------------------------------------------------------------------------------------------------
O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
------------------------------------------------------------------------------------------------
Outro ponto de debate entre os
humanistas seculares e os cristãos é em relação ao homossexualismo. Já
abordamos no capítulo 2 deste livro o tema da discriminação de homossexuais e se os cristãos são ou não
“opressores” e “homofóbicos”, mas não falamos sobre a homossexualidade em si,
se é um comportamento louvável ou reprovável, bom ou mal, certo ou errado. O
debate não tem qualquer relação com permitir ou impedir uma pessoa de ser gay,
o que é uma decisão e escolha de cunho pessoal. O debate tem relação, isto sim,
se a escolha pela prática homossexual é algo que deva ser considerado bom.
Como analogia, pense mais uma vez
no alcoolismo, no fumo ou na pornografia, que foram temas já tratados neste
tópico. Seria insano se os cristãos decidissem proibir que alguém beba cerveja, que fume ou que veja vídeos
pornográficos. O que nós fazemos é instruir a pessoa, mostrando a ela as
consequências destrutivas que sucedem a escolha pelo álcool, pelo fumo ou pela
pornografia. Há uma diferença colossal entre permitir algo e considerar este
algo como uma coisa boa. Você não precisa considerar “bom” uma coisa que deva
ser permitida, da mesma forma que não deve impedir algo somente por não ser considerado
“bom”.
O cigarro é considerado mal pelos
cristãos em função das consequências destrutivas cientificamente comprovadas
que o fumo traz, mas cristão nenhum do mundo vai tirar um cigarro da boca de um
fumante porque não concorda com o fumo. Nós podemos não concordar com a prática do fumante e considerá-la
prejudicial, mas não vamos interferir na escolha individual dele por fumar, e
não vamos amá-lo menos por ser fumante. Da mesma forma, nós não concordamos
moralmente com a prática do homossexualismo, mas isso não é razão para impedir
que alguém decida viver sua vida deste jeito, sujeita às consequências disso, e
também não é por isso que a amaremos menos.
Perceba que o fato de algo ser
permitido não implica que este algo
deva ser considerado bom. Há muitíssimas coisas que são permitidas, mas que não
são boas. É totalmente permitido que alguém vá encher a cara a noite inteira
até ficar bêbado, mas daí para dizer que esta conduta é “boa” são outros
quinhentos. O homossexualismo entra na mesma esfera de práticas permitidas,
porém autodestrutivas, tais como o fumo, a bebida, a pornografia, etc. Ou seja:
uma prática que não deve ser estimulada ou
incentivada como se fosse algo bom.
Isso é precisamente o que a mídia
secular bombardeia a cada instante: o homossexualismo é retratado positivamente
nas novelas, nos filmes, nos seriados e até nos telejornais. O homossexualismo
não é apenas permitido, mas também estimulado, incentivado e tratado como algo
“bom”. E quem não concorda com isso é instantaneamente pintado como um
“fundamentalista homofóbico com um discurso de ódio contra os gays”. Há uma
apologia midiática nitidamente pró-homossexualismo, que vai muito além da
simples tolerância à prática.
Mas como podemos saber que o
homossexualismo é uma conduta tão destrutiva quanto os exemplos anteriores? É
só porque a Bíblia a diz? Não. A Bíblia não mostra nada como pecado a não ser
que este algo pecaminoso possa ser identificado como algo nocivo sem a
necessidade de apelar à própria Bíblia ou a argumentos puramente religiosos. Em
outras palavras, Deus não considerou nenhum pecado arbitrariamente na Bíblia,
como quem brinca de “bem-me-quer” e “mal-me-quer”. Tudo o que Deus na Bíblia
considera pecado são coisas que nós podemos concluir que são erradas através do
bom senso e de argumentos lógicos e racionais. Deus não registra algo para ser pecado, mas por ser pecado (i.e, uma prática
errada). Assim, devemos cavar mais fundo até encontrarmos as razões que levaram
Deus a considerar o homossexualismo uma prática pecaminosa.
E não é muito difícil. O Dr.
William Lane Craig afirma que “a prática homossexual é uma
das práticas mais autodestrutivas e nocivas com a qual alguém pode se envolver.
Mas esse fato não é amplamente divulgado. Hollywood e a mídia estão
inflexivelmente inclinados a dar uma cara de felicidade às relações
homossexuais, quando na realidade o homossexualismo é um estilo de vida
autodestrutivo, ilegítimo e perigoso, exatamente como o alcoolismo e o
tabagismo, que são viciantes e autodestrutivos”[1]. Ele nos
mostra estatísticas extraídas do livro “Straight and Narrow?”, escrito pelo Dr.
Thomas Schmidt, que nos mostra que:
• Há uma promiscuidade quase
compulsiva associada à prática homossexual. Por exemplo, 75% dos homens
homossexuais têm mais de 100 parceiros durante sua vida. Mais da metade desses
parceiros são estranhos. Somente 8% de homens homossexuais e 7% das mulheres
homossexuais têm tido relacionamentos que duram mais de três anos. Ninguém sabe
a razão para essa promiscuidade estranha e obsessiva. Pode ser que os
homossexuais estejam tentando satisfazer uma profunda necessidade psicológica
por meio de relações sexuais, e não estejam conseguindo. A média dos homens
homossexuais tem mais de 20 parceiros num ano.
• Associado a essa promiscuidade
compulsiva, difunde-se, entre os homossexuais, o uso de drogas como um meio de
intensificar suas experiências sexuais. Em geral, os homossexuais representam
um número três vezes maior do que a população que tem problemas com alcoolismo.
Estudos mostram que 47% dos homossexuais masculinos têm em seu histórico de
vida o uso excessivo de álcool, e 51%, uso excessivo de drogas. Há uma
correlação direta entre o número de parceiros e a quantidade de drogas
consumidas.
• Além disso, há uma evidência
avassaladora de que certos distúrbios mentais ocorrem com frequência muito mais
elevada entre homossexuais. 40% dos homens homossexuais apresentam um histórico
de depressão profunda. Esse número ainda se torna mais impressionante quando
comparado com o dado de que apenas 3% dos homens em geral enfrentam o problema
de depressão profunda. De modo semelhante, 37% das mulheres homossexuais
apresentam um histórico de depressão.
• Tal fato, por sua vez, resulta
no aumento das taxas de suicídio. Os homossexuais são três vezes mais
inclinados a praticar o suicídio do que a população em geral. De fato, homens
homossexuais têm tentado o suicídio seis vezes mais do que homens
heterossexuais, e mulheres homossexuais tentam o suicídio duas vezes mais do
que mulheres heterossexuais.
• Estudos mostram que homens
homossexuais têm mais tendência a ser pedófilos do que homens heterossexuais.
Quaisquer que sejam as causas dessas desordens, permanece o fato de que qualquer
um que tem ponderado sobre o estilo de vida homossexual não deve ter ilusões a
respeito do problema em que está se metendo.
• A prática homossexual é
fisicamente perigosa. Os corpos masculino e feminino foram anatomicamente
feitos para a relação sexual, o que não acontece com os corpos de dois homens.
Em decorrência disso, a atividade homossexual – 80% da qual é praticada por
homens – é muito destrutiva, resultando futuramente em problemas tais como dano
à próstata, úlceras e fissuras, incontinência crônica e diarreia.
• Além desses problemas físicos,
as doenças sexualmente transmissíveis são preponderantes entre a população
homossexual. Por exemplo, 75% dos homens homossexuais são portadores de uma ou
mais doenças sexualmente transmissíveis, e isso sem mencionar a AIDS. Elas
incluem todas as espécies de infecções não virais como: gonorreia, sífilis,
infecções bacterianas e parasitas. Também são bem comuns entre os homossexuais
as infecções virais como a herpes e a hepatite B (que afligem 65% dos homens
homossexuais), que são incuráveis, e como a hepatite A e as verrugas anais, que
afligem 40% dos homens homossexuais. E isso sem mencionar a AIDS!
• Talvez a estatística mais
estarrecedora e mais amedrontadora seja a da expectativa de vida: deixando de
lado aqueles que morrem de AIDS, a expectativa de vida de um homem homossexual
é de aproximadamente 45 anos, o que já é assustador, levando-se em consideração
o fato de que a expectativa de vida de homens em geral é de 70 anos. Agora, se
você incluir aqueles que morrem de AIDS, cuja estatística é de 30% dos homens
homossexuais, a expectativa de vida cai para 39 anos.
Outros dados, coletados em outras
pesquisas, apontam que:
• Entre 70% a 78% dos homossexuais
reportou ter tido uma DST (doença sexualmente transmissível). As taxas de
homossexuais com parasitas intestinais (vermes) variava de 25% a 39%.
• Por volta de 1992, 83% de toda
a AIDS entre os brancos americanos havia ocorrido entre os homens homossexuais.
• Os ataques do coração, cancro e
falhas no fígado são coisas excepcionalmente comuns em homossexuais.
• As evidências indicam que um
número desproporcional de homens gays busca adolescentes do sexo masculino e
meninos como parceiros sexuais. Embora apenas em torno de 2% da população
mundial seja homossexual, um terço (33%) de todos os crimes sexuais contra as
crianças são cometidos por homossexuais[2].
Ainda de acordo com o Dr.
Schmidt:
“Estatisticamente falando, é
quase inexpressivo o número de homens homossexuais que experimentam algo
parecido com fidelidade para a vida toda. A promiscuidade entre os homens
homossexuais não é um mero estereótipo, e não é meramente a experiência mais importante
– é virtualmente a única experiência...
a fidelidade para a vida toda é quase inexistente na experiência homossexual”[3]
Craig conclui dizendo:
“Assim, creio que uma boa
argumentação pode ser feita com base nos princípios morais geralmente aceitos de
que a prática homossexual é errada. Ela é terrivelmente autodestrutiva e
prejudicial. Assim, deixando de lado a proibição da Bíblia, há razões concretas
e palpáveis para se considerar a atividade homossexual como errada”[4]
A AIDS ocorre com muito mais frequencia
entre os gays do que entre os héteros por uma razão simples: o ânus não foi
feito para a penetração e têm 18 vezes mais chances de contaminação pelo HIV,
uma vez que a fisiologia do local não é apropriada para isso. A relação anal
tende a causar mais ferimentos que uma região naturalmente lubrificada e feita
para a relação sexual. O intestino é feito para sugar qualquer fluído que haja
nele e o envia para o sangue. Se o sêmen traz consigo doenças venéreas e cair
ali, já era. Essa é a razão pela qual os LGBTs têm tão maior índice. A Bíblia
já adiantava há milhares de anos que a sodomia é pecado (1Tm.1:10; 1Co.6:10), precisamente
na finalidade de preservar o indivíduo, mas a mídia insiste em atacar os
valores cristãos que, se fossem seguidos, colocariam o mundo em uma posição
muito melhor do que a que se encontra hoje.
Até mesmo um dos maiores teóricos
pró-homossexualismo, Michel Foucault, que também era homossexual assumido,
morreu pela AIDS. Ele via o sexo como um valor em si e para si. Mas, como
comenta Roger Kimball, “onde fica o limite se isso
envolve infectar pessoas com uma doença mortal? E o que dizer se o hobby de alguém implica em uma conduta
homicida?”[5]. A verdade
é que a prática homossexual pode e deve ser considerada autodestrutiva, e,
portanto, errada. Faz parte do conjunto de comportamentos que os cristãos
consideram imoralidade ou promiscuidade, não sem razão.
Além de ser um comportamento
autodestrutivo, o homossexualismo é também antinatural[6].
Isso significa que o homem foi feito para se relacionar com a mulher e a mulher
com o homem, que é o que constitui família e o que gera filhos, dando
continuidade à humanidade. Seja lá como você considere esta norma – por criação
de Deus ou por mera seleção natural – o fato é que há um padrão estabelecido na
natureza e que qualquer coisa diferente deste padrão deve ser considerado uma
anormalidade, i.e, algo que entra em conflito com o comportamento padrão.
Luciano Ayan aborda isso nas seguintes
palavras:
“Na
verdade, muitos conservadores e liberais (e até alguns esquerdistas, mesmo que
não confessem isso em público) manifestam o desejo de que seus filhos sejam
heterossexuais. A razão é óbvia e explicada evolutivamente: filhos heterossexuais
significam possibilidade de transferência de genes para a frente. Esse motivo
explica por que os heterossexuais, em geral, tendem a tomar a relação
heterossexual como normativa e a homossexual como ‘fora da curva’. Sendo assim,
os heterossexuais não estão se importando com ‘o c… dos outros’, mas com a
sobrevivência de seus genes.
Como
sempre, vemos que a extrema-esquerda não tem o menor interesse por ciência. Não
surpreende que em termos darwinistas, todas as análises que fazem são sempre
dignas de vergonha alheia. Mas supondo que eles tivessem a menor noção do que
significa instinto inato para transmissão de genes, teriam que reconhecer que
todos aqueles heterossexuais rejeitando o comportamento homossexual como
normativo são pessoas normais, conforme os padrões evolutivos. (O que não
implica em praticar violência ou discriminação contra gays, assim como rejeitar
assistir a filmes noir não implica em
prática de violência ou discriminação de quem assiste)”[7]
Até o saudoso ex-deputado Enéas
Carneiro já dizia a este respeito:
“O homossexual pertence a um
grupo que, se generalizasse, representaria a extinção da espécie (...) O
homossexual é um ser humano como qualquer outro, que merece respeito, merece
escola, merece hospital, merece tudo. Mas uma coisa é ele existir como ser
humano, e outra coisa é ele ser apresentado como exemplo de comportamento
sexual. Ele pode ser exemplo como artista, escultor, pintor, mas não em seu
comportamento sexual. A sociedade foi feita para se reproduzir, e o maior de
todos os impulsos que existem no planeta é o da preservação da espécie. É maior
até que o da preservação do próprio indivíduo. O homossexualismo não pode ser
apresentado como uma terceira via, como um caminho natural. Não. O homossexualismo
é um desvio”[8]
A insanidade dos humanistas
seculares é tão grande que eles querem mudar até a ordem natural das coisas,
invertendo-a de cabeça pra baixo. Para eles, existe a chamada “opção” sexual,
quer dizer, a pessoa é que escolhe se quer ser do sexo masculino ou do feminino.
Se nós não estivéssemos vivendo em um tempo de profunda crise intelectual e
burrice generalizada, eu iria pensar que isso é apenas brincadeira. Mas existe
até matérias em currículos escolares de “ideologia de gênero”. Você sabe, é aquele
ensino maravilhosamente bem fundamentado segundo o qual é menino quem quer ser menino, e menina quem quer ser menina, cujos argumentos são
tão fortes quanto aqueles que poderiam ser utilizados por alguém que achasse
que é um pássaro, ou que pense que possui asas ao invés de pernas.
Se a palavra “opção” estivesse
naquele contexto apenas indicando aquilo que a pessoa gostaria de ser, eu concederia. Mas eles não a usam neste sentido,
mas sim no de que a pessoa realmente muda
de gênero quando “opta” por um diferente. Para eles, a pessoa nasce sem gênero
definido, e por isso a criança não pode ser considerada nem do gênero feminino
e nem do masculino, depois é que ela fará essa “escolha”.
Para você ter uma ideia do
tamanho da estupidez, já existem escolas na Holanda e na Suécia onde não se
pode chamar o aluno de menino ou menina, mas apenas de “criança”. Também
existem escolas onde é proibido comemorar o “dia dos pais”, por considerarem
que isso pode “constranger” alguém cuja família é formada por dois homens ou
duas mulheres[9]
(eu presumo que eles também não devem comemorar o dia do índio, para não
constranger os não-índios!).
As escolas públicas de São Paulo,
do brilhante prefeito petista Fernando Haddad, inclusive já substituiu o “Dia
dos Pais” pelo “Dia dois Cuidadores”[10].
Maravilhoso, não é? E para fechar com chave de ouro e chutar o balde de uma
vez, há projetos de lei para acabar com os nomes “pai” e “mãe” nas carteiras de
identidade[11]!
Claro que isso tudo é feito por pessoas sérias, que tem todos os parafusos na
cabeça. Claro. E nem ouse discutir, porque é o governo, e o governo manda. Você
obedece.
Para eles, as crianças nascem sem
gênero definido(!) e é essa maldita sociedade burguesa capitalista opressora
que acaba fazendo a cabeça das crianças do sexo masculino a gostarem das
crianças do sexo feminino, e vice-versa. Sempre sobra para o capitalismo, essa força
do mal. Deve ser este mesmo capitalismo opressor que há milênios faz com que os
animais machos gostem de fêmeas da mesma espécie e se acasalem com elas, ao
invés de procurarem outros machos. Maldito capitalismo! Onde estão os teóricos
da ideologia de gênero para darem uma bela lição a estes animais
preconceituosos que preferem desde sempre se relacionar com um animal do gênero
oposto?
Vamos deixar as coisas claras: o
fato de você querer ser algo não o
faz ser este algo de fato. Você pode preferir ter nascido no século I, mas
nasceu no século XX, e isso é algo que você tem que aceitar, querendo ou não,
gostando ou não. Você não pode “optar” por nascer no século I, uma vez que
nasceu no século XX. Você, que já tem 60 anos, pode até querer voltar a ter 20 anos, mas vai continuar com 60, ainda que o
governo mude tudo na sua certidão de nascimento (e do jeito que as coisas andam
eu não duvido nada, Sr. Haddad!).
Da mesma forma, você que é homem
pode até gostar de ser mulher e preferir ter nascido mulher, mas é homem,
aceite e pronto. Isso não é questão de escolha. É biologia. É algo que você tem
que aceitar sem que perguntem a sua opinião, da mesma forma que não te
perguntam se você quis nascer no ano em que nasceu, na cidade em que nasceu, no
país em que nasceu, com a raça em que nasceu, com a espécie em que nasceu, com
dois olhos ao invés de cinco. Sexo e gênero não se mudam. Se aceitam.
E por mais que teorias mirabolantes
e totalmente sem embasamento científico sejam implantadas ditatorialmente nos
currículos escolares para agradar certos movimentos e grupos sociais, a ciência
vai continuar sendo ciência e refutando estas bobagens. Se você nasceu homem,
você nasceu com um número par de cromossomos do tipo XY e não há nada que você
possa fazer para mudar isso, mesmo que faça uma cirurgia de “mudança de sexo”,
que, de fato, não o muda o sexo coisa nenhuma, pois você continua com
cromossomos XY e não XX. Isso não o transformará em uma mulher de fato, com a
capacidade de menstruar, ovular e gerar filhos. O que muda é apenas uma
aparência externa, da mesma forma que colocar bombons da Garoto numa embalagem
da Nestlé não vai mudar o fato de que o conteúdo dos bombons é da Garoto e não
da Nestlé.
Não existem “mulheres presas em
corpos de homens”, o que existem são homens inconformados com o fato de terem
nascido homens, da mesma forma que um queniano poderia amargurar o fato de ter
nascido no Quênia e não na Europa. É errado dizer que alguém assim tem “alma de
europeu”, exceto em sentido alegórico ou humorístico. A ideologia de gênero não
apenas precisa apelar para a existência de uma alma dentro do corpo, o que já é
absurdo, mas também que essa alma tem um gênero(!), e pior ainda, que este
gênero entra em conflito com o do corpo! Impressiona que aulas de ensino
religioso estejam de fora das escolas públicas enquanto matérias como essa
estão dentro.
Os cientistas zombam desta
ideologia de gênero, criada com o fim específico de fazer frente à concepção
cristã, a qual é bem fundamentada cientificamente. O Dr. Joseph Berger, por
exemplo, afirmou que não existe pessoa “transgênero” e que termos como
“identidade de gênero” são apelos emocionais e declarações anticientíficas. Ele
declarou:
“Estou a
falar duma perspectiva científica – e não duma posição lobbista que pode ser proposta por qualquer grupo, médico ou
não-médico. ‘Transgêneros’ são pessoas que alegam que são, ou gostariam de ser,
membros do sexo que se encontra oposto àquele dentro do qual eles nasceram, ou
àquele que o seu alinhamento cromossômico atesta. Por vezes, algumas destas
pessoas alegam que são ‘mulheres presas num corpo de homem’ ou,
alternativamente, ‘um homem preso num corpo de mulher’. O tratamento médico
para os delírios, as psicoses ou infelicidade emocional não é a cirurgia.
Por outro
lado, se perguntarmos a estas pessoas para esclarecerem exatamente o que é que
elas acreditam, isto é, se alguma das proposições listadas acima se aplica a
elas, e elas disserem que não se aplica, e que elas sabem que tal proposição
não é verdadeira, mas que elas ‘sentem’ que é, então cientificamente o que
estamos a falar é de uma infelicidade acompanhada por um desejo. Estas duas
coisas levam a que algumas pessoas comecem a tomar hormônios que são
predominantes no outro sexo, chegando mesmo a enveredar pela cirurgia cosmética
como forma de os fazer ‘parecer’ pessoas do sexo oposto”[12]
O fato é que não existe nenhuma
prova científica que comprove as teses de identidade de gênero. Mesmo assim, os
pais que não aceitam o modelo secular de pseudo-família são perseguidos,
censurados e, em muitos casos, presos. Tal é o caso do casal Eugen e Luise
Martens, na Alemanha, que está sendo ameaçado de perder a liberdade porque a
filha do casal se negou a receber aulas de gênero, que o Estado obriga a
receber. A polícia já encarcerou Eugen Martens em 2013 e só não prendeu ainda
sua esposa porque ela está amamentando o filho mais novo[13].
Caso semelhante ocorreu em 2013, quando um homem foi preso pela simples
razão de estar usando uma camiseta com a estampa que simboliza a família
tradicional (uma mãe, um pai e seus filhos). Ele só saiu de lá depois de pagar
uma pesada multa[14].
Esta é a verdadeira face autoritária e ditatorial do humanismo secular: se você
não concorda com os valores deles, por mais insanos que sejam esses valores,
você é preso ou forçado a se calar. Dois gays se agarrando e se beijando na rua
não é problema, o problema é usar uma camisa com uma figura de uma família nos
moldes bíblicos. Isso sim é um terrível “crime”.
Do outro lado, temos os cristãos,
que diante de todos os fatos que mostram que o homossexualismo é uma conduta antinatural,
autodestrutiva, biologicamente anormal e quase inseparavelmente ligado a
condutas imorais, dizem que a prática do homossexualismo é moralmente errada e instrui os cristãos a evitarem
este comportamento, ainda que sem faltar no amor necessário a todos os
pecadores. Você pode pensar por si mesmo e decidir qual é a visão mais
racional.
Até onde os humanistas seculares
irão? Não sabemos. Essa é uma das maiores diferenças entre a moral cristã e a
“moral” ateísta: a nossa já está explicitada nas Escrituras, enquanto a deles é
uma caixinha de surpresas, que se transmuta em diferentes formas sempre que
eles acham conveniente. Até poucas décadas atrás eles fuzilavam os homossexuais
em suas “revoluções”, mas depois mudaram de estratégia ao perceber que o
incentivo à conduta homossexual lhes serviria bem estrategicamente na batalha
cultural contra a fé cristã, bastando colocar um contra o outro e formar seus espantalhos
de que “cristãos odeiam gays” e “são homofóbicos”, apelando ao coração e
jogando a população contra os religiosos. Eles não têm nenhum padrão moral
definido, simplesmente adotam aquilo que lhes é mais conveniente no momento.
Ninguém que tenha vivido no
início do século passado acreditaria que os pontos que foram mencionados neste
capítulo do livro seriam defendidos pelos humanistas seculares de hoje. São
inovações bem recentes, que datam de poucas décadas, resultado de mudanças
estratégicas. Por isso não podemos fazer a mínima ideia do que está por vir nos
próximos cinquenta ou cem anos – podemos esperar qualquer coisa. Sabemos que os
cristãos continuarão sendo contra qualquer forma de imoralidade, incluindo
incesto e pedofilia, mas não podemos ter a mesma certeza em relação a eles.
Do jeito que a carruagem anda, a
destruição da família tradicional é só o começo. Ela traz seus efeitos
colaterais. Destruindo o conceito histórico de família, qualquer coisa pode vir
a ser considerada uma “família”. Há homens que querem ter o “direito” de se
casar com cabras, há uma “família” na África formada por 3 mulheres e 2 homens
(todos sendo “maridos” e “esposas” de cada um deles), há a tão conhecida
poligamia clássica, há o incesto, há a pedofilia, há a zoofilia, há qualquer
coisa para a qual basta a imaginação. Você destrói a Célula Mater da sociedade, e o que sobra é um conceito vago,
superficial e inconsistente de “família”, que pode abrigar qualquer coisa. E
quando o conceito de família se torna qualquer coisa que as pessoas queiram que
seja uma família, a família não existe mais. A base da sociedade é destruída.
É por isso que chega até a ser
fácil prever os próximos passos deles: apologia à pedofilia e ao incesto na
mesma intensidade que hoje é feita ao homossexualismo. Basta que a vitória
deles esteja consolidada neste primeiro aspecto e que a família seja
desmantelada, e então começará a enxurrada de “intelectuais” de esquerda
dizendo que as crianças também têm autodeterminação sexual para escolher se
querem ter relações com adultos, e que devemos apoiar o incesto para sermos “a
favor do amor”, e que quem não concorda com o incesto é um “incestofóbico” (ou
qualquer outra terminologia que eles venham a inventar futuramente, da mesma
forma que inventaram o termo “homofóbico”), transmitindo a ideia de que os cristãos
odeiam os “irmãos que se amam” por sermos contra o incesto, da mesma forma que
hoje eles transmitem a falsa ideia de que nós “odiamos os gays” por sermos
contra o homossexualismo.
Leia comigo essa matéria tirada
do site secular do Yahoo, escrita há poucos dias:
“O incesto
é um dos maiores tabus da sexualidade. A prática é considerada repulsiva na
maioria das culturas, mas pode ser mais frequente do que imaginamos. Ainda nos
anos 1980, Barbara Gonyo, fundadora de um grupo de apoio para crianças adotadas,
cunhou o termo atração sexual genética para definir a atração e sentimentos
surgidos entre crianças adotadas e seus pais biológicos. Por causa da polêmica
causada por esse tema, poucas pessoas relatam suas experiências. No entanto, a
revista norte-americana New York Magazine traz a história de uma garota de 18
anos, da região dos Grandes Lagos (norte dos EUA) e que vai casar com o pai
biológico após um namoro de dois anos.
Segundo o
relato da moça, os pais a conceberam aos 18 anos, no baile de formatura do
colegial e se separam durante a gestação dela. ‘Os problemas psicológicos da
minha mãe contribuíram para o término do relacionamento’. Criada pelos avós
maternos, a menina pouco teve contato com o pai - as visitas eram marcadas por
discussões do casal. Quando ela tinha 15 anos, o pai escreveu a ela. Ela
comentou sentir falta do pai e a mãe perguntou a ela como era possível sentir
falta de alguém que que ela mal conhecia. De acordo com a menina, ‘a mãe sempre
se relacionava com caras errados e ela não se sentia próxima dos padrastos - eu
sentia falta de uma figura paterna’. Apenas aos 17 anos, ela pôde reencontrar o
pai. Controladora, a mãe tinha a senha de acesso ao Facebook da jovem. Quando o
pai a adicionava no Facebook, o pedido era rejeitado pela mãe.
Após o
contato via Internet, eles começaram a se ver pessoalmente - o pai mora a 30
minutos da casa da mãe. Depois de um tempo, ela pediu para passar uma semana
com o pai - ele morava com a namorada. Na quarta noite, eles se beijaram e ela
acabou perdendo a virgindade com o pai biológico. ‘Não me senti estranha, foi
como se eu estivesse fazendo amor com um homem com quem eu estava junto há anos’.
Em seu depoimento, ela diz que a família materna os vêem como pai e filha, já a
família paterna os vê como um casal. Eles pretendem se mudar para Nova Jersey,
pois lá o incesto entre adultos não é considerado ilegal. O casal também deseja
ter filhos biológicos e não teme riscos à saúde do bebê. O que você acha da
história?”[15]
Preste atenção nas jogadas
presente no artigo. Ele é parte de um ativismo pró-incesto, mas de forma ainda
mascarada nas entrelinhas. O artigo começa dizendo que o incesto é “um dos
maiores tabus da sexualidade”. É
desta mesma forma que eles fazem apologia explícita à homossexualidade,
tratando-a como um “tabu”, algo que precisa ser superado, passando a ideia de
que um dia o mundo irá acordar a receber de bom grado esta prática como normal.
Para mostrar que ainda é um tabu, o artigo segue dizendo que a prática ainda é
considerada repulsiva na maioria das sociedades, mas... “pode ser
mais frequente do que imaginamos”.
Então vem uma das partes mais
infames, onde o incesto é defendido de forma mais explícita: ao invés de ser
uma aberração, é somente uma “atração sexual genética”. Perceba como os
humanistas são ótimos em jogarem com as palavras. Eles fazem isso sempre. Eles
sabem que a palavra “incesto” já está carregada de um senso pejorativo, então
eles a substituem por um termo mais leve, que significa a mesma coisa, mas
serve para tornar sua aceitação mais fácil. A partir daí a apologia ao incesto
já é descarada, passando a citar uma “linda história de amor” com a finalidade
de comover o leitor e torná-lo mais receptível à prática, tal como acontece nos
filmes de romance. Eles sabem apelar ao coração, é o mesmo que eles fazem na
promoção do homossexualismo.
A mãe então é retratada como uma
“controladora” por proteger sua filha – exatamente a mesma forma que eles
retratam os cristãos, chamando-nos de “fundamentalistas”, “conservadores”,
“reacionários”. Mas a filha consegue se livrar da “mãe controladora” e vai
passar uma semana com o pai, que já
estava comprometido, inclusive morando com a namorada. Mesmo assim, o pai
trai sua namorada na casa dela e em apenas quatro dias tira a virgindade da
própria filha nesta relação que envolve incesto e adultério descarado. E tudo
isso é retratado da forma mais natural do mundo, fazendo parte da maravilhosa
“historinha de amor”.
O artigo termina dizendo que “o casal
também deseja ter filhos biológicos e não teme riscos à saúde do bebê”. Essa é a
parte mais nojenta e asquerosa de todo o texto. Primeiro, leiamos este artigo
da Superinteressante chamado: “Por que
filhos de incestos nascem com problemas genéticos?”, que mostra as
possibilidades de um filho de uma relação incestuosa nascer com problemas
mentais:
“Digamos que você tenha um
recessivo ligado à fenilcetonúria, uma doença rara que causa retardo mental.
Para que um filho seu nasça com problemas, você teria que encontrar um parceiro
que também tenha esse gene (menos de 2% de risco). E, mesmo assim, a chance de
os dois recessivos se encontrarem seria de apenas 25% (lembra das aulas de
genética?). Fazendo as contas, o risco não passa de 0,5%. Entre parentes, o jogo muda. Considerando o cruzamento genético e o
papel do ambiente no desencadeamento de problemas, as chances de um recessivo
se manifestar é de 50%. No caso da fenilcetonúria, portanto, o risco é 100
vezes maior que entre desconhecidos”[16]
O que aquele lindo casal da
historinha de amor do Yahoo quer dizer é o seguinte: “Dane-se os nossos filhos.
Não estou nem me lixando com os riscos à saúde do bebê”. É claro que eles não
estão preocupados, porque quem vai nascer deficiente e sofrer para o resto da
vida é o bebê, não eles. O que eles querem é aproveitar “o amor” e deixar que o
bebê pague as contas por esta irresponsabilidade e inconsequência. São
verdadeiros monstros morais. Quase tão monstruosos quanto o autor do artigo,
que termina dizendo: “O que vocês acham da história?”, quase
rezando aos céus para que a sua historinha de amor tenha comovido muita gente ignorante
e atraído multidões de militantes e idiotas úteis em favor desta causa nefasta.
Esta seria apenas uma nota
trágica se não fosse pelo fato de ser uma tendência no mundo todo. Em setembro
do ano passado (2014), o Comitê de Ética da Alemanha pediu a descriminalização
do incesto entre irmãos. O mais interessante é o “argumento” que o Comitê deu
para essa decisão:
“A lei penal não é o meio
adequado para manter tabu social. O
direito fundamental à autodeterminação sexual deve pesar ainda mais do que a ideia
abstrata de proteção da família”[17]
Além de tratar o incesto como um
“tabu” (i.e, uma coisa de “retrógrados” e “reacionários” que tem que ser
superada), o Comitê coloca a “autodeterminação sexual” acima da ideia “abstrata” de família. Você começa a perceber que a
moral deles é um poço de imundície quando eles consideram a família algo
meramente abstrato, e pior ainda,
como algo abaixo da “autodeterminação sexual” (neste caso aplicando-se ao
incesto). Em outras palavras, o que eles estão dizendo é que a promiscuidade
vale mais do que a família e que esta última não passa de uma abstração, algo irrelevante, puramente
subjetivo. Quando você vê alguém colocando a imoralidade acima da família, já
pode entender que eles tiraram a moral deles direto da lata do lixo.
O que mais está por vir, a partir
do momento em que a “autodeterminação sexual” vale mais do que a família? O que
mais está por vir em um mundo onde a promiscuidade toma um valor tão alto ao
ponto de ser considerada “sagrada” e de ser protegida ao custo do sacrifício dos
filhos (que com toda a probabilidade nascerão deficientes) em nome deste
“amor”? O que mais falta para eles concluírem, a partir deste mesmíssimo
princípio da “autodeterminação sexual”, que a zoofilia e a pedofilia também não
são apenas meras expressões de “autodeterminação sexual”, e que vale mais a
pena valorizar estas práticas promíscuas do que preservar o conceito “abstrato”
de família, que nenhum deles dá mais a mínima?
A consequência desastrosa da
destruição da família para dar lugar a todas as formas de imoralidade só pode
resultar na aprovação de tudo aquilo que hoje consideramos abominável. Já
existe até um ativismo pró-pedofilia, ainda em forma de semente, esperando o
tempo certo para mostrar seu fruto, elaborado pelas mesmas pessoas que militam
pela causa LGBT. Que a proporção de pedofilia entre os homossexuais é muito
maior que a proporção entre os heterossexuais não é qualquer novidade – todas
as pesquisas do mundo já comprovaram isso há décadas. Isso obviamente não
significa que todo gay seja pedófilo ou apóie a pedofilia, mas é curioso notar como
o ativismo pró-pedofilia é mais forte nestes círculos.
Existe até o “Dia Internacional
do Amor pelas Crianças”, comemorado desde 1998 por pedófilos homossexuais
exortando à aceitação social da pedofilia[18].
No primeiro sábado após o solstício de verão, pedófilos de todo o mundo acendem
discretamente em público uma vela azul, que se tornou o símbolo da convocação.
A Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA) apoiou abertamente o
movimento pedófilo até 1994, e a taxa de atração homossexual é de 6 a 20 vezes
mais alta entre os pedófilos[19],
segundo estudos. Junto a isso, uma quantidade gigantesca de livros
pró-pedofilia são abundantes na literatura gay (o Dr. Timothy J. Dailey cita
dezenas deles em um artigo disponível na nota de rodapé deste livro)[20].
O maior símbolo do ativismo gay
no Congresso, o deputado comunista Jean Wyllys (PSOL/RJ), em uma carta escrita
a Olavo de Carvalho, escreveu explicitamente:
“Durante o referido programa,
ambos, além de todos os ataques homofóbicos, induziram o público a acreditar
que sou o defensor da legalização da pedofilia - o que é totalmente mentiroso
de sua parte. Defendo, sim, o direito de
qualquer pessoa poder dispor do seu corpo da forma que bem entender - inclusive
as crianças, pois estas têm as mesmas necessidades que os adultos e não são
propriedades de ninguém”[21]
Veja que cínico: primeiro ele se
defende com unhas e dentes da “acusação” de apoiar a pedofilia. E depois...
apóia a pedofilia. Descaradamente. A não ser que o Sr. Wyllys esteja se
referindo a brincar de carrinho e de bonequinha quando fala sobre as
“necessidades” que as crianças têm, ele não pode se defender da alegação de
pedofilia defendendo a pedofilia. Seria como dizer: “eu não sou a favor do
incesto, mas se a criança amar mesmo
o pai...”. Wyllys defende o “direito” de uma criança “dispor seu corpo” em
relações sexuais com maiores porque elas “tem essa necessidade”(!). Se isso não
é pedofilia, eu não sei mais o que é!
O prof. Olavo respondeu-lhe muito
bem ao dizer:
“O senhor poderia me esclarecer
qual a diferença, se existe, entre a liberação da pedofilia e a ‘liberdade de a
criança dispor do seu próprio corpo’, que o senhor defende? Tem o senhor a
certeza sincera de que essa medida não incluirá, logicamente e necessariamente,
a liberação da ‘pedofilia consentida’? Por exemplo, na perspectiva que o senhor
defende, deve haver liberdade para que um marmanjo de 17 anos e 11 meses,
legalmente menor de idade, tenha relações com um menino de cinco, seis ou sete
anos, caso este o deseje ou consinta? Por favor, seja honesto: não tergiverse,
responda ‘sim’ ou ‘não’. Caso o senhor não consiga demonstrar logicamente que a
sua proposta protege as crianças contra um caso desse tipo, ou que tais casos
não constituem ‘pedofilia consentida’, não haverá nenhum erro em considerá-lo
um apologista da pedofilia ao menos consentida. O senhor pode me explicar a
diferença, se é que alguma existe? Se quiser espaço para isso no meu programa,
está à sua disposição, reservado o meu direito de comentar as suas declarações
em seguida. Não sei se o senhor será louco de expor-se a semelhante vexame,
mas, se quer mesmo, não vou contrariá-lo”[22]
Não precisa nem dizer que Wyllys
não voltou a escrever a Olavo. Que pena.
A visão deformada de tais
ativistas é uma na qual a pedofilia pode existir se a criança consentir, como
se uma criança de cinco anos tivesse plena capacidade de tomar uma decisão como
essa. Qualquer marmanjo com um discurso arranjado ou prometendo benefícios
poderia conseguir enganar a criança e ter relações com ela, o que seria
considerado legal do ponto de vista destes ativistas, pois a criança estaria
“consentindo”. Nesta visão deformada, a criança tem as mesmas necessidades
sexuais que os adultos. Isso é normal para um grupo extremista que está o tempo
todo sexualizando as crianças o quanto antes, preparando o caminho para a
pedofilia escancarada.
E ele não é o único. Em pleno
Congresso Nacional, no IX Seminário LGBT, a palestrante Tatiana Lionço
discursou sobre o tema “sexualidade infantil”. Ela é da “Companhia
Revolucionária Triângulo Rosa” – seja lá o que isso signifique. Apenas tente
ler essas palavras sem vomitar:
“A brincadeira sexual infantil
também pode envolver os outros. Meninos buscando conhecer os corpos de outros
meninos e meninas, e meninas buscando conhecer seus próprios corpos e o de
outras meninas e meninos. Quando meninas e meninos brincam, inclusive
sexualmente, com seus corpos, com outros meninos e meninas, eles não estão
sendo ‘gays’ ou ‘lésbicas’, não é disso que se trata... que deixem as crianças
brincarem em paz. Isso as tornará adolescentes e adultos mais inteligentes e
potencialmente mais perspicazes no enfrentamento e na transformação do mundo que
lhes deixamos”[23]
Nem me pergunte de onde foi que
esta senhora tirou a ideia de que crianças molestadas sexualmente se tornam
mais inteligentes no futuro. Provavelmente o que ela quis dizer é que elas se
transformam mais facilmente em idiotas úteis a serviço do marxismo, mas ela leu
errado e saiu daquele jeito.
Tragicamente, ela não é uma
exceção. Até Michel Foucault, o ídolo máster dos esquerdistas e do movimento
gay, relativizava e diminuía a gravidade da pedofilia como sendo apenas uma “ocorrência
quotidiana na vida da sexualidade”. Em uma de suas obras mais
famosas, “A História da Sexualidade”, ele disse:
"Um dia, em 1867, um
trabalhador rural da vila de Lapcourt, que era uma pessoa simples, empregado
aqui e ali a depender da estação, vivendo da própria subsistência... foi
entregado às autoridades. Na fronteira de um campo, ele havia obtido algumas carícias
de uma menina, da mesma forma que ele já havia feito e tinha sido observado
fazendo pelos moleques da vila ao seu redor... Então ele foi acusado pelos pais
da menina frente ao prefeito da vila, entregue pelo prefeito aos guardas,
levado pelos guardas ao juiz, que o condenou e o entregou primeiro a um médico,
e então a outros especialistas (...) O
que é digno de nota nessa história? A mesquinhez disso tudo; o fato de que essa
ocorrência quotidiana na vida da sexualidade da vila, esses prazeres bucólicos
inconsequentes, poderiam se tornar, a um tempo, o objeto não apenas da
intolerância coletiva mas de uma ação judicial, uma intervenção médica, um
exame clínico cuidadoso, e uma inteira elaboração teórica”[24]
Na tentativa desesperada em
sexualizar as crianças o quanto antes, os esquerdistas já criaram – acredite se
quiser – aulas de pole dance para
crianças em São Paulo. Sim, é isso mesmo que você leu. Aulas de pole dance
para crianças. Eu nem vou comentar
nada sobre isso porque Ayan já fez um ótimo trabalho neste artigo[25]
(ver nota de rodapé). E no final do artigo ainda tem a fala de um psicólogo de
esquerda que diz que pedofilia não é crime!
Com o advento da internet e de
redes sociais, como o Facebook, qualquer ativista da pedofilia passou a ter voz
ativa na sociedade e pôde expressar seus pensamentos aos demais. Há algum tempo
veio à tona o discurso de certo ativista pró-pedofilia na rede social
supracitada, onde dizia:
“Legalizem a pedofilia já!
Devemos abrir nossas mentes, a palavra pedófilo vem do grego que significa
‘amigo da criança’, o pedófilo ama fazer sexo com crianças, logo ele não é
estuprador, pois é consentido! A cada cinco estupradores e assassinados dentro
da cadeia, quatro são pedófilos, a cada cinco cidadãos linxados pela população,
quatro são pedófilos, pedofobia deveria ser crime! Devemos combater a
pedofobia, pois a pedofilia é encontrada em várias espécies de animais, mas o
preconceito em apenas uma!”[26]
O que mais assusta não é a
existência de ativistas da pedofilia em pleno século XXI, mas sim os argumentos que eles usam, que são exatamente os mesmos usados pelos
militantes da causa LGBT. Ele pede para “legalizar a pedofilia”, os outros
pedem para “legalizar o casamento gay”. Ele pede para “abrir a mente”, os
outros pedem o mesmo (é uma técnica utilizada por malandros para fazer parecer
que o outro tem uma “cabeça fechada” e só você tem a “mente aberta”, tentando
apelar aos espantalhos para vencer um debate sem qualquer argumento). Então ele
recorre ao significado etimológico da palavra “pedófilo”, que significa “amigo
da criança” – é a mesma coisa que os ativistas homossexuais fizeram ao fazerem
surgir para o seu movimento a palavra “gay”, que no inglês significa “feliz”.
Trata-se de uma técnica onde se dá um adjetivo positivo a uma palavra para
tornar a prática mais aceitável aos
olhos do público.
Em seguida, o pedófilo alega que
a pedofilia é “consentida”, usando o mesmo argumento que também é usado desde
sempre pelos ativistas gays, mas que não nos diz nada sobre se a prática em si
é moral ou imoral. Então ele joga com os dados e as estatísticas de forma
manipuladora (“a cada cinco assassinados, quatro são pedófilos...”), tentando
apelar para o lado emocional, se passando por “vítima” – onde será que eu já vi
isso antes? Em seguida, ele inventa o termo “pedofobia” para criminalizar
qualquer pessoa que pense que ele está fazendo algo de errado – isso é
exatamente o mesmo que os ativistas gays fizeram ao inventar o termo
“homofobia”, que não existia no dicionário, assim como “pedofobia” não existe
hoje (ainda!).
Por fim, ele apela ao argumento
dos animais, dizendo que existem casos de pedofilia no reino animal – isso é
exatamente o mesmo que os ativistas gays sempre fizeram ao apelar a casos
excepcionais e raros onde um animal decide ter relações com outro do mesmo
gênero, como se isso justificasse moralmente essa prática entre humanos (o
infanticídio também existe no reino animal, será que devemos então considerá-lo
moralmente aceitável entre humanos?). E então ele termina apelando ao mesmo lema que sempre foi usado pelos
ativistas gays: “Isso existe em várias espécies de animais, mas o preconceito
em apenas uma”, mais uma vez tentando jogar com frames e apelar ao coração para convencer alguém sobre algo.
O ponto em questão, que você
precisa entender, é que tudo isso é um plano orquestrado há muito tempo, muito
bem organizado, e pelos mesmos grupos anticristãos – e é essa a razão pela qual
eles usam os mesmos argumentos, porque se funcionou com um ativismo, tende a
funcionar com o outro também! E os meios que eles usam para fazer lavagem
cerebral na sociedade, tornando-a mais receptível e aceitável à prática imoral,
também são os mesmos de sempre: investimento pesado em doutrinação escolar e na
televisão. Dia desses, um pedófilo apareceu na TV inglesa para pedir o apoio da
sociedade à causa pedófila. Um artigo do O
Globo informa:
“Um
pedófilo apareceu na TV inglesa na noite desta terça-feira, na esperança que
seu depoimento faça com que a sociedade fique mais compreensiva com pessoas
sexualmente atraídas por crianças. No documentário ‘The Paedophile Next Door’
(‘O vizinho pedófilo’, em tradução livre), que será exibido pelo Channel 4,
Eddie, 39 anos, admite sentir atração por meninas de 4 anos de idade, mas diz
que nunca cometeu crime algum. Ao documentarista Steve Humphries, o pedófilo
diz: ‘As pessoas provavelmente dirão: ‘por que esse cara não está preso?
Devaríamos matá-lo’. Eu, honestamente diante de Deus, não fugirei. E se isto
for o que quiserem fazer comigo, façam. Neste cenário isto será apenas manter o
status quo’.
O programa
discute se o Reino Unido deve seguir a Alemanha, que oferece tratamento para o
desejo de pedófilos. Eddie, que está à procura de terapia, encontra Ian
McFadyen, atualmente com 49 anos, que foi vítima de abuso na infância. Ian diz
a Eddie: ‘Dezoito anos atrás eu era um pouco violento, provavelmente tentaria
te matar’. O documentário cita ainda uma pesquisa que mostra que de cada 50
homens, um sente atração por crianças. Jon Brown, diretor de estratégia e
desenvolvimento da Sociedade Nacional para Prevenção de Crueldade com Crianças
(NSPCC, na sigla em inglês) concorda que é necessário um debate aberto sobre
pedofilia, e aponta que ‘o problema atualmente, e na última década, é o aumento
brutal da disponibilidade de imagens de abuso infantil on-line’”[27]
Perceba como as táticas são as
mesmas de sempre. A televisão é usada para influenciar a sociedade (lavagem
cerebral), e para isso apela ao vitimismo. O vitimismo é, como vimos, o apelo
ao coração, quando se usa o lado emocional para convencer as pessoas que “x” é
a “vítima” é o contrário ao “x” é o “opressor”. Neste caso, a “vítima” em
questão é o pedófilo, que é retratado como “vítima” o tempo todo: ele foi vítima de abuso sexual na infância, ele
está humildemente pedindo compreensão e aceitação à sociedade, ele sente
atração por meninas de 4 anos mas nunca abusou de nenhuma delas não, ele chegou
ao ponto de quase tirar a sua própria vida, ele é vítima de pessoas que querem
“matá-lo”, mas corajosamente expõe sua vida ao perigo... é vitimismo total, o
tempo todo.
O objetivo por detrás de todo
esse vitimismo é um só: fazer com que a sociedade fique com pena do pobre
pedófilo, e consequentemente passe a compreender e a aceitar a pedofilia, com a
mesma normalidade e naturalidade com a qual muitos tratam o homossexualismo,
que também passou pela mesma fase de alienação com a qual a pedofilia está
passando hoje. O objetivo é explícito: “que seu depoimento faça com
que a sociedade fique mais compreensiva com pessoas sexualmente atraídas por
crianças”. E para isso, como não poderia ser
diferente, eles apelam a estatísticas duvidosas, de que, por exemplo, 1 a cada
50 homens gosta de crianças (e daí?), como se isso justificasse moralmente a
pedofilia (se 1 a cada 50 homens fosse assassino, deveríamos legalizar o
assassinato?).
A outra tática de alienação é por
meio das novelas. Se as novelas retratarem o homossexualismo, a pedofilia e o
incesto sob um ponto de vista positivo, boa parte da sociedade que está viciada
neste tipo de matéria acabará comprando a ideia como positiva também. Basta que
para isso sejam empregadas as mesmas táticas de sempre: vitimismo, apelo ao
coração, espantalhos e estigmatização. No caso das novelas, é ainda mais
eficiente porque tudo isso estará sendo colocado em prática por algum ator
muito amado pelo público – um galã da novela das oito que arranca “suspiros” da
platéia feminina, ou uma moça da novela das seis que faça o mesmo com a platéia
masculina.
Recentemente a Globo anunciou uma
novela com “forte carga dramática”, onde dois irmãos “sofrem muito por amor”, e
que, “pelo tabu do incesto,
eles vão lutar contra essa paixão, derramar baldes de lágrimas...”[28]. Não podia
ser diferente, pois as táticas são as mesmas, independentemente de qual seja a
causa e a militância. Uma das maiores defensoras da pedofilia foi a feminista Shulamith
Firestone, falecida em 2012. Em seu livro “A dialética do sexo” (1970) ela fazia
apologia explícita ao homossexualismo, ao incesto e a pedofilia, pois, segundo
ela, era inadmissível haver somente “homens” e “mulheres”. Neste livro, ela
escreve:
“Como a meta da revolução
socialista foi não somente a eliminação do privilégio da classe econômica, mas
a eliminação da própria classe econômica, assim a meta da revolução feminista
deve ser não apenas a eliminação do privilégio masculino, mas a eliminação da
própria distinção de sexo; as diferenças genitais entre seres humanos não
importariam mais culturalmente”
Ela deixava explícito os planos
seculares de destruição da família por meio da propaganda mundial do
homossexualismo. A estratégia era clara: primeiro se destrói o conceito de
família, e então todas as formas de perversão sexual seriam aceitas com
naturalidade. O homossexualismo é somente o primeiro passo de um plano maior. E
ela continua dizendo:
“O tabu do incesto é necessário
agora apenas para preservar a família; então, se nós acabarmos com a família,
na verdade acabaremos com as repressões que moldam a sexualidade em formas
específicas (...) Os tabus do sexo entre adulto/criança e do sexo homossexual
desapareceriam, assim como as amizades não sexuais (...) Todos os
relacionamentos estreitos incluiriam o físico”
Infelizmente, poucos humanistas
seculares são tão honestos em revelar abertamente seus planos malignos como Firestone
fazia. Eles sabem perfeitamente bem o que eles defendem, mas não ousam revelar
seus planos à sociedade, pois o objetivo é subir um degrau de cada vez. O mundo
ainda não está preparado para aceitar a pedofilia e o incesto como normais,
assim como não estava preparado para aceitar como normal a prática homossexual,
há algumas décadas atrás. Uma vez que a família esteja eliminada e a promoção
do homossexualismo esteja consolidada, nada mais vai impedi-los de movimentar
toda a militância que hoje eles fazem em favor da causa gay direcionando-a para
as outras causas.
Por motivos estratégicos, ainda
não vemos os humanistas seculares defendendo de forma tão aberta e explícita a
pedofilia e o incesto, concentrando-se em enaltecer o homossexualismo. Mas
conhecemos perfeitamente os seus planos, estudamos as suas estratégias, podemos
prever o futuro ao percebermos o jogo que ocorre ao fundo de toda a encenação
midiática. Este pequeno ativismo pró-pedofilia e pró-incesto de hoje é somente
uma semente que crescerá enormemente dentro de uma ou duas gerações caso nada
seja feito até lá. Quem não concordar com a agenda deles será rotulado de
“retrógrado reacionário”, e quem concordar será considerado um “progressista de
mente aberta”. As cartas já estão na mesa. Basta ter perspicácia para perceber
isso.
[3] ibid.
[6] Alguns militantes LGBT se defendem citando casos
(raros) entre animais que tem relações com outros do mesmo sexo. Mas isso é uma
exceção que não se aplica à regra geral. Também existe no mundo animal casos de
incesto e de estupro, mas nem por isso os militantes LGBT entendem isso como
“natural”, dotado de uma áurea positiva.
[20] ibid.
[22] ibid.
[24] Michel Foucault, “História da Sexualidade”, p. 31.
0 comentários:
Postar um comentário
ATENÇÃO: novos comentários estão desativados para este blog, mas você pode postar seu comentário em qualquer artigo do meu novo blog: www.lucasbanzoli.com
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.