quinta-feira, 2 de abril de 2015

A "moral" humanista secular (Parte 2)


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O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
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Outro ponto de debate entre os humanistas seculares e os cristãos é em relação ao homossexualismo. Já abordamos no capítulo 2 deste livro o tema da discriminação de homossexuais e se os cristãos são ou não “opressores” e “homofóbicos”, mas não falamos sobre a homossexualidade em si, se é um comportamento louvável ou reprovável, bom ou mal, certo ou errado. O debate não tem qualquer relação com permitir ou impedir uma pessoa de ser gay, o que é uma decisão e escolha de cunho pessoal. O debate tem relação, isto sim, se a escolha pela prática homossexual é algo que deva ser considerado bom.

Como analogia, pense mais uma vez no alcoolismo, no fumo ou na pornografia, que foram temas já tratados neste tópico. Seria insano se os cristãos decidissem proibir que alguém beba cerveja, que fume ou que veja vídeos pornográficos. O que nós fazemos é instruir a pessoa, mostrando a ela as consequências destrutivas que sucedem a escolha pelo álcool, pelo fumo ou pela pornografia. Há uma diferença colossal entre permitir algo e considerar este algo como uma coisa boa. Você não precisa considerar “bom” uma coisa que deva ser permitida, da mesma forma que não deve impedir algo somente por não ser considerado “bom”.

O cigarro é considerado mal pelos cristãos em função das consequências destrutivas cientificamente comprovadas que o fumo traz, mas cristão nenhum do mundo vai tirar um cigarro da boca de um fumante porque não concorda com o fumo. Nós podemos não concordar com a prática do fumante e considerá-la prejudicial, mas não vamos interferir na escolha individual dele por fumar, e não vamos amá-lo menos por ser fumante. Da mesma forma, nós não concordamos moralmente com a prática do homossexualismo, mas isso não é razão para impedir que alguém decida viver sua vida deste jeito, sujeita às consequências disso, e também não é por isso que a amaremos menos.

Perceba que o fato de algo ser permitido não implica que este algo deva ser considerado bom. Há muitíssimas coisas que são permitidas, mas que não são boas. É totalmente permitido que alguém vá encher a cara a noite inteira até ficar bêbado, mas daí para dizer que esta conduta é “boa” são outros quinhentos. O homossexualismo entra na mesma esfera de práticas permitidas, porém autodestrutivas, tais como o fumo, a bebida, a pornografia, etc. Ou seja: uma prática que não deve ser estimulada ou incentivada como se fosse algo bom.

Isso é precisamente o que a mídia secular bombardeia a cada instante: o homossexualismo é retratado positivamente nas novelas, nos filmes, nos seriados e até nos telejornais. O homossexualismo não é apenas permitido, mas também estimulado, incentivado e tratado como algo “bom”. E quem não concorda com isso é instantaneamente pintado como um “fundamentalista homofóbico com um discurso de ódio contra os gays”. Há uma apologia midiática nitidamente pró-homossexualismo, que vai muito além da simples tolerância à prática.

Mas como podemos saber que o homossexualismo é uma conduta tão destrutiva quanto os exemplos anteriores? É só porque a Bíblia a diz? Não. A Bíblia não mostra nada como pecado a não ser que este algo pecaminoso possa ser identificado como algo nocivo sem a necessidade de apelar à própria Bíblia ou a argumentos puramente religiosos. Em outras palavras, Deus não considerou nenhum pecado arbitrariamente na Bíblia, como quem brinca de “bem-me-quer” e “mal-me-quer”. Tudo o que Deus na Bíblia considera pecado são coisas que nós podemos concluir que são erradas através do bom senso e de argumentos lógicos e racionais. Deus não registra algo para ser pecado, mas por ser pecado (i.e, uma prática errada). Assim, devemos cavar mais fundo até encontrarmos as razões que levaram Deus a considerar o homossexualismo uma prática pecaminosa.

E não é muito difícil. O Dr. William Lane Craig afirma que “a prática homossexual é uma das práticas mais autodestrutivas e nocivas com a qual alguém pode se envolver. Mas esse fato não é amplamente divulgado. Hollywood e a mídia estão inflexivelmente inclinados a dar uma cara de felicidade às relações homossexuais, quando na realidade o homossexualismo é um estilo de vida autodestrutivo, ilegítimo e perigoso, exatamente como o alcoolismo e o tabagismo, que são viciantes e autodestrutivos”[1]. Ele nos mostra estatísticas extraídas do livro “Straight and Narrow?”, escrito pelo Dr. Thomas Schmidt, que nos mostra que:

• Há uma promiscuidade quase compulsiva associada à prática homossexual. Por exemplo, 75% dos homens homossexuais têm mais de 100 parceiros durante sua vida. Mais da metade desses parceiros são estranhos. Somente 8% de homens homossexuais e 7% das mulheres homossexuais têm tido relacionamentos que duram mais de três anos. Ninguém sabe a razão para essa promiscuidade estranha e obsessiva. Pode ser que os homossexuais estejam tentando satisfazer uma profunda necessidade psicológica por meio de relações sexuais, e não estejam conseguindo. A média dos homens homossexuais tem mais de 20 parceiros num ano.

• Associado a essa promiscuidade compulsiva, difunde-se, entre os homossexuais, o uso de drogas como um meio de intensificar suas experiências sexuais. Em geral, os homossexuais representam um número três vezes maior do que a população que tem problemas com alcoolismo. Estudos mostram que 47% dos homossexuais masculinos têm em seu histórico de vida o uso excessivo de álcool, e 51%, uso excessivo de drogas. Há uma correlação direta entre o número de parceiros e a quantidade de drogas consumidas.

• Além disso, há uma evidência avassaladora de que certos distúrbios mentais ocorrem com frequência muito mais elevada entre homossexuais. 40% dos homens homossexuais apresentam um histórico de depressão profunda. Esse número ainda se torna mais impressionante quando comparado com o dado de que apenas 3% dos homens em geral enfrentam o problema de depressão profunda. De modo semelhante, 37% das mulheres homossexuais apresentam um histórico de depressão.

• Tal fato, por sua vez, resulta no aumento das taxas de suicídio. Os homossexuais são três vezes mais inclinados a praticar o suicídio do que a população em geral. De fato, homens homossexuais têm tentado o suicídio seis vezes mais do que homens heterossexuais, e mulheres homossexuais tentam o suicídio duas vezes mais do que mulheres heterossexuais.

• Estudos mostram que homens homossexuais têm mais tendência a ser pedófilos do que homens heterossexuais. Quaisquer que sejam as causas dessas desordens, permanece o fato de que qualquer um que tem ponderado sobre o estilo de vida homossexual não deve ter ilusões a respeito do problema em que está se metendo.

• A prática homossexual é fisicamente perigosa. Os corpos masculino e feminino foram anatomicamente feitos para a relação sexual, o que não acontece com os corpos de dois homens. Em decorrência disso, a atividade homossexual – 80% da qual é praticada por homens – é muito destrutiva, resultando futuramente em problemas tais como dano à próstata, úlceras e fissuras, incontinência crônica e diarreia.

• Além desses problemas físicos, as doenças sexualmente transmissíveis são preponderantes entre a população homossexual. Por exemplo, 75% dos homens homossexuais são portadores de uma ou mais doenças sexualmente transmissíveis, e isso sem mencionar a AIDS. Elas incluem todas as espécies de infecções não virais como: gonorreia, sífilis, infecções bacterianas e parasitas. Também são bem comuns entre os homossexuais as infecções virais como a herpes e a hepatite B (que afligem 65% dos homens homossexuais), que são incuráveis, e como a hepatite A e as verrugas anais, que afligem 40% dos homens homossexuais. E isso sem mencionar a AIDS!

• Talvez a estatística mais estarrecedora e mais amedrontadora seja a da expectativa de vida: deixando de lado aqueles que morrem de AIDS, a expectativa de vida de um homem homossexual é de aproximadamente 45 anos, o que já é assustador, levando-se em consideração o fato de que a expectativa de vida de homens em geral é de 70 anos. Agora, se você incluir aqueles que morrem de AIDS, cuja estatística é de 30% dos homens homossexuais, a expectativa de vida cai para 39 anos.

Outros dados, coletados em outras pesquisas, apontam que:

• Entre 70% a 78% dos homossexuais reportou ter tido uma DST (doença sexualmente transmissível). As taxas de homossexuais com parasitas intestinais (vermes) variava de 25% a 39%.

• Por volta de 1992, 83% de toda a AIDS entre os brancos americanos havia ocorrido entre os homens homossexuais.

• Os ataques do coração, cancro e falhas no fígado são coisas excepcionalmente comuns em homossexuais.

• As evidências indicam que um número desproporcional de homens gays busca adolescentes do sexo masculino e meninos como parceiros sexuais. Embora apenas em torno de 2% da população mundial seja homossexual, um terço (33%) de todos os crimes sexuais contra as crianças são cometidos por homossexuais[2].

Ainda de acordo com o Dr. Schmidt:

“Estatisticamente falando, é quase inexpressivo o número de homens homossexuais que experimentam algo parecido com fidelidade para a vida toda. A promiscuidade entre os homens homossexuais não é um mero estereótipo, e não é meramente a experiência mais importante – é virtualmente a única experiência... a fidelidade para a vida toda é quase inexistente na experiência homossexual”[3]

Craig conclui dizendo:

“Assim, creio que uma boa argumentação pode ser feita com base nos princípios morais geralmente aceitos de que a prática homossexual é errada. Ela é terrivelmente autodestrutiva e prejudicial. Assim, deixando de lado a proibição da Bíblia, há razões concretas e palpáveis para se considerar a atividade homossexual como errada”[4]

A AIDS ocorre com muito mais frequencia entre os gays do que entre os héteros por uma razão simples: o ânus não foi feito para a penetração e têm 18 vezes mais chances de contaminação pelo HIV, uma vez que a fisiologia do local não é apropriada para isso. A relação anal tende a causar mais ferimentos que uma região naturalmente lubrificada e feita para a relação sexual. O intestino é feito para sugar qualquer fluído que haja nele e o envia para o sangue. Se o sêmen traz consigo doenças venéreas e cair ali, já era. Essa é a razão pela qual os LGBTs têm tão maior índice. A Bíblia já adiantava há milhares de anos que a sodomia é pecado (1Tm.1:10; 1Co.6:10), precisamente na finalidade de preservar o indivíduo, mas a mídia insiste em atacar os valores cristãos que, se fossem seguidos, colocariam o mundo em uma posição muito melhor do que a que se encontra hoje.

Até mesmo um dos maiores teóricos pró-homossexualismo, Michel Foucault, que também era homossexual assumido, morreu pela AIDS. Ele via o sexo como um valor em si e para si. Mas, como comenta Roger Kimball, “onde fica o limite se isso envolve infectar pessoas com uma doença mortal? E o que dizer se o hobby de alguém implica em uma conduta homicida?”[5]. A verdade é que a prática homossexual pode e deve ser considerada autodestrutiva, e, portanto, errada. Faz parte do conjunto de comportamentos que os cristãos consideram imoralidade ou promiscuidade, não sem razão.

Além de ser um comportamento autodestrutivo, o homossexualismo é também antinatural[6]. Isso significa que o homem foi feito para se relacionar com a mulher e a mulher com o homem, que é o que constitui família e o que gera filhos, dando continuidade à humanidade. Seja lá como você considere esta norma – por criação de Deus ou por mera seleção natural – o fato é que há um padrão estabelecido na natureza e que qualquer coisa diferente deste padrão deve ser considerado uma anormalidade, i.e, algo que entra em conflito com o comportamento padrão.

Luciano Ayan aborda isso nas seguintes palavras:

“Na verdade, muitos conservadores e liberais (e até alguns esquerdistas, mesmo que não confessem isso em público) manifestam o desejo de que seus filhos sejam heterossexuais. A razão é óbvia e explicada evolutivamente: filhos heterossexuais significam possibilidade de transferência de genes para a frente. Esse motivo explica por que os heterossexuais, em geral, tendem a tomar a relação heterossexual como normativa e a homossexual como ‘fora da curva’. Sendo assim, os heterossexuais não estão se importando com ‘o c… dos outros’, mas com a sobrevivência de seus genes.
Como sempre, vemos que a extrema-esquerda não tem o menor interesse por ciência. Não surpreende que em termos darwinistas, todas as análises que fazem são sempre dignas de vergonha alheia. Mas supondo que eles tivessem a menor noção do que significa instinto inato para transmissão de genes, teriam que reconhecer que todos aqueles heterossexuais rejeitando o comportamento homossexual como normativo são pessoas normais, conforme os padrões evolutivos. (O que não implica em praticar violência ou discriminação contra gays, assim como rejeitar assistir a filmes noir não implica em prática de violência ou discriminação de quem assiste)”[7]

Até o saudoso ex-deputado Enéas Carneiro já dizia a este respeito:

“O homossexual pertence a um grupo que, se generalizasse, representaria a extinção da espécie (...) O homossexual é um ser humano como qualquer outro, que merece respeito, merece escola, merece hospital, merece tudo. Mas uma coisa é ele existir como ser humano, e outra coisa é ele ser apresentado como exemplo de comportamento sexual. Ele pode ser exemplo como artista, escultor, pintor, mas não em seu comportamento sexual. A sociedade foi feita para se reproduzir, e o maior de todos os impulsos que existem no planeta é o da preservação da espécie. É maior até que o da preservação do próprio indivíduo. O homossexualismo não pode ser apresentado como uma terceira via, como um caminho natural. Não. O homossexualismo é um desvio”[8]

A insanidade dos humanistas seculares é tão grande que eles querem mudar até a ordem natural das coisas, invertendo-a de cabeça pra baixo. Para eles, existe a chamada “opção” sexual, quer dizer, a pessoa é que escolhe se quer ser do sexo masculino ou do feminino. Se nós não estivéssemos vivendo em um tempo de profunda crise intelectual e burrice generalizada, eu iria pensar que isso é apenas brincadeira. Mas existe até matérias em currículos escolares de “ideologia de gênero”. Você sabe, é aquele ensino maravilhosamente bem fundamentado segundo o qual é menino quem quer ser menino, e menina quem quer ser menina, cujos argumentos são tão fortes quanto aqueles que poderiam ser utilizados por alguém que achasse que é um pássaro, ou que pense que possui asas ao invés de pernas.

Se a palavra “opção” estivesse naquele contexto apenas indicando aquilo que a pessoa gostaria de ser, eu concederia. Mas eles não a usam neste sentido, mas sim no de que a pessoa realmente muda de gênero quando “opta” por um diferente. Para eles, a pessoa nasce sem gênero definido, e por isso a criança não pode ser considerada nem do gênero feminino e nem do masculino, depois é que ela fará essa “escolha”.

Para você ter uma ideia do tamanho da estupidez, já existem escolas na Holanda e na Suécia onde não se pode chamar o aluno de menino ou menina, mas apenas de “criança”. Também existem escolas onde é proibido comemorar o “dia dos pais”, por considerarem que isso pode “constranger” alguém cuja família é formada por dois homens ou duas mulheres[9] (eu presumo que eles também não devem comemorar o dia do índio, para não constranger os não-índios!).

As escolas públicas de São Paulo, do brilhante prefeito petista Fernando Haddad, inclusive já substituiu o “Dia dos Pais” pelo “Dia dois Cuidadores”[10]. Maravilhoso, não é? E para fechar com chave de ouro e chutar o balde de uma vez, há projetos de lei para acabar com os nomes “pai” e “mãe” nas carteiras de identidade[11]! Claro que isso tudo é feito por pessoas sérias, que tem todos os parafusos na cabeça. Claro. E nem ouse discutir, porque é o governo, e o governo manda. Você obedece.

Para eles, as crianças nascem sem gênero definido(!) e é essa maldita sociedade burguesa capitalista opressora que acaba fazendo a cabeça das crianças do sexo masculino a gostarem das crianças do sexo feminino, e vice-versa. Sempre sobra para o capitalismo, essa força do mal. Deve ser este mesmo capitalismo opressor que há milênios faz com que os animais machos gostem de fêmeas da mesma espécie e se acasalem com elas, ao invés de procurarem outros machos. Maldito capitalismo! Onde estão os teóricos da ideologia de gênero para darem uma bela lição a estes animais preconceituosos que preferem desde sempre se relacionar com um animal do gênero oposto?

Vamos deixar as coisas claras: o fato de você querer ser algo não o faz ser este algo de fato. Você pode preferir ter nascido no século I, mas nasceu no século XX, e isso é algo que você tem que aceitar, querendo ou não, gostando ou não. Você não pode “optar” por nascer no século I, uma vez que nasceu no século XX. Você, que já tem 60 anos, pode até querer voltar a ter 20 anos, mas vai continuar com 60, ainda que o governo mude tudo na sua certidão de nascimento (e do jeito que as coisas andam eu não duvido nada, Sr. Haddad!).

Da mesma forma, você que é homem pode até gostar de ser mulher e preferir ter nascido mulher, mas é homem, aceite e pronto. Isso não é questão de escolha. É biologia. É algo que você tem que aceitar sem que perguntem a sua opinião, da mesma forma que não te perguntam se você quis nascer no ano em que nasceu, na cidade em que nasceu, no país em que nasceu, com a raça em que nasceu, com a espécie em que nasceu, com dois olhos ao invés de cinco. Sexo e gênero não se mudam. Se aceitam.

E por mais que teorias mirabolantes e totalmente sem embasamento científico sejam implantadas ditatorialmente nos currículos escolares para agradar certos movimentos e grupos sociais, a ciência vai continuar sendo ciência e refutando estas bobagens. Se você nasceu homem, você nasceu com um número par de cromossomos do tipo XY e não há nada que você possa fazer para mudar isso, mesmo que faça uma cirurgia de “mudança de sexo”, que, de fato, não o muda o sexo coisa nenhuma, pois você continua com cromossomos XY e não XX. Isso não o transformará em uma mulher de fato, com a capacidade de menstruar, ovular e gerar filhos. O que muda é apenas uma aparência externa, da mesma forma que colocar bombons da Garoto numa embalagem da Nestlé não vai mudar o fato de que o conteúdo dos bombons é da Garoto e não da Nestlé.

Não existem “mulheres presas em corpos de homens”, o que existem são homens inconformados com o fato de terem nascido homens, da mesma forma que um queniano poderia amargurar o fato de ter nascido no Quênia e não na Europa. É errado dizer que alguém assim tem “alma de europeu”, exceto em sentido alegórico ou humorístico. A ideologia de gênero não apenas precisa apelar para a existência de uma alma dentro do corpo, o que já é absurdo, mas também que essa alma tem um gênero(!), e pior ainda, que este gênero entra em conflito com o do corpo! Impressiona que aulas de ensino religioso estejam de fora das escolas públicas enquanto matérias como essa estão dentro.

Os cientistas zombam desta ideologia de gênero, criada com o fim específico de fazer frente à concepção cristã, a qual é bem fundamentada cientificamente. O Dr. Joseph Berger, por exemplo, afirmou que não existe pessoa “transgênero” e que termos como “identidade de gênero” são apelos emocionais e declarações anticientíficas. Ele declarou:

“Estou a falar duma perspectiva científica – e não duma posição lobbista que pode ser proposta por qualquer grupo, médico ou não-médico. ‘Transgêneros’ são pessoas que alegam que são, ou gostariam de ser, membros do sexo que se encontra oposto àquele dentro do qual eles nasceram, ou àquele que o seu alinhamento cromossômico atesta. Por vezes, algumas destas pessoas alegam que são ‘mulheres presas num corpo de homem’ ou, alternativamente, ‘um homem preso num corpo de mulher’. O tratamento médico para os delírios, as psicoses ou infelicidade emocional não é a cirurgia.
Por outro lado, se perguntarmos a estas pessoas para esclarecerem exatamente o que é que elas acreditam, isto é, se alguma das proposições listadas acima se aplica a elas, e elas disserem que não se aplica, e que elas sabem que tal proposição não é verdadeira, mas que elas ‘sentem’ que é, então cientificamente o que estamos a falar é de uma infelicidade acompanhada por um desejo. Estas duas coisas levam a que algumas pessoas comecem a tomar hormônios que são predominantes no outro sexo, chegando mesmo a enveredar pela cirurgia cosmética como forma de os fazer ‘parecer’ pessoas do sexo oposto”[12]

O fato é que não existe nenhuma prova científica que comprove as teses de identidade de gênero. Mesmo assim, os pais que não aceitam o modelo secular de pseudo-família são perseguidos, censurados e, em muitos casos, presos. Tal é o caso do casal Eugen e Luise Martens, na Alemanha, que está sendo ameaçado de perder a liberdade porque a filha do casal se negou a receber aulas de gênero, que o Estado obriga a receber. A polícia já encarcerou Eugen Martens em 2013 e só não prendeu ainda sua esposa porque ela está amamentando o filho mais novo[13].

Caso semelhante ocorreu em 2013, quando um homem foi preso pela simples razão de estar usando uma camiseta com a estampa que simboliza a família tradicional (uma mãe, um pai e seus filhos). Ele só saiu de lá depois de pagar uma pesada multa[14]. Esta é a verdadeira face autoritária e ditatorial do humanismo secular: se você não concorda com os valores deles, por mais insanos que sejam esses valores, você é preso ou forçado a se calar. Dois gays se agarrando e se beijando na rua não é problema, o problema é usar uma camisa com uma figura de uma família nos moldes bíblicos. Isso sim é um terrível “crime”.


Então temos o quadro: de um lado, os humanistas seculares autoritários querendo impor na marra a agenda LGBT na sociedade através da mídia secular, da doutrinação escolar e do marxismo, propagandeando a ideia de que o homossexualismo é uma maravilha que deve ser incentivada e estimulada como um admirável exemplo de conduta e de comportamento sexual. Como já vimos, eles não fazem isso por amar os homossexuais, mas como tática estratégica no processo de genocídio da cultura cristã no ocidente.

Do outro lado, temos os cristãos, que diante de todos os fatos que mostram que o homossexualismo é uma conduta antinatural, autodestrutiva, biologicamente anormal e quase inseparavelmente ligado a condutas imorais, dizem que a prática do homossexualismo é moralmente errada e instrui os cristãos a evitarem este comportamento, ainda que sem faltar no amor necessário a todos os pecadores. Você pode pensar por si mesmo e decidir qual é a visão mais racional.

Até onde os humanistas seculares irão? Não sabemos. Essa é uma das maiores diferenças entre a moral cristã e a “moral” ateísta: a nossa já está explicitada nas Escrituras, enquanto a deles é uma caixinha de surpresas, que se transmuta em diferentes formas sempre que eles acham conveniente. Até poucas décadas atrás eles fuzilavam os homossexuais em suas “revoluções”, mas depois mudaram de estratégia ao perceber que o incentivo à conduta homossexual lhes serviria bem estrategicamente na batalha cultural contra a fé cristã, bastando colocar um contra o outro e formar seus espantalhos de que “cristãos odeiam gays” e “são homofóbicos”, apelando ao coração e jogando a população contra os religiosos. Eles não têm nenhum padrão moral definido, simplesmente adotam aquilo que lhes é mais conveniente no momento.

Ninguém que tenha vivido no início do século passado acreditaria que os pontos que foram mencionados neste capítulo do livro seriam defendidos pelos humanistas seculares de hoje. São inovações bem recentes, que datam de poucas décadas, resultado de mudanças estratégicas. Por isso não podemos fazer a mínima ideia do que está por vir nos próximos cinquenta ou cem anos – podemos esperar qualquer coisa. Sabemos que os cristãos continuarão sendo contra qualquer forma de imoralidade, incluindo incesto e pedofilia, mas não podemos ter a mesma certeza em relação a eles.

Do jeito que a carruagem anda, a destruição da família tradicional é só o começo. Ela traz seus efeitos colaterais. Destruindo o conceito histórico de família, qualquer coisa pode vir a ser considerada uma “família”. Há homens que querem ter o “direito” de se casar com cabras, há uma “família” na África formada por 3 mulheres e 2 homens (todos sendo “maridos” e “esposas” de cada um deles), há a tão conhecida poligamia clássica, há o incesto, há a pedofilia, há a zoofilia, há qualquer coisa para a qual basta a imaginação. Você destrói a Célula Mater da sociedade, e o que sobra é um conceito vago, superficial e inconsistente de “família”, que pode abrigar qualquer coisa. E quando o conceito de família se torna qualquer coisa que as pessoas queiram que seja uma família, a família não existe mais. A base da sociedade é destruída.

É por isso que chega até a ser fácil prever os próximos passos deles: apologia à pedofilia e ao incesto na mesma intensidade que hoje é feita ao homossexualismo. Basta que a vitória deles esteja consolidada neste primeiro aspecto e que a família seja desmantelada, e então começará a enxurrada de “intelectuais” de esquerda dizendo que as crianças também têm autodeterminação sexual para escolher se querem ter relações com adultos, e que devemos apoiar o incesto para sermos “a favor do amor”, e que quem não concorda com o incesto é um “incestofóbico” (ou qualquer outra terminologia que eles venham a inventar futuramente, da mesma forma que inventaram o termo “homofóbico”), transmitindo a ideia de que os cristãos odeiam os “irmãos que se amam” por sermos contra o incesto, da mesma forma que hoje eles transmitem a falsa ideia de que nós “odiamos os gays” por sermos contra o homossexualismo.

Leia comigo essa matéria tirada do site secular do Yahoo, escrita há poucos dias:

“O incesto é um dos maiores tabus da sexualidade. A prática é considerada repulsiva na maioria das culturas, mas pode ser mais frequente do que imaginamos. Ainda nos anos 1980, Barbara Gonyo, fundadora de um grupo de apoio para crianças adotadas, cunhou o termo atração sexual genética para definir a atração e sentimentos surgidos entre crianças adotadas e seus pais biológicos. Por causa da polêmica causada por esse tema, poucas pessoas relatam suas experiências. No entanto, a revista norte-americana New York Magazine traz a história de uma garota de 18 anos, da região dos Grandes Lagos (norte dos EUA) e que vai casar com o pai biológico após um namoro de dois anos.
Segundo o relato da moça, os pais a conceberam aos 18 anos, no baile de formatura do colegial e se separam durante a gestação dela. ‘Os problemas psicológicos da minha mãe contribuíram para o término do relacionamento’. Criada pelos avós maternos, a menina pouco teve contato com o pai - as visitas eram marcadas por discussões do casal. Quando ela tinha 15 anos, o pai escreveu a ela. Ela comentou sentir falta do pai e a mãe perguntou a ela como era possível sentir falta de alguém que que ela mal conhecia. De acordo com a menina, ‘a mãe sempre se relacionava com caras errados e ela não se sentia próxima dos padrastos - eu sentia falta de uma figura paterna’. Apenas aos 17 anos, ela pôde reencontrar o pai. Controladora, a mãe tinha a senha de acesso ao Facebook da jovem. Quando o pai a adicionava no Facebook, o pedido era rejeitado pela mãe.
Após o contato via Internet, eles começaram a se ver pessoalmente - o pai mora a 30 minutos da casa da mãe. Depois de um tempo, ela pediu para passar uma semana com o pai - ele morava com a namorada. Na quarta noite, eles se beijaram e ela acabou perdendo a virgindade com o pai biológico. ‘Não me senti estranha, foi como se eu estivesse fazendo amor com um homem com quem eu estava junto há anos’. Em seu depoimento, ela diz que a família materna os vêem como pai e filha, já a família paterna os vê como um casal. Eles pretendem se mudar para Nova Jersey, pois lá o incesto entre adultos não é considerado ilegal. O casal também deseja ter filhos biológicos e não teme riscos à saúde do bebê. O que você acha da história?”[15]

Preste atenção nas jogadas presente no artigo. Ele é parte de um ativismo pró-incesto, mas de forma ainda mascarada nas entrelinhas. O artigo começa dizendo que o incesto é “um dos maiores tabus da sexualidade”. É desta mesma forma que eles fazem apologia explícita à homossexualidade, tratando-a como um “tabu”, algo que precisa ser superado, passando a ideia de que um dia o mundo irá acordar a receber de bom grado esta prática como normal. Para mostrar que ainda é um tabu, o artigo segue dizendo que a prática ainda é considerada repulsiva na maioria das sociedades, mas... “pode ser mais frequente do que imaginamos”.

Então vem uma das partes mais infames, onde o incesto é defendido de forma mais explícita: ao invés de ser uma aberração, é somente uma “atração sexual genética”. Perceba como os humanistas são ótimos em jogarem com as palavras. Eles fazem isso sempre. Eles sabem que a palavra “incesto” já está carregada de um senso pejorativo, então eles a substituem por um termo mais leve, que significa a mesma coisa, mas serve para tornar sua aceitação mais fácil. A partir daí a apologia ao incesto já é descarada, passando a citar uma “linda história de amor” com a finalidade de comover o leitor e torná-lo mais receptível à prática, tal como acontece nos filmes de romance. Eles sabem apelar ao coração, é o mesmo que eles fazem na promoção do homossexualismo.

A mãe então é retratada como uma “controladora” por proteger sua filha – exatamente a mesma forma que eles retratam os cristãos, chamando-nos de “fundamentalistas”, “conservadores”, “reacionários”. Mas a filha consegue se livrar da “mãe controladora” e vai passar uma semana com o pai, que já estava comprometido, inclusive morando com a namorada. Mesmo assim, o pai trai sua namorada na casa dela e em apenas quatro dias tira a virgindade da própria filha nesta relação que envolve incesto e adultério descarado. E tudo isso é retratado da forma mais natural do mundo, fazendo parte da maravilhosa “historinha de amor”.

O artigo termina dizendo que “o casal também deseja ter filhos biológicos e não teme riscos à saúde do bebê”. Essa é a parte mais nojenta e asquerosa de todo o texto. Primeiro, leiamos este artigo da Superinteressante chamado: “Por que filhos de incestos nascem com problemas genéticos?”, que mostra as possibilidades de um filho de uma relação incestuosa nascer com problemas mentais:

“Digamos que você tenha um recessivo ligado à fenilcetonúria, uma doença rara que causa retardo mental. Para que um filho seu nasça com problemas, você teria que encontrar um parceiro que também tenha esse gene (menos de 2% de risco). E, mesmo assim, a chance de os dois recessivos se encontrarem seria de apenas 25% (lembra das aulas de genética?). Fazendo as contas, o risco não passa de 0,5%. Entre parentes, o jogo muda. Considerando o cruzamento genético e o papel do ambiente no desencadeamento de problemas, as chances de um recessivo se manifestar é de 50%. No caso da fenilcetonúria, portanto, o risco é 100 vezes maior que entre desconhecidos[16]

O que aquele lindo casal da historinha de amor do Yahoo quer dizer é o seguinte: “Dane-se os nossos filhos. Não estou nem me lixando com os riscos à saúde do bebê”. É claro que eles não estão preocupados, porque quem vai nascer deficiente e sofrer para o resto da vida é o bebê, não eles. O que eles querem é aproveitar “o amor” e deixar que o bebê pague as contas por esta irresponsabilidade e inconsequência. São verdadeiros monstros morais. Quase tão monstruosos quanto o autor do artigo, que termina dizendo: “O que vocês acham da história?”, quase rezando aos céus para que a sua historinha de amor tenha comovido muita gente ignorante e atraído multidões de militantes e idiotas úteis em favor desta causa nefasta.

Esta seria apenas uma nota trágica se não fosse pelo fato de ser uma tendência no mundo todo. Em setembro do ano passado (2014), o Comitê de Ética da Alemanha pediu a descriminalização do incesto entre irmãos. O mais interessante é o “argumento” que o Comitê deu para essa decisão:

“A lei penal não é o meio adequado para manter tabu social. O direito fundamental à autodeterminação sexual deve pesar ainda mais do que a ideia abstrata de proteção da família”[17]

Além de tratar o incesto como um “tabu” (i.e, uma coisa de “retrógrados” e “reacionários” que tem que ser superada), o Comitê coloca a “autodeterminação sexual” acima da ideia “abstrata” de família. Você começa a perceber que a moral deles é um poço de imundície quando eles consideram a família algo meramente abstrato, e pior ainda, como algo abaixo da “autodeterminação sexual” (neste caso aplicando-se ao incesto). Em outras palavras, o que eles estão dizendo é que a promiscuidade vale mais do que a família e que esta última não passa de uma abstração, algo irrelevante, puramente subjetivo. Quando você vê alguém colocando a imoralidade acima da família, já pode entender que eles tiraram a moral deles direto da lata do lixo.

O que mais está por vir, a partir do momento em que a “autodeterminação sexual” vale mais do que a família? O que mais está por vir em um mundo onde a promiscuidade toma um valor tão alto ao ponto de ser considerada “sagrada” e de ser protegida ao custo do sacrifício dos filhos (que com toda a probabilidade nascerão deficientes) em nome deste “amor”? O que mais falta para eles concluírem, a partir deste mesmíssimo princípio da “autodeterminação sexual”, que a zoofilia e a pedofilia também não são apenas meras expressões de “autodeterminação sexual”, e que vale mais a pena valorizar estas práticas promíscuas do que preservar o conceito “abstrato” de família, que nenhum deles dá mais a mínima?

A consequência desastrosa da destruição da família para dar lugar a todas as formas de imoralidade só pode resultar na aprovação de tudo aquilo que hoje consideramos abominável. Já existe até um ativismo pró-pedofilia, ainda em forma de semente, esperando o tempo certo para mostrar seu fruto, elaborado pelas mesmas pessoas que militam pela causa LGBT. Que a proporção de pedofilia entre os homossexuais é muito maior que a proporção entre os heterossexuais não é qualquer novidade – todas as pesquisas do mundo já comprovaram isso há décadas. Isso obviamente não significa que todo gay seja pedófilo ou apóie a pedofilia, mas é curioso notar como o ativismo pró-pedofilia é mais forte nestes círculos.

Existe até o “Dia Internacional do Amor pelas Crianças”, comemorado desde 1998 por pedófilos homossexuais exortando à aceitação social da pedofilia[18]. No primeiro sábado após o solstício de verão, pedófilos de todo o mundo acendem discretamente em público uma vela azul, que se tornou o símbolo da convocação. A Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA) apoiou abertamente o movimento pedófilo até 1994, e a taxa de atração homossexual é de 6 a 20 vezes mais alta entre os pedófilos[19], segundo estudos. Junto a isso, uma quantidade gigantesca de livros pró-pedofilia são abundantes na literatura gay (o Dr. Timothy J. Dailey cita dezenas deles em um artigo disponível na nota de rodapé deste livro)[20].

O maior símbolo do ativismo gay no Congresso, o deputado comunista Jean Wyllys (PSOL/RJ), em uma carta escrita a Olavo de Carvalho, escreveu explicitamente:

“Durante o referido programa, ambos, além de todos os ataques homofóbicos, induziram o público a acreditar que sou o defensor da legalização da pedofilia - o que é totalmente mentiroso de sua parte. Defendo, sim, o direito de qualquer pessoa poder dispor do seu corpo da forma que bem entender - inclusive as crianças, pois estas têm as mesmas necessidades que os adultos e não são propriedades de ninguém[21]

Veja que cínico: primeiro ele se defende com unhas e dentes da “acusação” de apoiar a pedofilia. E depois... apóia a pedofilia. Descaradamente. A não ser que o Sr. Wyllys esteja se referindo a brincar de carrinho e de bonequinha quando fala sobre as “necessidades” que as crianças têm, ele não pode se defender da alegação de pedofilia defendendo a pedofilia. Seria como dizer: “eu não sou a favor do incesto, mas se a criança amar mesmo o pai...”. Wyllys defende o “direito” de uma criança “dispor seu corpo” em relações sexuais com maiores porque elas “tem essa necessidade”(!). Se isso não é pedofilia, eu não sei mais o que é!

O prof. Olavo respondeu-lhe muito bem ao dizer:

“O senhor poderia me esclarecer qual a diferença, se existe, entre a liberação da pedofilia e a ‘liberdade de a criança dispor do seu próprio corpo’, que o senhor defende? Tem o senhor a certeza sincera de que essa medida não incluirá, logicamente e necessariamente, a liberação da ‘pedofilia consentida’? Por exemplo, na perspectiva que o senhor defende, deve haver liberdade para que um marmanjo de 17 anos e 11 meses, legalmente menor de idade, tenha relações com um menino de cinco, seis ou sete anos, caso este o deseje ou consinta? Por favor, seja honesto: não tergiverse, responda ‘sim’ ou ‘não’. Caso o senhor não consiga demonstrar logicamente que a sua proposta protege as crianças contra um caso desse tipo, ou que tais casos não constituem ‘pedofilia consentida’, não haverá nenhum erro em considerá-lo um apologista da pedofilia ao menos consentida. O senhor pode me explicar a diferença, se é que alguma existe? Se quiser espaço para isso no meu programa, está à sua disposição, reservado o meu direito de comentar as suas declarações em seguida. Não sei se o senhor será louco de expor-se a semelhante vexame, mas, se quer mesmo, não vou contrariá-lo”[22]

Não precisa nem dizer que Wyllys não voltou a escrever a Olavo. Que pena.

A visão deformada de tais ativistas é uma na qual a pedofilia pode existir se a criança consentir, como se uma criança de cinco anos tivesse plena capacidade de tomar uma decisão como essa. Qualquer marmanjo com um discurso arranjado ou prometendo benefícios poderia conseguir enganar a criança e ter relações com ela, o que seria considerado legal do ponto de vista destes ativistas, pois a criança estaria “consentindo”. Nesta visão deformada, a criança tem as mesmas necessidades sexuais que os adultos. Isso é normal para um grupo extremista que está o tempo todo sexualizando as crianças o quanto antes, preparando o caminho para a pedofilia escancarada.

E ele não é o único. Em pleno Congresso Nacional, no IX Seminário LGBT, a palestrante Tatiana Lionço discursou sobre o tema “sexualidade infantil”. Ela é da “Companhia Revolucionária Triângulo Rosa” – seja lá o que isso signifique. Apenas tente ler essas palavras sem vomitar:

“A brincadeira sexual infantil também pode envolver os outros. Meninos buscando conhecer os corpos de outros meninos e meninas, e meninas buscando conhecer seus próprios corpos e o de outras meninas e meninos. Quando meninas e meninos brincam, inclusive sexualmente, com seus corpos, com outros meninos e meninas, eles não estão sendo ‘gays’ ou ‘lésbicas’, não é disso que se trata... que deixem as crianças brincarem em paz. Isso as tornará adolescentes e adultos mais inteligentes e potencialmente mais perspicazes no enfrentamento e na transformação do mundo que lhes deixamos”[23]

Nem me pergunte de onde foi que esta senhora tirou a ideia de que crianças molestadas sexualmente se tornam mais inteligentes no futuro. Provavelmente o que ela quis dizer é que elas se transformam mais facilmente em idiotas úteis a serviço do marxismo, mas ela leu errado e saiu daquele jeito.

Tragicamente, ela não é uma exceção. Até Michel Foucault, o ídolo máster dos esquerdistas e do movimento gay, relativizava e diminuía a gravidade da pedofilia como sendo apenas uma “ocorrência quotidiana na vida da sexualidade”. Em uma de suas obras mais famosas, “A História da Sexualidade”, ele disse:

"Um dia, em 1867, um trabalhador rural da vila de Lapcourt, que era uma pessoa simples, empregado aqui e ali a depender da estação, vivendo da própria subsistência... foi entregado às autoridades. Na fronteira de um campo, ele havia obtido algumas carícias de uma menina, da mesma forma que ele já havia feito e tinha sido observado fazendo pelos moleques da vila ao seu redor... Então ele foi acusado pelos pais da menina frente ao prefeito da vila, entregue pelo prefeito aos guardas, levado pelos guardas ao juiz, que o condenou e o entregou primeiro a um médico, e então a outros especialistas (...) O que é digno de nota nessa história? A mesquinhez disso tudo; o fato de que essa ocorrência quotidiana na vida da sexualidade da vila, esses prazeres bucólicos inconsequentes, poderiam se tornar, a um tempo, o objeto não apenas da intolerância coletiva mas de uma ação judicial, uma intervenção médica, um exame clínico cuidadoso, e uma inteira elaboração teórica[24]

Na tentativa desesperada em sexualizar as crianças o quanto antes, os esquerdistas já criaram – acredite se quiser – aulas de pole dance para crianças em São Paulo. Sim, é isso mesmo que você leu. Aulas de pole dance para crianças. Eu nem vou comentar nada sobre isso porque Ayan já fez um ótimo trabalho neste artigo[25] (ver nota de rodapé). E no final do artigo ainda tem a fala de um psicólogo de esquerda que diz que pedofilia não é crime!

Com o advento da internet e de redes sociais, como o Facebook, qualquer ativista da pedofilia passou a ter voz ativa na sociedade e pôde expressar seus pensamentos aos demais. Há algum tempo veio à tona o discurso de certo ativista pró-pedofilia na rede social supracitada, onde dizia:

“Legalizem a pedofilia já! Devemos abrir nossas mentes, a palavra pedófilo vem do grego que significa ‘amigo da criança’, o pedófilo ama fazer sexo com crianças, logo ele não é estuprador, pois é consentido! A cada cinco estupradores e assassinados dentro da cadeia, quatro são pedófilos, a cada cinco cidadãos linxados pela população, quatro são pedófilos, pedofobia deveria ser crime! Devemos combater a pedofobia, pois a pedofilia é encontrada em várias espécies de animais, mas o preconceito em apenas uma!”[26]

O que mais assusta não é a existência de ativistas da pedofilia em pleno século XXI, mas sim os argumentos que eles usam, que são exatamente os mesmos usados pelos militantes da causa LGBT. Ele pede para “legalizar a pedofilia”, os outros pedem para “legalizar o casamento gay”. Ele pede para “abrir a mente”, os outros pedem o mesmo (é uma técnica utilizada por malandros para fazer parecer que o outro tem uma “cabeça fechada” e só você tem a “mente aberta”, tentando apelar aos espantalhos para vencer um debate sem qualquer argumento). Então ele recorre ao significado etimológico da palavra “pedófilo”, que significa “amigo da criança” – é a mesma coisa que os ativistas homossexuais fizeram ao fazerem surgir para o seu movimento a palavra “gay”, que no inglês significa “feliz”. Trata-se de uma técnica onde se dá um adjetivo positivo a uma palavra para tornar a prática mais aceitável aos olhos do público.

Em seguida, o pedófilo alega que a pedofilia é “consentida”, usando o mesmo argumento que também é usado desde sempre pelos ativistas gays, mas que não nos diz nada sobre se a prática em si é moral ou imoral. Então ele joga com os dados e as estatísticas de forma manipuladora (“a cada cinco assassinados, quatro são pedófilos...”), tentando apelar para o lado emocional, se passando por “vítima” – onde será que eu já vi isso antes? Em seguida, ele inventa o termo “pedofobia” para criminalizar qualquer pessoa que pense que ele está fazendo algo de errado – isso é exatamente o mesmo que os ativistas gays fizeram ao inventar o termo “homofobia”, que não existia no dicionário, assim como “pedofobia” não existe hoje (ainda!).

Por fim, ele apela ao argumento dos animais, dizendo que existem casos de pedofilia no reino animal – isso é exatamente o mesmo que os ativistas gays sempre fizeram ao apelar a casos excepcionais e raros onde um animal decide ter relações com outro do mesmo gênero, como se isso justificasse moralmente essa prática entre humanos (o infanticídio também existe no reino animal, será que devemos então considerá-lo moralmente aceitável entre humanos?). E então ele termina apelando ao mesmo lema que sempre foi usado pelos ativistas gays: “Isso existe em várias espécies de animais, mas o preconceito em apenas uma”, mais uma vez tentando jogar com frames e apelar ao coração para convencer alguém sobre algo.

O ponto em questão, que você precisa entender, é que tudo isso é um plano orquestrado há muito tempo, muito bem organizado, e pelos mesmos grupos anticristãos – e é essa a razão pela qual eles usam os mesmos argumentos, porque se funcionou com um ativismo, tende a funcionar com o outro também! E os meios que eles usam para fazer lavagem cerebral na sociedade, tornando-a mais receptível e aceitável à prática imoral, também são os mesmos de sempre: investimento pesado em doutrinação escolar e na televisão. Dia desses, um pedófilo apareceu na TV inglesa para pedir o apoio da sociedade à causa pedófila. Um artigo do O Globo informa:

“Um pedófilo apareceu na TV inglesa na noite desta terça-feira, na esperança que seu depoimento faça com que a sociedade fique mais compreensiva com pessoas sexualmente atraídas por crianças. No documentário ‘The Paedophile Next Door’ (‘O vizinho pedófilo’, em tradução livre), que será exibido pelo Channel 4, Eddie, 39 anos, admite sentir atração por meninas de 4 anos de idade, mas diz que nunca cometeu crime algum. Ao documentarista Steve Humphries, o pedófilo diz: ‘As pessoas provavelmente dirão: ‘por que esse cara não está preso? Devaríamos matá-lo’. Eu, honestamente diante de Deus, não fugirei. E se isto for o que quiserem fazer comigo, façam. Neste cenário isto será apenas manter o status quo’.
O programa discute se o Reino Unido deve seguir a Alemanha, que oferece tratamento para o desejo de pedófilos. Eddie, que está à procura de terapia, encontra Ian McFadyen, atualmente com 49 anos, que foi vítima de abuso na infância. Ian diz a Eddie: ‘Dezoito anos atrás eu era um pouco violento, provavelmente tentaria te matar’. O documentário cita ainda uma pesquisa que mostra que de cada 50 homens, um sente atração por crianças. Jon Brown, diretor de estratégia e desenvolvimento da Sociedade Nacional para Prevenção de Crueldade com Crianças (NSPCC, na sigla em inglês) concorda que é necessário um debate aberto sobre pedofilia, e aponta que ‘o problema atualmente, e na última década, é o aumento brutal da disponibilidade de imagens de abuso infantil on-line’”[27]

Perceba como as táticas são as mesmas de sempre. A televisão é usada para influenciar a sociedade (lavagem cerebral), e para isso apela ao vitimismo. O vitimismo é, como vimos, o apelo ao coração, quando se usa o lado emocional para convencer as pessoas que “x” é a “vítima” é o contrário ao “x” é o “opressor”. Neste caso, a “vítima” em questão é o pedófilo, que é retratado como “vítima” o tempo todo: ele foi vítima de abuso sexual na infância, ele está humildemente pedindo compreensão e aceitação à sociedade, ele sente atração por meninas de 4 anos mas nunca abusou de nenhuma delas não, ele chegou ao ponto de quase tirar a sua própria vida, ele é vítima de pessoas que querem “matá-lo”, mas corajosamente expõe sua vida ao perigo... é vitimismo total, o tempo todo.

O objetivo por detrás de todo esse vitimismo é um só: fazer com que a sociedade fique com pena do pobre pedófilo, e consequentemente passe a compreender e a aceitar a pedofilia, com a mesma normalidade e naturalidade com a qual muitos tratam o homossexualismo, que também passou pela mesma fase de alienação com a qual a pedofilia está passando hoje. O objetivo é explícito: “que seu depoimento faça com que a sociedade fique mais compreensiva com pessoas sexualmente atraídas por crianças”. E para isso, como não poderia ser diferente, eles apelam a estatísticas duvidosas, de que, por exemplo, 1 a cada 50 homens gosta de crianças (e daí?), como se isso justificasse moralmente a pedofilia (se 1 a cada 50 homens fosse assassino, deveríamos legalizar o assassinato?).

A outra tática de alienação é por meio das novelas. Se as novelas retratarem o homossexualismo, a pedofilia e o incesto sob um ponto de vista positivo, boa parte da sociedade que está viciada neste tipo de matéria acabará comprando a ideia como positiva também. Basta que para isso sejam empregadas as mesmas táticas de sempre: vitimismo, apelo ao coração, espantalhos e estigmatização. No caso das novelas, é ainda mais eficiente porque tudo isso estará sendo colocado em prática por algum ator muito amado pelo público – um galã da novela das oito que arranca “suspiros” da platéia feminina, ou uma moça da novela das seis que faça o mesmo com a platéia masculina.

Recentemente a Globo anunciou uma novela com “forte carga dramática”, onde dois irmãos “sofrem muito por amor”, e que, “pelo tabu do incesto, eles vão lutar contra essa paixão, derramar baldes de lágrimas...”[28]. Não podia ser diferente, pois as táticas são as mesmas, independentemente de qual seja a causa e a militância. Uma das maiores defensoras da pedofilia foi a feminista Shulamith Firestone, falecida em 2012. Em seu livro “A dialética do sexo” (1970) ela fazia apologia explícita ao homossexualismo, ao incesto e a pedofilia, pois, segundo ela, era inadmissível haver somente “homens” e “mulheres”. Neste livro, ela escreve:

“Como a meta da revolução socialista foi não somente a eliminação do privilégio da classe econômica, mas a eliminação da própria classe econômica, assim a meta da revolução feminista deve ser não apenas a eliminação do privilégio masculino, mas a eliminação da própria distinção de sexo; as diferenças genitais entre seres humanos não importariam mais culturalmente”

Ela deixava explícito os planos seculares de destruição da família por meio da propaganda mundial do homossexualismo. A estratégia era clara: primeiro se destrói o conceito de família, e então todas as formas de perversão sexual seriam aceitas com naturalidade. O homossexualismo é somente o primeiro passo de um plano maior. E ela continua dizendo:

“O tabu do incesto é necessário agora apenas para preservar a família; então, se nós acabarmos com a família, na verdade acabaremos com as repressões que moldam a sexualidade em formas específicas (...) Os tabus do sexo entre adulto/criança e do sexo homossexual desapareceriam, assim como as amizades não sexuais (...) Todos os relacionamentos estreitos incluiriam o físico”

Infelizmente, poucos humanistas seculares são tão honestos em revelar abertamente seus planos malignos como Firestone fazia. Eles sabem perfeitamente bem o que eles defendem, mas não ousam revelar seus planos à sociedade, pois o objetivo é subir um degrau de cada vez. O mundo ainda não está preparado para aceitar a pedofilia e o incesto como normais, assim como não estava preparado para aceitar como normal a prática homossexual, há algumas décadas atrás. Uma vez que a família esteja eliminada e a promoção do homossexualismo esteja consolidada, nada mais vai impedi-los de movimentar toda a militância que hoje eles fazem em favor da causa gay direcionando-a para as outras causas.

Por motivos estratégicos, ainda não vemos os humanistas seculares defendendo de forma tão aberta e explícita a pedofilia e o incesto, concentrando-se em enaltecer o homossexualismo. Mas conhecemos perfeitamente os seus planos, estudamos as suas estratégias, podemos prever o futuro ao percebermos o jogo que ocorre ao fundo de toda a encenação midiática. Este pequeno ativismo pró-pedofilia e pró-incesto de hoje é somente uma semente que crescerá enormemente dentro de uma ou duas gerações caso nada seja feito até lá. Quem não concordar com a agenda deles será rotulado de “retrógrado reacionário”, e quem concordar será considerado um “progressista de mente aberta”. As cartas já estão na mesa. Basta ter perspicácia para perceber isso.

Por Cristo e por Seu Reino,

(Trecho extraído do meu livro: "Deus é um Delírio?")


        




[3] ibid.
[6] Alguns militantes LGBT se defendem citando casos (raros) entre animais que tem relações com outros do mesmo sexo. Mas isso é uma exceção que não se aplica à regra geral. Também existe no mundo animal casos de incesto e de estupro, mas nem por isso os militantes LGBT entendem isso como “natural”, dotado de uma áurea positiva.
[18] Disponível em: http://www.ibld.net
[20] ibid.
[22] ibid.
[24] Michel Foucault, “História da Sexualidade”, p. 31.

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