aumento
constante do consumo de drogas, da criminalidade e da promiscuidade não é
“coincidência”. Eles estão apenas colocando em prática aquilo que o
subconsciente deles “curte”.
O próprio consumo de
pornografia é tratado com a maior naturalidade do mundo pelos doutrinadores
humanistas ateus. O apelo é sempre o mesmo: “é uma necessidade fisiológica”;
“deixe ele(a) ser feliz!”, etc. A questão aqui, no entanto, não se trata de proibir que alguém se vicie em
pornografia, mas sim em considerar isso bom ou ruim. O pedófilo também tem uma
compulsão pela pedofilia, e realmente sente uma atração doentia por crianças,
mas nem por isso devemos entender a pedofilia como algo bom.
Da mesma forma que
nenhum cristão vai impedir que alguém
adultere, também nenhum cristão vai impedir
que outra pessoa tome suas próprias escolhas em relação à pornografia. Mas
a questão principal não é a decisão individual que cabe a cada um, mas sim se
esta decisão é positiva ou negativa, se contribui para o bem ou para o mal.
Essa é a questão. Os humanistas seculares param por aí. “Cada pessoa é livre”,
e ponto. Não importa se isso em questão contribui para o bem ou para o mal.
Os cristãos, por outro
lado, reiteram que “cada pessoa é livre”, mas também atentam para o outro lado
da moeda: a consequência de se escolher o mau caminho. E não, eu não estou
falando do inferno. Estou falando de consequências terrenas e bem perceptíveis
a qualquer pessoa comum. As estatísticas sobre a pornografia são de assustar
qualquer um. Vejamos alguns dados[4]:
• A media de exposição inicial à
pornografia é de apenas 11 anos.
• 17% das mulheres dizem que
lutam contra o vício em pornografia.
• Cerca de 200 mil americanos foram
classificados como “viciados em pornografia” por passarem 11 horas ou mais por
semana online acessando pornografia.
• Mais de 50% das pessoas
envolvidas por interações sexuais virtuais perderam o interesse na relação
sexual.
• Ver pornô repetidamente pode
afetar negativamente o desejo sexual: um terço de seus parceiros tinha perdido
o interesse também.
• Vício em pornografia levou 40%
dos viciados em sexo a perderem seus cônjuges.
• Vício em pornografia levou 58% a
sofrerem perdas financeiras consideráveis.
• Um terço dos viciados em
pornografia perdeu seu emprego.
• O uso da pornografia aumenta a
taxa de infidelidade conjugal em mais de
300%.
• 55% dos casos de divórcio
envolveram uma pessoa com interesse obsessivo em sites pornográficos.
• Casos de depressão grave foram
relatados duas vezes mais frequentes entre os usuários de pornografia na
internet em comparação aos não-usuários.
• Em um grupo de 24 pessoas, 23
são compulsivos e viciados sexuais e afirmam: “Descobrir a pornografia foi a pior coisa que já aconteceu em minha
vida!”.
O interessante é que estes dados
não são de “fontes da igreja”, mas da CNN, da Time e de outros portais
não-cristãos de notícias. São de domínio público, facilmente acessível tanto
para cristãos quanto para não-cristãos. Um estudo feito por cientistas alemães
e divulgado em artigo pelo “O Globo” revelou ainda que “o aumento
da pornografia gratuita é responsável pela diminuição do número de casamentos”[5].
Os cientistas concluíram que a
rápida ascensão da pornografia na internet ocorreu no mesmo período em que o
casamento perdeu popularidade, pois, “tradicionalmente, uma das
razões para se casar é a satisfação sexual. Mas conforme as opções de
satisfação sexual fora do casamento cresceram, a necessidade de se casar para
atender a essa necessidade está diminuindo”[6]. O mesmo
estudo revelou que “os consumidores de pornografia, em geral,
frequentam menos a igreja e têm mais chances de trair o parceiro, ou de pagar
por sexo”[7]. Isso tudo
é somente o que deveríamos esperar de um mundo aonde os valores seculares vão constantemente
ofuscando os valores cristãos.
A neurociência já provou que a
pornografia está literalmente deteriorando o cérebro, tornando-o mais infantil.
Matt Fradd escreveu sobre isso nas seguintes palavras:
“Cientistas
estão percebendo agora que a exposição contínua à pornografia causa no cérebro
uma euforia artificial – algo que ele literalmente não pode suportar – e
eventualmente o cérebro se exaure. O professor de anatomia e fisiologia Gary
Wilson observa que esse é o mesmo padrão identificado quando há abuso de
drogas: o cérebro fica dessensibilizado. Mais doses da droga ou drogas mais
pesadas são necessárias para atingir a mesma euforia, e a espiral descendente
começa. Wilson afirma que isso provoca mudanças significativas no cérebro –
tanto para os viciados em droga quanto para os usuários de pornografia.
Uma dessas
mudanças é a erosão do córtex pré-frontal – aquele importantíssimo centro de
controle executivo. Quando essa região do cérebro enfraquece, quando o desejo
por pornografia aparece, há pouca força de vontade presente para regular o
desejo. Os neurocientistas chamam esse problema de hipofrontalidade, quando a
pessoa perde lentamente o controle sobre os impulsos e o domínio sobre suas
paixões. O ponto é o seguinte: aquilo que, no cérebro, é a marca da idade
adulta e da maturidade é a coisa que é destruída quando vemos mais pornografia.
É como se o cérebro estivesse retrocedendo, tornando-se mais infantil. O
entretenimento ‘adulto’, na verdade, nos torna mais infantis”[8]
Um site de internautas cristãos,
por sua vez, elenca outros motivos pelos quais devemos parar de ver
pornografia, incluindo razões teológicas e não-teológicas. Para o propósito
deste livro, deixarei de lado os aspectos teológicos e transcreverei aqui
apenas os que afetam até o ateu e aqueles que não dão a mínima para Deus[9]:
1. Cega você para as consequências. Temporariamente te desliga de
seus relacionamentos com sua esposa, seus filhos e outros. Te cega sobre o que
te acontecerá física, emocional, mental, social, vocacional e relacionalmente.
2. Cria expectativas irrealistas. Os homens começam a pensar que
toda mulher deveria se parecer com aquelas e que esse tipo de relação é como
seu relacionamento com sua esposa deve ser.
3. Distorce sua visão do sexo. A pornografia te faz acreditar
que o sexo é somente para o prazer do homem e que as mulheres são simplesmente
objetos a serem usados, ao invés de criações de Deus que devem ser honradas e
respeitadas.
4. Nunca é o bastante. A pornografia tem um efeito
crescente. Como uma droga, você precisa de mais e mais para satisfazer a
lascívia. Ela te leva rapidamente a um caminho de destruição e para bem longe
da paz, alegria, e relacionamentos saudáveis.
5. Liberdade sobre o que você pensa e faz é perdida. Você se
torna escravo de seus pensamentos pecaminosos que levam a atos pecaminosos.
6. A culpa depois que você vê pornografia. Mas a culpa
não é o suficiente para te prevenir de fazer na próxima vez.
7. A sexualidade saudável é obscurecida pela pornografia. Sexo
saudável é somente o sexo marital, que inclui sexo regular, sexo altruísta e
sexo amoroso.
8. Te isola e faz você se sentir totalmente
sozinho e como o único que luta contra a pornografia e a lascívia.
9. Ameaça seu relacionamento com sua esposa ou futura
esposa (se você é solteiro) e tudo em sua vida que é importante para você. Você
põe tudo em risco pela pornografia.
10. Te mantém em um ciclo de autodestruição. A
pornografia parece medicar a dor em sua vida, mas somente adiciona mais dor à
dor. A pornografia te leva a fazer coisas que você nunca pensou que faria. O
pecado te levará para mais longe que você gostaria. Ele te manterá mais longe
que você gostaria. E te custará mais do que você gostaria de pagar.
11. Lascívia – lascívia sexual pecaminosa – te leva a atos sexuais
pecaminosos. Pornografia posta em sua mente é como
colocar gasolina no fogo do desejo sexual errôneo, resultando em pensamentos e
ações destrutivas.
12. Mascara a verdadeira ferida. Você está procurando a cura e
torna as coisas piores.
13. Objetifica as mulheres. A pornografia as transforma em
objetos sexuais. Ela sequestra a capacidade do homem de ver uma mulher mais
velha como uma figura materna, uma mulher da mesma idade como uma irmã e uma
mulher mais nova como a figura de uma filha.
14. Permanece em sua mente para sempre. Aquela
imagem aparece repetindo em sua mente para criar um ciclo de luxúria pecaminosa
e te levar de volta à pornografia. Você se torna ligado a uma imagem, não a uma
pessoa.
15. A vergonha entra em sua vida. Culpa é sentir-se mal por algo
que você fez. A vergonha, no entanto, é baseada em sentir-se mal por quem você
é. A pornografia traz vergonha.
16. A confiança é perdida com as pessoas que você mais ama
e respeita.
17. Abre a porta para todo pecado sexual. A pornografia
é um portal, uma entrada que traz nada de bom e tudo de doloroso, como
masturbação compulsiva, desejos, práticas sexuais perigosas, visita a lugares
adultos, uso de prostituição, práticas sexuais pervertida e abuso sexual.
18. Viola mulheres. Como? Você está colocando seu
selo de aprovação em uma indústria que degrada e desumaniza mulheres.
19. Um convite para olhar para outras mulheres.
20. Extingue a verdade. A pornografia promove a mentira.
Você mente para os outros e mente para si mesmo. Você mente mais para cobrir
velhas mentiras. Você se torna uma mentira viva.
21. Te liga a uma imagem. Você fica preso e ligado à
imagem ao invés de sua esposa ou futura esposa se você é solteiro.
De todos estes pontos, o pior
deles (e imperceptível aos humanistas) é o 17 (“abre a porta para todo pecado sexual”). Você pode perceber que
praticamente toda traição, em especial entre os homens, vem de uma pessoa que
teve durante a juventude um problema com a pornografia e que não conseguiu
superar este problema na juventude, mas o trouxe consigo à fase adulta. Então
ele pensa estar “livre” deste problema apenas porque temporariamente está
satisfeito com sua esposa, mas este vício ainda está ali, escondido em algum
lugar, até que um dia vem à tona de novo, desta vez não mais na forma de
imagem, mas de pessoa. É aí que a
carne fica fraca e que o adultério ocorre.
Os humanistas ateus não percebem
isso, porque eles não creem no conceito cristão sobre a “carne” (a natureza
humana inclinada ao pecado). Eles pensam o melhor sobre o homem, apesar de tudo
o que vemos à nossa volta. Este conceito bíblico nada mais é senão a
constatação por escrito de algo que de fato ocorre com os seres humanos, sejam
eles crentes ou não. Nós possuímos uma natureza inclinada ao pecado, ao mal.
Isso é fato. Mas nós nem sempre praticamos o mal, porque freamos estes nossos
instintos pecaminosos, tal como alguém que tem vontade de enforcar o motorista
barbeiro que o cortou no trânsito, mas se controla para não perder a calma,
pensando nas consequências.
Ocorre que é possível controlar e
ter domínio, pelo menos até certo ponto, sobre esta “carne”, sobre estes
instintos carnais. Não totalmente. Você sempre irá se irritar com aquele barbeiro,
mas poderá ter mais domínio sobre
este instinto, dependendo da forma com que você vive e da maneira com que você
lida com estes instintos. Este é um conceito tão óbvio que até os monges budistas
já sabem há milênios, e praticamente toda religião do mundo também. As
religiões podem divergir entre si quanto à forma
correta de se frear estes instintos, mas todas elas concordam que a “carne”
pode ser “dominada”, que é o que difere um monge budista de um assassino sangue
frio.
É aí que reside a diferença entre
o adúltero e o fiel. O adúltero, quase sempre, é alguém que perdeu a batalha
contra a carne quando mais jovem, e depois a trouxe consigo mais forte ainda
para a fase adulta. É por isso que ele não consegue oferecer resistência a uma
mulher oferecida qualquer, se ela for atraente. O fiel, por outro lado, é quase
sempre alguém que venceu essa batalha quando jovem, já tendo domínio sobre sua
própria carne e conseguindo frear melhor seus desejos carnais, tendo, portanto,
muito mais chance de vencer também uma tentação mais “real” quando adulto.
Alguém que não resiste a uma imagem, não
vai resistir à pessoa retratada na
imagem. A batalha começa nos pensamentos e evolui para a prática. Ela começa na
juventude e traz resultados quando adulto. Você semeia quando jovem aquilo que
vai ser quando mais velho.
Quanto antes você “matar” essa
carne, melhor. Quanto mais tempo você perder e mais deixá-la exercer controle
sobre si, mais difícil será vencê-la depois. Isso é bíblico, mas não somente
bíblico: é real. É algo que pode ser constatado por você mesmo. Não é nem
sequer um ponto de “fé”. O que a Bíblia faz é nos incentivar a cortar o mal
pela raiz. Você vence as tentações menores, para depois conseguir vencer as
maiores. Você é fiel no pouco, para depois Deus te colocar sobre o muito.
A Bíblia o incentiva, de todas as
formas, a se manter afastado até mesmo das formas mais iniciais de imoralidade
e dos menores vícios, porque ela sabe que se você for dominado por estes vícios
menores eles irão avançar para estágios cada vez maiores, assim como um vírus
que se alastra dentro de si, ganhando cada vez mais espaço. Se você der espaço
ao pecado na sua vida, esse espaço só tende a crescer com o tempo, a evoluir a
tal ponto que o deixará sem saída, totalmente perdido e arrasado em toda sorte
de vícios. Aqueles que já estão neste estágio final dos vícios dariam de tudo
para poder voltar lá atrás e acabar com o mal enquanto ainda tinham chance,
enquanto o vício ainda parecia pequeno e inofensivo.
Quando o pecado começa, você
pensa que está no controle. Com o tempo, percebe que isso é uma ilusão, que não
satisfaz de verdade. Depois, se dá conta de que você mesmo é um escravo do
pecado. Um escravo é alguém que não está em condições de deixar de ser o que é.
Um escravo do pecado é alguém que não consegue mais deixar o pecado, mesmo
depois de querer sair dali. Há uma ironia muito grande nisso. Você entra
pensando que está fazendo aquilo porque “é livre”, e depois percebe que aquilo
tirou sua própria liberdade sobre o seu próprio corpo. Você era livre e não sabia. Você se tornou escravo ao buscar a “liberdade”.
O que os humanistas ateus
oferecem a você é essa falsa “liberdade”, uma liberdade de aparência, que
conduz à mais dura e severa escravidão que um ser humano pode sofrer: a
escravidão de si mesmo. O pior tipo de escravidão é aquele no qual o ser humano
perde o controle sobre si próprio, e faz aquilo que não deseja fazer. Não
conseguir fazer aquilo que quer fazer
é uma das piores sensações possíveis. Alguém que deseja ser livre do vício das drogas, do álcool, do tabaco ou da
pornografia e não consegue é um prisioneiro
dentro do seu próprio corpo. É alguém com capacidade de livre-arbítrio
severamente restringida.
É como se você estivesse jogando
vídeo game e os jogadores controlados fizessem o contrário dos comandos que
você dá. A diferença é que no vídeo game você pode sair e entrar de novo no
jogo, enquanto na vida nós só temos uma chance. Ao perdermos o domínio próprio,
perdemos nossa identidade, perdemos nossa liberdade, perdemos nossa vida. O
Cristianismo conhece perfeitamente bem este ciclo, e por isso conclama a nem ao
menos entrarmos neste ciclo. Paulo,
sabiamente, disse para nos mantermos longe até da aparência do mal (1Ts.5:22).
Isso, à primeira vista, pode
parecer uma restrição da liberdade, mas, paradoxalmente, é exatamente o oposto:
é aquilo que nos garante ser livres. Ao decidirmos por livre e espontânea
vontade ficar longe de toda forma (até mesmo inicial) de imoralidade, estamos
evitando entrar em um ciclo vicioso do qual muitos não saíram, e que já
destruiu a vida de muita gente – ciclo este que caminha cada vez mais em
direção à escravidão, à liberdade cativa, à servidão ao pecado. É isso o que os
humanistas não entendem. Eles não percebem que o adúltero não se torna adúltero
do dia pra noite, que o ladrão de bancos não decide roubar um banco do dia pra
noite, que o drogado não decide ingerir cocaína do dia pra noite.
O ladrão sempre começa roubando
coisas pequenas, até começar a tomar gosto pelo roubo, ver que nada lhe
acontece, e então parte para os roubos maiores. O drogado nunca começa se
viciando em uma droga pesada. Ele começa com uma droga mais leve, como a
maconha (que estão querendo legalizar), começa a gostar, e então decide
experimentar drogas mais pesadas, especialmente quando as drogas mais leves
começam a não satisfazer como antes, o que o leva a buscar horizontes maiores.
E, da mesma forma, o adúltero não se torna adúltero do dia pra noite. Ele
alimenta a sua natureza pecaminosa dia após dia, começando quando jovem,
fazendo de tudo para que não consiga se manter fiel quando adulto, mesmo quando
ama a sua parceira.
Os ateus não entendem que em tudo
existe um processo, uma escada que
precisa ser quebrada desde os seus primeiros degraus. É isso o que o
Cristianismo faz. O Cristianismo diz “não” ao estágio inicial, pensando também
no estágio final. O Cristianismo preza pela saúde física e espiritual de cada
indivíduo. Nenhum cristão proíbe;
cristãos instruem. Cristãos percebem
a raiz do problema e atacam a causa, e
não a consequência do mal.
Nossos governos seculares fazem
exatamente o contrário. Eles não fazem absolutamente nada contra a raiz do
problema – nem mesmo uma campanha de conscientização – e depois tem que torrar
o dinheiro público (o nosso dinheiro)
contratando milhares de policiais para prender um monte de criminoso que não
existiria caso a política correta fosse implementada, onde o mal é atacado pela
raiz, de forma que não cresça para estágios piores, transformando o cidadão em
um bandido.
O Cristianismo prega contra toda
forma de imoralidade para evitar que alguém encha a cara, traia a mulher, se
enfie em prostíbulos, consuma drogas, destrua a sua vida e vá para o mundo do
crime. Os humanistas fazem o caminho inverso. Eles não falam nada contra a
imoralidade, contra a pornografia, contra o adultério, contra o alcoolismo,
contra a prostituição ou contra as drogas “leves”, e depois que tais pessoas se
tornam criminosas tem que torrar dinheiro público para prendê-las ou tratá-las
em clínicas de reabilitação.
Os humanistas esperam a casa
pegar fogo para chamar os bombeiros. Os cristãos previnem que o maluco toque
fogo na casa, e assim não precisam chamar os bombeiros, nem precisam que uma
casa fique destruída. Essa é a diferença. O mundo discute sobre como se limpar
da lama, e nós simplesmente sugerimos não se lançar nela, e então não precisará
se preocupar com o resto. É simples.
Imagine como o nosso mundo seria muito melhor se todos
seguissem os padrões de Deus a respeito do sexo: um mundo sem mães solteiras,
sem abortos, sem doenças sexualmente transmissíveis, sem gravidez indesejada,
sem prostituição, sem divórcios, sem traições. A norma de conduta estipulada por
Deus com relação à abstinência pré-matrimonial visa preservar e salvar vidas de
mães e bebês, valorizando as relações sexuais em um mundo que cada vez mais
trata as mulheres como mercadoria, como meros “corpos” para se passar uma
noite. O Cristianismo, diferente do mundanismo, valoriza as mulheres.
O homem que realmente ama a sua mulher
não vai se importar se o sexo é para ser feito depois do casamento, porque ele
não está com ela pelo sexo, mas por amor. Aquele que só está com uma pessoa por
aquilo que esta pessoa pode lhe oferecer sexualmente dá amostras de que não
vale nem um centavo, quanto menos aquela pessoa. É por isso que a coisa mais
comum do mundo atualmente é um homem conseguir o que ele quer – ter relações
sexuais com a moça convencendo-a que “a ama” – e depois que a engravida
desaparece ou se separa, deixando-a totalmente desolada e arrasada, além de ter
de cuidar de um filho sozinha.
Essa é a dura consequência dos
valores humanistas ofuscando os valores cristãos em nosso mundo, sob o aplauso
dos seculares que não vêem mal nenhum nisso, preferindo atacar o Cristianismo do
que resolver o problema – pois sabem que para resolver este problema é somente na base da prevenção, onde se veriam
obrigados a apelar aos mesmos valores cristãos que eles tanto detestam. Pode
parecer chocante saber que 40% dos nascimentos nos Estados Unidos vêm de
mulheres solteiras, mas este dado não surpreende em nada quando vemos os
valores cristãos sendo excluídos da vida privada e dando lugar aos infames
valores seculares que a mídia tanto exalta. Está claro que somente a camisinha
como método de prevenção não basta – é necessário apelar a verdadeiros
princípios morais que só o Cristianismo oferece.
Uma pesquisa de 2012, realizada
nos Estados Unidos, apontou que quase 30% dos adolescentes americanos já
praticaram o sexting, que é quando se usa o smartphone para enviar mensagens
contendo fotos em que aparece nu[10].
E este dado sequer contabiliza os envios pelo computador, mas somente os
enviados pelo celular. Este dado alarmante é outro fruto do crescimento do
secularismo e a consequente ofuscação dos valores morais cristãos, e,
logicamente, também traz consigo seus efeitos colaterais. O artigo publicado
pela Veja diz:
“Seja nos Estados Unidos ou no
Brasil, as ocorrências mais alarmantes parecem seguir um roteiro: a garota
manda suas fotos para o namorado, que, após o término do relacionamento, as
repassa a amigos e inimigos, preferencialmente os colegas de escola. A
protagonista da trama, é claro, é esmagada pelo constrangimento. Em 2008, a
história teve desfecho trágico: a americana Jessica Logan se enforcou aos 18
anos após sua foto, feita na intimidade, passar pelos olhos de todos”[11]
Para tornar o ocidente
“pós-cristão”, a mídia secular aposta alto na promoção dos valores
anticristãos, tratando de hiper-sexualizar as mulheres. Um relatório encomendado
pela organização feminista britânica End
Violence Against Women Coalition constatou que “as mulheres,
especialmente as negras, são constantemente retratadas de forma
hiper-sexualizada nos clipes”[12]. O artigo
da Veja, sobre isso, afirma:
“Segundo o levantamento, nos
vídeos os homens são personagens que têm ‘poder e dominam’, enquanto as
mulheres são ‘receptoras passivas’ do olhar deles. Além disso, os espectadores
que assistem aos clipes estariam mais propensos a considerar o comportamento
promíscuo masculino aceitável e o das mulheres, intolerável. As instituições
pedem mudanças para alterar a representação da mulher em vídeos musicais e a
adoção de classificação etária para todos eles. ‘Durante anos, jovens mulheres
têm nos dito que não estão felizes em ver como a mulher é representada na
cultura popular e isso inclui os clipes. Estamos felizes em finalmente
apresentar um relatório que reflete o impacto nocivo do racismo e do sexismo em
vídeos de música’, disse Lia Latchford da Imkaan ao jornal britânico The Guardian”[13]
Há uma ironia muito grande aqui.
As feministas, que incluem entre seus principais alvos de ataque a religião
cristã, agora reclamam das consequências do secularismo, que substituiu os
valores morais do próprio Cristianismo. Se isso não tivesse acontecido, elas
não estariam reclamando. Primeiro elas protestam contra os valores cristãos, e
depois apelam a valores cristãos na
luta contra aquilo que consideram sexismo e racismo. O Cristianismo já se
posiciona contra a pornografia, a imoralidade e a hiper-sexualização da mulher
séculos antes de surgir a primeira “feminista” no mundo. Jesus repudiou toda
forma de objetificação da mulher ao dizer:
“Eu lhes digo: qualquer que
olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu
coração” (Mateus 5:28)
Quando foi que um humanista
secular já protegeu as mulheres desta forma? Nunca. Mas o Cristianismo já o faz
desde há dois mil anos!
A condição é ainda mais decadente
no Brasil, onde mulheres dançando praticamente nuas nos auditórios dos
programas televisivos é considerado “normal”. Não deveria ser. Uma turista
americana que veio ano passado ao Brasil fez um relatório de coisas consideradas
boas e ruins, e deu destaque para como as mulheres daqui são vistas como
objetos sexuais. Ela escreve:
“Como é triste que eu apenas
digite no Google: ‘beleza brasileira’, com a esperança de ver as fotos do belo
país, e em vez disso eu vejo imagens de concorrentes em concursos de beleza,
focando nas mulheres e seus traseiros. Sabemos que essa objetivação é uma
questão global, mas percebo que é muito mais gritante no Brasil. Por exemplo,
eu fiquei chocada com algumas coisas que eu vi na TV dali. Eu tento assistir a
um programa de auditório comum de entrevistas, e no lugar é isso o que eu vejo:
um apresentador segurando um microfone com suas ‘assistentes’, uma fila de
mulheres em trajes sumários, apenas posando e sorrindo. É como um maldito
concurso de beleza! Surreal. Como mulher, eu acho isso francamente ofensivo.
Este tipo de comportamento absolutamente nunca seria permitido nos EUA, mas é
totalmente normal por lá”[14]
Eu concordo com tudo o que ela
disse, só considero premeditado demais dizer que isso “absolutamente nunca
seria permitido nos Estados Unidos”. Do jeito que as coisas andam, com o avanço
da [i]moralidade secular em substituição aos princípios cristãos, não vai
demorar muito tempo para o mundo se “abrasileirar”. De fato, o problema chegou
a tal ponto que até Demi Lovato – uma cantora secular que não se compromete a
princípio com os valores cristãos – teve que dizer que “você não
precisa tirar a roupa para provar a todos que é madura... isso não é algo que
você vai me ver fazendo no futuro”[15].
Demi teria dito em entrevista à
revista “Megazine” que, “diferente da maioria, ela
nunca achou necessário ficar semi-nua nos palcos para chamar a atenção e
mostrar que não é mais uma garotinha”[16]. O ocidente
observou passivamente a gradual superação dos valores cristãos por valores
seculares, e agora a situação chegou a tal ponto que até eles mesmos estão
desesperados. E nós não sabemos o que será do mundo amanhã, só sabemos que
existe muita gente disposta a empregar todos os seus esforços no fim da
religião, quebrando de uma vez por todas com o que ainda resta de moralidade no
mundo.
Os humanistas também zombam e
desprezam o preceito cristão sobre evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Para
eles, parece mais uma daquelas instruções bíblicas sem sentido, que os cristãos
chamam de “pecado” porque são “caretas”. Novamente, peço que imaginem um mundo
sem motoristas bêbados que por consequência atropelam pessoas de bem e as
matam, ou as deixam paralíticas para o resto da vida. Peço que pensem nas
esposas que tem que aturar um homem bêbado dentro da sua casa, ou na criança escandalizada,
vendo seu pai nestas condições. Peço que pensem nas insanidades que uma pessoa
é capaz de fazer quando fica embriagada e perde o controle de si mesma.
É comum ouvirmos que o pecado é
somente a embriaguez, não a bebida. Mas já acabamos de ver que o Cristianismo
não é a religião dos bombeiros que apagam o fogo, mas sim a dos precavidos que
sabiamente se afastam da possibilidade da casa pegar fogo. O Cristianismo não é
da turma do pós, é da turma do pré. Suas ações são preventivas desde o
início, sabendo que é o início que leva, aos poucos, ao estágio final. Se você
sabe que do lado outro do caminho há uma porta que leva à destruição, você não
vai trilhar este caminho, se for alguém inteligente. Muito menos se este
caminho, de certa forma, te atrair para cada vez mais perto da porta. Se há uma
outra opção – um outro caminho – é ele que tem que ser seguido.
Cristãos não creem que o pecado
seja somente atravessar a porta larga (Mt.7:14), mas também trilhar o caminho largo (Mt.7:14), que é aquilo
que leva à porta. Cristãos aprendem
desde cedo, com Noé, que mesmo os homens mais sóbrios e prudentes podem passar
dos limites depois que iniciam o processo. Noé era o homem mais santo do mundo
da época, mas bebeu tanto ao ponto de ficar bêbado e de ser ridicularizado na
frente de seus filhos (Gn.9:21-25). Se isso aconteceu com o melhor homem da
época, quanto mais pode acontecer com qualquer um de nós. Não há ninguém acima
de qualquer suspeita. Ninguém que esteja imune a atravessar a porta. Ninguém
que possa garantir que, se beber, conseguirá se controlar perfeitamente e não
cair na embriaguez. A solução não é começar e depois parar, é simplesmente não
começar.
Assim como alguém que nunca
consumiu drogas não sente desejo por elas até ser incentivado por alguém a
consumi-las, ninguém tem desejo por bebida até experimentar uma e cair no
vício. Mas você não precisa iniciar o processo. Se iniciou, a melhor opção é
parar, antes que seja tarde demais. Os especialistas dizem que a bebida é quase
tão ruim quanto as drogas, enquanto outros afirmam que a bebida é de fato uma
droga. Vejamos alguns dados sobre a bebida alcoólica[17]:
• Algumas patologias são
totalmente atribuídas ao uso de bebidas alcoólicas. Outras sofrem forte
influência dessa substância, como cirrose hepática e pancreatite crônica. Em
outros casos, como no câncer de mama, a origem da enfermidade é multifatorial,
ou seja, o álcool faz parte de um conjunto de variáveis que atuam de maneira
sistêmica.
• A ingestão abusiva de álcool
está diretamente associada a um aumento no risco de acidentes de trânsito,
quedas, queimaduras, lesões associadas a atividades esportivas e recreativas
assim como lesões resultantes de violência interpessoal.
• Há evidências que indicam
também que a presença de álcool no corpo está relacionada ao aumento na
gravidade das lesões e acidentes com pior prognóstico de recuperação.
• Nos países desenvolvidos, 9,2%
de todo o ônus de doenças é atribuído ao álcool, superado apenas pelo uso de
tabaco e hipertensão arterial. Nos países em desenvolvimento com padrões de
mortalidade relativamente baixos, tais como o Brasil, 6,2% de todo o ônus de
doenças é responsabilidade das bebidas alcoólicas. Já nos países em
desenvolvimento com elevados padrões de mortalidade, como a África e regiões do
sudeste Asiático, 1,6% desse ônus é provocado pelo etanol. Presume-se que à
medida que o desenvolvimento econômico aflorar nessas nações, o impacto causado
pelo uso de álcool na saúde irá aumentar.
• De acordo com as pesquisas, o
álcool provoca 60% dos acidentes de trânsito e é detectado em 70% dos laudos
cadavéricos de mortes violentas. O álcool também é responsável por mais de 10%
de todos os casos de adoecimento e morte no Brasil.
• As bebidas alcoólicas
transformam 18 milhões de brasileiros em dependentes. Os impactos dos danos do
álcool não deixam de afetar diretamente menores de idade. Um levantamento apontou
que 65% dos estudantes de 1º e 2º grau são induzidos à ingestão precoce, sendo
que a metade deles começa a beber entre 10 e 12 anos. Os menores são atingidos
pelos efeitos do álcool também indiretamente, pois o seu consumo está ligado ao
abandono de crianças, aos homicídios, delinquência, violência doméstica, abusos
sexuais, acidentes e mortes prematuras, segundo o estudo da Unifesp.
Estes dados se tornam ainda mais
assustadores quando observamos que a dependência do álcool está crescendo de
forma acelerada na população brasileira. Estudos revelam que o número de
dependentes cresceu 12,3% nos últimos anos. E, para piorar, há uma enorme conta
pública deixada para nós em consequência
do estrago feito por eles. O consumo
de bebida alcoólica aumenta a necessidade de recursos públicos (como no SUS)
para tratamento das consequências da bebida na vida dos usuários. O SUS gastou,
entre 2002 e 2006, nada a menos que 37 milhões com tratamento de dependentes de
álcool, e o prejuízo previsto pelos danos causados pelo álcool chega a 2,8
bilhões. Essa conta não é paga pelos beberrões; ela é paga por nós, nos impostos federais.
O consumo da bebida alcoólica, é
claro, é muito incentivado pela nossa mídia humanista secular. Suas propagandas
invadem os canais de televisão, tentando a todo e qualquer custo passar a ideia
de que o seu consumo é “bom”. E para tentar se salvar das consequências
desastrosas da bebida eles inventaram o lema “se beber não dirija”, que é
provavelmente o lema mais inútil já inventado pelo homem, já que quem fica
bêbado não está totalmente no controle de si, e por isso não pode realmente decidir se vai dirigir ou não depois de
beber muito. Dizer para um bêbado que não é para ele dirigir é como colocar uma
placa para cegos avisando para não atravessar a rua.
É por isso que essa jogada de
marketing nunca abaixou o número de mortos em acidentes decorrentes do consumo
de álcool, que aumenta cada vez mais. Será que esses motoristas bêbados nunca
leram que “se beber, não dirija”? É claro que eles leram. E é claro que não
adiantou nada. Se a mídia secular quisesse realmente solucionar o problema
causado pela bebida, o lema certo deveria ser simplesmente “não beba”, ao invés
de algum “se beber...”. Mas se eles
fizessem isso estariam repetindo aquilo que os cristãos já dizem há séculos, e
a intenção deles nunca foi de preservar o indivíduo e aprimorar a qualidade de
vida da sociedade, mas sim de vender cervejas e ir para a farra.
Há algum tempo ficou muito
conhecido o caso do zagueiro Breno, um jovem que saiu do São Paulo com 17 anos,
indo jogar na Alemanha. Com alguns problemas pessoais e muita bebida, em certo
dia ele voltou para a sua casa, totalmente bêbado, e a incendiou completamente.
Por sorte, a sua família não estava em casa no momento. Ele ficou alguns anos
preso e quando saiu disse que nunca mais voltaria a beber[18].
O interessante é que Breno não
fazia o perfil de jogador baladeiro ou descontrolado psicologicamente. Ao
contrário: era um jovem tímido, equilibrado, cujo único problema era a bebida.
Mas este único problema foi exatamente o que o levou a extremos, ao ponto de
quase arruinar completamente a sua vida. Outros chegaram a extremos maiores,
como os que sabiam que não podiam
dirigir embriagados, mas perdiam o controle de si quando bebiam e iam para o
volante, resultando na morte de algum inocente.
Pessoas assim não são “do mal”.
Elas não premeditaram o crime. Da mesma forma que não era a intenção de Breno
queimar a própria casa, muitas vezes não era também a intenção das outras
pessoas saírem dirigindo bêbadas e atropelar alguém. O problema é não é com
elas, é com a bebida. Elas, assim como tantas outras pessoas, pensavam que
conseguiriam se controlar e “beber só moderadamente”, mas não conseguiram. A
maioria delas aprendeu com o erro cometido, mas há muitos que esperam se
queimar para perceber que não se deve colocar a mão no fogo. O sábio aprende
com o erro dos outros para não incorrer no mesmo erro, enquanto o tolo se acha
melhor do que os outros e pensa que é imune ao mal, e só aprende depois que
acontece com ele.
Adorei!
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