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O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
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Considere a Bíblia em
comparação com os demais livros e códigos sociais da época, e a moral cristã
com a moral humanista. O resultado é um massacre em favor dos cristãos – apesar
que de massacre os neo-ateus entendam bem. A Bíblia é o único livro antigo que,
mesmo tendo sido escrito há dois mil anos, condena a escravidão (em especial
nas páginas do Novo Testamento), enquanto humanistas ateus como Marx e Engels
continuaram em favor da forma mais cruel e desumana de escravidão até em pleno
século XIX, mesmo quando os britânicos e outros países já tinham abolido a escravidão!
A lei de Moisés, por sua
vez, foi o primeiro código de leis na história da humanidade a criar leis que
favorecessem o pobre de verdade, com
medidas que iam desde a cessação total das dívidas em sete anos, até a
reapropriação de uma propriedade vendida por causa de dívidas ou extrema
pobreza. Nenhum código de leis antigo fez algo assim por milênios. Em contraste a isso, os regimes humanistas modernos e
recentes nada fizeram para ajudar o pobre. Seu sistema preferido, o socialismo,
só resultou em mais fome, miséria e chacina, e fracassou miseravelmente em
todos os lugares do mundo onde foi implantado.
Foi um fracasso na União
Soviética, um fracasso em Cuba, um fracasso no Camboja, um fracasso na Alemanha
Oriental, um fracasso na China e um fracasso na Coreia do Norte, e seu irmão
bolivarianismo está levando outros países latino-americanos ao mesmo fracasso.
Nenhum pobre melhorou de condição em nenhum regime socialista. Ao contrário: os
pobres ficavam sempre mais pobres. Sim, havia igualdade: igualmente na pobreza,
na miséria, na desgraça, na fome. As soluções humanistas para “fazer um mundo
melhor” só resultaram em genocídio, carnificina, censura, calamidade, opressão
e miséria em cada canto do planeta onde foi implantado – e inacreditavelmente
ainda há pessoas que defendam este sistema comprovadamente fracassado.
A Bíblia, por seu caráter
revolucionário em considerar todos os homens iguais e criados à imagem e
semelhança de Deus, serviu e continua servindo de impulso para a superação do
racismo no mundo. Todos os grandes líderes mundiais na luta contra o racismo
nos séculos passados foram cristãos, e até Dawkins ao citar estes grandes nomes
não foi capaz de mencionar um único humanista ateu. Ele tira do nosso lado os
nomes daqueles que lutaram por aquilo que ele considera uma conquista deles, dos humanistas ateus. Um
flagrante e criminoso caso de desonestidade intelectual. Homens como Martin
Luther King e Abraham Lincoln não apenas eram cristãos conservadores, mas eram
praticantes e nunca esconderam sua apaixonada devoção a Deus. Eles usaram a
moral cristã na defesa dos direitos dos negros e no fim da escravidão no mundo.
A Bíblia também representa
um avanço moral gigantesco em relação ao trato com as mulheres. Na verdade, o
Cristianismo é a única religião do
mundo a lutar pelos direitos da mulher e a valorizá-las, enquanto elas são
desvalorizadas e desprezadas em todos os lugares do mundo onde não há
Cristianismo ou onde a mensagem do evangelho é pouco difundida. O evangelho
cristão é um remédio de vida onde quer que seja espalhado, em qualquer parte do
mundo. Os humanistas ateus só podem falar em liberdade e igualdade porque vivem em meio a um povo cristão,
historicamente cristão e majoritariamente cristão. É por isso que eles não
têm voz no Afeganistão ou na Coreia do Norte.
Os missionários cristãos
na Índia até hoje encontram forte resistência, porque a moral cristã é
exatamente o contrário daquilo que eles aprenderam no hinduísmo, baseado no
sistema de castas. Se você nasceu hindu, morre hindu; se nasceu pobre, morre
pobre; se nasceu rico, morre rico; se nasceu servo, morre servo; se nasceu
senhor, morre senhor. O conceito cristão de igualdade espiritual de todos os
seres humanos é justamente o contrário daquilo que lhes é ensinado naquela
sociedade. O fatos de sermos todos iguais perante Deus lhes parece uma afronta.
Isso ajuda a perpetuar as desigualdades sociais e os preconceitos, coisas que
se tornam menores em cada região à medida em que ela vai se Cristianizando.
Finalmente, é digno de
nota que na Bíblia não há nada preconceituoso como predominava na filosofia
antiga, ao mesmo tempo em que a Bíblia ia sendo escrita. Os versos que
supostamente ensinam o preconceito, como vimos, são grosseiramente tirados de
seu contexto, de uma forma criminosa e infame. Se compararmos com a história
secular, vemos os maiores pensadores daqueles tempos sustentando explicitamente
ideias como que a mulher era um intermediário entre o homem e os animais, ou
defendendo a forma cruel da escravidão clássica, ou ensinando a mutilação
genital feminina, ou impondo a elas uma série de leis repressivas, ou negando a
humanidade ao homem negro, ou declarando que o homem caucasiano é superior e
mais evoluído que as demais raças, e filosofias iguais ou piores que essas eram
superabundantes para aqueles tempos, e até para séculos mais tarde.
Mas a Bíblia, mesmo tendo
sido escrita há um tempo tão remoto, mesmo sendo um conjunto de 66 livros,
mesmo tendo sido escrita por 40 autores diferentes e mesmo sendo direcionada a
públicos distintos, impressionantemente não possui nenhuma linha racista ou
machista. Ao contrário: ela representa tudo aquilo que há de oposto às visões preconceituosas que
predominaram por tanto tempo no mundo, e que ainda predominam em alguns
lugares.
Sua leitura sempre foi e
continua sendo a fonte de inspiração para que missionários viagem o mundo,
abandonem a família, percam seus bens e dinheiro e arrisquem suas próprias
vidas para ensinar o amor de Jesus e uma mensagem de salvação, igualdade e
tolerância, que sempre salvou os mais fracos da opressão dos mais fortes. O
evangelho, onde é disseminado, produz vida, na mesma proporção em que o
humanismo ateu produz morte – tanto física quanto moral.
Você não vai achar uma
única história de um povo sofrendo opressão e sendo liberto por humanistas
ateus com uma ideologia ateísta, mas vai achar milhares de casos onde
evangelistas cristãos atravessaram o planeta e romperam as fronteiras para mudar
a vida daqueles que mais precisavam. O humanista é um bom samaritano sentado em
frente à sua TV ou computador, com mensagens profundas e emocionantes no
Facebook, mas não move um dedo além disso. Não vê razão para tal. Você não vê
“missionários ateus” arriscando a vida para pregarem algo que creiam valer a
pena.
O cristão verdadeiro toca
o dedo na ferida, dá a outra face à tapa, anda a segunda milha, “morre
todos os dias” (1Co.15:31), como dizia Paulo. A ideologia
humanista serve para aqueles que não precisam dela. Aqueles que precisam nunca
foram ajudados. Somente aquele que vive por um propósito maior pode produzir
coisas maiores. Para o humanista ateu, o problema está sempre no outro. O problema está no “burguês”, no
capital, nos banqueiros, nos religiosos, nos judeus, nos imperialistas
americanos, no capitalismo, no neo-liberalismo, nos cristãos, nos ricos, na
classe média, na meritocracia, em Deus. O problema nunca é ele.
O Cristianismo toca na
verdadeira causa do mal no mundo: o ser humano. Todos eles. O homem peca porque
ele é inclinado para o mal, todos os dias da sua vida. Somos pecadores. É isso
o que nos leva a começar concertando a
nossa própria vida, para depois tentar mudar o mundo, ao invés de tentar
mudar o mundo começando pelo outro –
o que nunca deu certo. O humanismo ateu inverte causa e efeito, e por isso
nunca conseguiu resolver problema nenhum, nem quando tentou seriamente.
Ironicamente, eles ainda
continuam despejando todo o mal em uma palavra endiabrada chamada religião. Dawkins realmente acha que
tirando a religião do mundo o problema acaba. É isso que investigaremos no
capítulo seguinte. Por hora, creio que elenquei aqui argumentos suficientes
para considerar que este ser “ciumento, orgulhoso,
controlador mesquinho, injusto, intransigente, genocida étnico, vingativo,
sedento de sangue, perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida,
filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista e malévolo” está
muito mais para uma descrição do próprio Dawkins do que do Deus cristão[1].
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
(Trecho extraído do meu livro: "Deus é um Delírio?")
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