quarta-feira, 1 de abril de 2015

Profecias bíblicas que se cumpriram


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O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
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Uma das evidências mais fortes, e que tem total ligação com a oração, é a profecia. Em ambos os casos, trata-se de Deus respondendo ao homem – no que ele orou ou no que ele profetizou[1]. O último é mais interessante pois mexe de forma direta com um tema muito tratado na Bíblia, que muitas vezes faz previsões sobre acontecimentos futuros improváveis de se cumprir, mas que se cumpriram perfeitamente.

Só sobre Jesus os estudiosos dizem que há pelo menos 72 profecias cumpridas há séculos antes, registradas nas páginas do Antigo Testamento. Entre elas podemos citar 48, que estão listadas abaixo:

PROFECIA
CUMPRIMENTO
Nascido de mulher (Gênesis 3:15)
Mateus 1:20; Gálatas 4:4
Nascido de uma virgem (Isaías 7:14)
Mateus 1:18
Filho de Deus (Salmos 2:7)
Mateus 3:17
Descendente de Abraão (Gênesis 22:18)
Mateus 1:1
Descendente de Isaque (Gênesis 21:12)
Lucas 3:23,34
Descendente de Jacó (Números 24:17)
Lucas 1:23
Da tribo de Judá (Gênesis 49:10)
Lucas 3:23,33
Descendente de Jessé (Isaías 11:1)
Lucas 3:32
Da casa de Davi (Jeremias 23:5)
Lucas 3:31
Nascido em Belém (Miquéias 5:2)
Mateus 2:1
Presenteado por reis (Salmos 72:10)
Mateus 2:1,11
Matança das crianças (Jeremias 31:15)
Mateus 2:16
Chamado Emanuel (Isaías 7:14)
Mateus 1:23
Profeta (Deuteronômio 18:18)
Mateus 21:11
Sacerdote (Salmos 110:4)
Hebreus 3:1
Rei (Salmos 2:6)
Mateus 27:37
Precedido por um mensageiro (Isaías 40:3)
Mateus 3:1,2
Início do ministério na Galiléia (Isaías 9:1)
Mateus 4:12
Faria milagres (Isaías 35:5)
Mateus 9:35
Falaria por parábolas (Salmos 78:2)
Mateus 13:34
Entraria no templo (Malaquias 3:1)
Mateus 21:12
Entraria em Jerusalém montado num jumento (Zacarias 9:9)
Lucas 19:35-37
Seria tropeço para os judeus (Salmos 118:22)
1ª Pedro 2:7
Porém luz para os gentios (Isaías 60:3)
Atos 13:47-48
Ressuscitaria (Salmos 16:10)
Atos 2:31
Subiria ao céu (Salmos 68:18)
Atos 1:9
Seria traído por um amigo (Salmos 41:9)
Mateus 10:4
Vendido por 30 moedas de prata (Zacarias 11:12)
Mateus 26:15
O dinheiro seria jogado na casa de Deus (Zacarias 11:13)
Mateus 27:5
O preço de um campo de oleiro (Zacarias 11:13)
Mateus 27:7
Abandonado pelos discípulos (Zacarias 13:7)
Marcos 14:50
Acusado por falsas testemunhas (Salmos 35:11)
Mateus 26:59-61
Mudo diante dos acusadores (Isaías 53:7)
Mateus 27:12-19
Ferido (Isaías 53:5)
Mateus 27:26
Cuspido (Isaías 50:6)
Mateus 26:67
Escarnecido (Salmos 22:7-8)
Mateus 27:31
Mãos e pés traspassados (Salmos 22:16)
Lucas 23:33
Crucificado com malfeitores (Isaías 53:12)
Mateus 27:38
Intercedeu pelos que o perseguiam (Isaías 53:12)
Lucas 23:34
Desprezado pelo Seu povo (Isaías 53:3)
João 7:5
Os amigos ficariam longe (Salmos 38:11)
Lucas 23:49
Roupas sorteadas (Salmos 22:18)
João 19:23-24
Sentiu sede (Salmos 69:21)
João 19:28
Deram-Lhe vinagre (Salmos 69:21)
Mateus 27:34
Clamor a Deus (Salmos 22:1)
Mateus 27:46
Encomendou-Se a Deus (Salmos 31:5)
Lucas 23:46
Os ossos não seriam quebrados (Salmos 34:20)
João 19:33
Sepultado no túmulo de um rico (Isaías 53:9)
Mateus 27:57-60
De todos estes textos, o mais famoso é o de Isaías 53, que claramente fala sobre Jesus como o Messias, com uma enorme riqueza de detalhes, quase 800 anos antes da crucificação de Jesus. Que o leitor veja estes versos e consiga não enxergar Jesus por estas linhas:

Isaías 53
2 Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.
3 Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
6 Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
7 Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.
8 Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado.
9 Foi-lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido qualquer violência nem houvesse qualquer mentira em sua boca. 
10 Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão.
11 Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniqüidade deles.
12 Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida até à morte, e foi contado entre os transgressores. Pois ele carregou o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

A descrição exata e fiel de Jesus exclui as possibilidades tradicionais que os não-cristãos têm interpretado este versículo, como se referindo a outra pessoa ou ao próprio Israel. Por até dez séculos após a morte de Jesus havia consenso até mesmo entre os israelitas sobre este capítulo ser messiânico, mas, ao verem que o texto claramente estava se aplicando a Jesus, os rabinos decidiram mudar a interpretação tradicional, para, no lugar, interpretarem como sendo a própria nação de Israel. Esta interpretação, contudo, é falha por várias razões:

a)     Torna o texto demasiadamente alegórico, já que claramente fala de uma pessoa, e não de uma nação. No livro de Isaías, quando Deus fala da nação ele deixa isso claro, ou, no mínimo, o faz alegoricamente através de analogias explicadas ou nitidamente identificadas no próprio contexto, o que não ocorre em Isaías 53.

b)    Israel não poderia fazer expiação por si mesmo (v.4).

c)     Não faz sentido dizer que “foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (v.5), se o sujeito em questão é o próprio Israel. Seria o mesmo que dizer que Israel foi esmagado por causa de si mesmo, ou que o castigo que trouxe a paz a Israel estava sobre Israel, ou que pelas feridas de Israel os israelitas foram curados. Totalmente nonsense.

d)    Ele era imaculado (v.9), diferente da nação de Israel, que constantemente pecava contra o Senhor. Dizer que Israel não tem pecado é contradizer o Antigo Testamento inteiro.

Norman Geisler e Frank Turek assim se referem à tentativa moderna de reinterpretação de Isaías 53 para evitar a conclusão óbvia de que Jesus é o Messias:

“Essa interpretação mais recente de Isaías 53 parece ser motivada pelo desejo de evitar a conclusão de que Jesus é realmente o Messias que fora predito centenas de anos antes. Mas não há maneira legítima de evitar o óbvio. Lembre-se: o grande rolo de Isaías foi escrito cerca de 100 anos antes de Cristo, e sabemos que o material que ele contém é ainda mais antigo. A Septuaginta, a tradução do AT hebraico (incluindo todo o livro de Isaías) para o grego, é datada de cerca de 250 a.C. Desse modo, o original hebraico deve ser ainda mais antigo. Além disso, manuscritos ou fragmentos de manuscritos de todos os livros do AT, com exceção de Ester, foram encontrados nos Manuscritos do mar Morto. Assim, não há dúvida de que o AT, incluindo a passagem do Servo Sofredor, é anterior a Cristo em várias centenas de anos”[2]

Mas não é somente sobre Jesus que a Bíblia é exata em termos de profecias. Podemos numerar outros vários temas que se cumpriram como a Bíblia previu, tais como:

TEMA
PREDIÇÃO
CUMPRIMENTO
Cativeiro dos judeus
Dt.28:36; 1Rs.14:15; Is.39:7; Jr.13:19; 25:8; Am.7:11; Lc.11:24.
2Rs.15:29; 17:6; 18:11; 24:14; 25:11; 2Cr.28:5. O cativeiro durou de 606 a 538 a.C.
Conversão dos gentios
Gn.22:18; Sl.22:27; 86:9; Is.9:2; 49:6; 60:3; Dn.7:14; Os.2:23; Ef.3:6.
At.2:41; 2:47; 4:4; 5:14; 6:7; 9:31; 11:1,21,24; 13:12,48; 14:1; 15:7; 16:5; 17:4; 18:6; 28:28; Ap.11:15.
Destruição da Babilônia
Sl.137:8; Is.13:19; 14:22; 21:9; 43:14; 47:1; 48:14; Jr.25:12; 50:1; 51:1; Dn.2:37-39; 5:26-28.
Babilônia foi conquistada pelos Medo-Persas em 539 a.C. Conforme a profecia, nunca mais foi reconstruída, embora muitos tenham tentado.
Destruição de Jerusalém
Is.3:1; Jr.9:11; 19:8; 21:10; 25:18; Am.2:5; Mq.3:12; Mt.23:37-38; 24:15-21; Lc.19:43-44; 21:44.
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C.
Propagação do evangelho

Is.2:2-3; 29:18; 52:7; 61:1; Dn.12:3-10; Mq.4:1; Mt.24:14; 28:18-20; Mc.13:10; 16:15; Lc.24:14; At.1:8; 2:17-21; Cl.1:28.
Hoje o Cristianismo conta com aproximadamente 2,3 bilhões de fieis.
O retorno do Estado de Israel
Is.11:11-12; 66:8; Ez.36:37; Jr.23:5-8; 23:19-20.
Em maio de 1948, a criação do Estado de Israel foi oficialmente instituída.
Falsos cristos que surgiriam
Mt.24:5,24; Mc.13:6,22.
Inri Cristo, José Luis Jesus Miranda, etc.
Perseguição à Igreja
Mt.10:17; 24:9; Lc.21:12; Jl.15:20; 16:2; 2Tm.3:12.
Hoje, mais de 200 milhões de cristãos no mundo são perseguidos.
Babilônia nunca mais seria povoada
Jr.50:39.
Até hoje, ninguém mais habita ali.
Egito perderia sua força e não mais teria o poder de dominar as nações
Ez.29:14-15
Egito está longe de ter a força que tinha antigamente, e não mais tem poder para dominar as outras nações.
Estou ignorando aquelas profecias mais gerais, como as que falam que nos últimos dias haveria guerras, fome, etc. Ficando somente com as profecias improváveis e específicas, já temos várias que a Bíblia acertou exatamente no alvo. Os ateus teriam que confiar enormemente na “sorte” ou no “acaso” como a única explicação para o fato de tantas profecias improváveis terem acertado da forma como a Bíblia previu há centenas ou milhares de anos. A verdade é que esta probabilidade é ínfima, e exige muito mais fé do que a crença em Deus.

Pense, por exemplo, na profecia sobre a destruição da Babilônia. A Babilônia era a superpotência da época, e só de prever a destruição do maior império do planeta já era absurdo. Seria como alguém profetizar que os Estados Unidos será totalmente destruído dentro de alguns séculos, com a diferença de que a Babilônia era muito mais poderosa na época do que os Estados Unidos são hoje. Mas a Bíblia não apenas profetiza a destruição da Babilônia, como também profetiza que essa destruição ocorreria pelas mãos do império medo-persa, como de fato ocorreu (se a Babilônia tivesse caído nas mãos de qualquer outro império do mundo, em qualquer outra época da história, a profecia teria falhado!). E, como se não bastasse, ainda cita até o nome do rei que faria isso, chamado Ciro (Is.44:28)! Como é que alguém, escrevendo há séculos antes dos acontecimentos, iria conseguir prever com exatidão um evento altissimamente improvável, e acertar também o nome da nação que faria isso e até da pessoa que lideraria essa conquista? Impossível, se a Bíblia não fosse inspirada por Deus.

As profecias de Daniel também merecem uma análise à parte, pela profundidade das mesmas. O livro de Daniel foi escrito no sexto século antes de Cristo, mas possui profecias impressionantes em relação ao futuro, dizendo:

"Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. Tu, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder, força e glória; nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro. Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará sobre toda a terra. Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros. Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro. Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil. E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso quer dizer que se procurará fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas essa união não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro. Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre” (Daniel 2:31-44)

O primeiro ponto em que Daniel acerta é na quantidade de reinos “mundiais” que existiriam. Em sua época o império babilônico dominava o mundo, mas ele cairia e surgiria um outro império quase tão grande quanto o babilônico: o medo-persa. Depois eles seriam destruídos e dariam lugar aos gregos, que, por fim, sucumbiriam diante dos romanos. Dos romanos até os dias atuais não surgiu mais um império tão grande em poder quanto estes quatro (Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma) em suas respectivas épocas.

Mesmo os EUA, que hoje é certamente o mais poderoso país do planeta, não possui a extensão de poder mundial que estes quatro possuíam. A Europa sozinha já é superior em poder, muito mais com a adesão dos demais países do globo terrestre. Seu poder não chega perto da extensão que aqueles quatro impérios do passado tiveram. Roma foi o último grande império. Daniel acertou perfeitamente a quantidade de impérios com dominação mundial (4), quando poderia ter “chutado” qualquer outro número, se isso realmente foi um “chute”, como pensam os ateus. Ele poderia ter dito que depois de Roma haveria mais um, dois, cinco, dez ou um milhão de impérios até o fim do mundo, mas acertou exatamente quantos seriam.

Daniel também previu com exatidão quais seriam estes impérios e qual seria a força deles. Babilônia era a cabeça de ouro porque depois dela não surgiu mais império tão poderoso em extensão de poder. Os três que vieram depois eram similares, porém não tão poderosos. Depois da Babilônia se levantaria “outro reino, inferior ao teu” (v.39). E, de fato, o império medo-persa não teve a mesma extensão e domínio da Babilônia em seu auge. Outra observação importante é que os gregos, que tomaram o posto do império medo-persa, usavam capacetes, peitorais, escudos e espadas de bronze, exatamente a cor que Daniel dizia ao se referir a este império.

Daniel também diz que o quarto reino (Roma) seria um “reino dividido” (v.41). E a história nos diz que Roma foi dividida mais tarde em reinos independentes, que se tornaram todas as nações da Europa moderna. Note também que Daniel diz que este reino “ainda assim teria um pouco de força” (v.41), isto é, que ele não se tornaria completamente irrelevante no futuro. E, de fato, Roma existe até hoje, embora tenha apenas um pouco de força, longe da força do passado. Ela não ficou arruinada e desolada, como a Babilônia (por exemplo). A profecia acertou nisto também.

Os críticos da Bíblia, que querem situar Daniel no segundo século a.C ao invés do sexto, única e exclusivamente em razão de sua incredulidade em aceitar as espantosas previsões feitas por Daniel, estão sendo sistematicamente esmagados pelo peso das evidências arqueológicas, que cada vez mais comprovam que o livro foi escrito mesmo no sexto século a.C. Mesmo se Daniel tivesse sido escrito mesmo somente no segundo século a.C (contra todas as evidências), ainda assim seria surpreendente o fato de ele não prever que Roma seria um império eterno, e que não haveria outros impérios poderosos que a sucederia (5º, 6º, 7º, etc). Os críticos permanecem de boca fechada em relação a isto, mesmo os que questionam a datação do livro a despeito das evidências.

Por fim, as previsões de Daniel no capítulo 7 não ficam por menos. Na verdade, elas são ainda mais específicas e impressionantes. Daniel viu um leão com asas de águia (v.4), que representava a Babilônia. Ela seria destruída pelo urso de três costelas (v.5), que representava o império medo-presa. As três costelas simbolizavam os principais poderes deste reino: Lídia, Babilônia e Egito. O leopardo de quatro asas e quatro cabeças (v.6) representava o império grego de Alexandre, o Grande. Seu império foi marcado por quatro principais divisões após sua morte:

Macedônia e Grécia (governadas por Antípater e Cassandro);
Trácia e Ásia Menor (governadas por Lisímaco);
Síria (governada por Seleuco I);
Palestina e Egito (governadas por Ptolomeu I).

O “animal aterrorizante” que Daniel vê no verso 7 simbolizava o império romano. Os “dez chifres” (v.7) representavam os dez reinos bárbaros que sucederam Roma: Ostrogodos, Visigodos, Francos, Vândalos, Suevos, Alamanos, Anglo-saxões, Hérulos, Lombardos e Burgúndios. Nos capítulos seguintes Daniel continua falando em termos bem específicos sobre os reinos e os reis que surgiriam, cada qual confirmado historicamente com uma enorme precisão. Não escreverei tudo aqui para não tornar o capítulo demasiadamente extenso, mas qualquer leitor poderá encontrar facilmente em uma Bíblia de Estudos (como a NVI).

O quadro abaixo mostra apenas algumas das previsões que se cumpriram historicamente (ainda insisto que o leitor busque as informações de forma completa em uma Bíblia de Estudo do seu interesse)[3]: 

TEXTO PROFÉTICO
CONCRETIZAÇÃO HISTÓRICA
“Alguém da linhagem dela se levantará para tomar-lhe o lugar. Ele atacará as forças do rei do norte e invadirá a sua fortaleza; lutará contra eles e será vitorioso” (11:7)
Alguém da linhagem dela. O irmão de Berenice, Ptolomeu III Euergets (246-221 a.C), do Egito, que mandou executar Laodice. Rei do norte. Seleuco II Calínico (246-226 a.C), da Síria. Sua fortaleza. A cidade de Antioquia.
“Em face disso, o rei do sul marchará furioso para combater o rei do norte, que o enfrentará com um enorme exército, mas mesmo assim será derrotado” (11:11)
Rei do Norte. Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C), do Egito. Rei do Sul. Antíoco III. Derrotado. Em Rafia, no sul da Palestina.
“Quando o exército for vencido, o rei do sul se encherá de orgulho e matará milhares, mas o seu triunfo será breve” (11:12)
Matará milhares. O historiador Políbio registra que Antíoco perdeu quase 10 mil homens de sua infantaria em Rafia.
“Naquela época muitos se rebelarão contra o rei do sul. E os homens violentos do povo a que você pertence se revoltarão para cumprirem esta visão, mas não terão sucesso” (11:14)
Rei do sul. Ptolomeu V Epifânio (203-181 a.C), do Egito. Homens violentos do povo a que você pertence. Judeus que se afiliaram às forças de Antíoco. Não terão sucesso. O general ptolomaico Escopas reprimiu a rebelião em 200 a.C.
“O invasor fará o que bem entender; ninguém conseguirá resistir-lhe. Ele se instalará na Terra Magnífica e terá poder para destruí-la. Virá com o poder de todo o seu reino e fará uma aliança com o rei do sul. Ele lhe dará uma filha em casamento a fim de derrubar o reino, mas o seu plano não terá sucesso nem o ajudará” (11:16-17)
O invasor. Antíoco, que já em 197 a.C tinha a Palestina sob controle. Ele lhe dera uma filha em casamento. Antíoco III deu a filha Cleópatra I em casamento a Ptolomeu V, em 194 a.C.
“Então ele voltará a atenção para as regiões costeiras e tomará muitas delas, mas um comandante dará fim à arrogância dele e lhe devolverá a sua arrogância” (11:18)
Regiões costeiras. Ásia menor e talvez também a própria Grécia continental. Comandante. O cônsul romano Lúcio Cornélio Cípião Asiático, que derrotou Antíoco em Magnésia, em 190 a.C.
“Depois disso ele se dirigirá para as fortalezas de sua própria terra, mas tropeçará e cairá, para nunca mais aparecer” (11:19)
Tropeçará e cairá. Antíoco III morreu em 187 a.C, enquanto tentava saquear um templo na província de Elimais.
“Seu sucessor enviará um cobrador de impostos para manter o esplendor real. Contudo, em poucos anos ele será destruído, ainda que não com ira nem em combate” (11:20)
Seu sucessor. Seleuco IV Filopátor (187-175 a.C), filho e sucessor de Antíoco, o Grande. Cobrador de impostos. Heliodoro, o ministro das finanças, de Seleuco. Ele será destruído. Seleuco foi vítima de uma conspiração engendrada por Heliodoro.
“Ele será sucedido por um ser desprezível, a quem não tinha sido dada a honra da realeza. Este invadirá o reino quando o povo do reino sentir-se seguro, e ele se apoderará dele mediante intrigas” (11:21)
Um ser desprezível. O irmão mais jovem de Seleuco, Antíoco IV Epifânio (175-164 a.C). A quem não tinha sido dada a honra da realeza. Antíoco assumiu à força as rédeas do governo, enquanto o verdadeiro herdeiro do trono, o filho de Seleuco (Demétrio II), ainda era muito jovem. Reino. Síria-Palestina.
“Então um exército avassalador será arrasado diante dele; tanto o exército como um príncipe da aliança serão destruídos” (11:22)
Príncipe da aliança. O sumo-sacerdote Onias III, assassinado em 170 a.C.
“Navios das regiões da costa ocidental se oporão a ele, e ele perderá o ânimo. Então se voltará e despejará sua fúria contra a santa aliança. Ele retornará e será bondoso com aqueles que abandonarem a santa aliança” (11:30)
Navios das regiões. Navios de guerra romanos sob o comando de Popílio Lenas. Aqueles que abandonaram a santa aliança. Judeus apóstatas.
“Suas forças armadas se levantarão para profanar a fortaleza e o templo, acabarão com o sacrifício diário e colocarão o sacrilégio terrível” (11:31)


Sacrilégio terrível. O altar do deus pagão Zeus Olímpio, levantado em 168 a.C, por Antíoco Epifânio, prefigurando uma abominação semelhante que, segundo a predição de Jesus, ainda se levantará (Mt.24:15).


“Quando caírem, receberão uma pequena ajuda, e muitos que não são sinceros se juntarão a eles” (11:34)
Uma pequena ajuda. Os primeiros sucessos do levante guerrilheiro (168 a.C) que teve origem em Modeína, a 27 km a noroeste de Jerusalém, sob a liderança de Matatias e do filho Judas Macabeu. Em dezembro de 165 a.C, foi reedificado o altar do templo.
Pense em tudo isso. Como é que alguém, escrevendo séculos antes de todos estes acontecimentos, conseguiria prever com precisão todos estes eventos? Se a Bíblia é um livro meramente humano e as profecias são invenções da cabeça do homem que tenta enganar e iludir os leitores, o óbvio seria que nada disso, ou praticamente nada, sucedesse. Uma única previsão errada e toda a profecia cairia em descrédito. Mas Daniel acerta no alvo em 100% das previsões que faz. Os paralelos históricos são impressionantes, e somente alguém muito cego ou com uma enorme predisposição a não crer pode rejeitar o peso das evidências. Ou seja: um ateu fanático.

Toda a insistência dos críticos que dizem que Daniel escreveu tudo isso depois dos eventos (portanto, já no segundo a.C) já foi refutado há décadas, em especial nas descobertas arqueológicas que fortemente apóiam a datação tradicional do livro de Daniel (sexto século a.C), e que, portanto, confirmam a validade da profecia. Alguns dados que podemos mencionar são:

a)     Os céticos começaram duvidando da existência e extensão da Babilônia, onde se passa toda a história do livro. O arqueólogo alemão Robert Koldewey, no entanto, provou que a Babilônia era um grande centro econômico e político no Antigo Oriente Médio, na metade do 1º milênio a.C. (600 a.C).

b)    Então os céticos passaram a duvidar da existência de Nabucodonosor. Mais uma vez, a arqueologia demonstrou muitos tabletes que foram encontrados nas ruínas escavadas por Koldewey com o nome Nabu-Kudurru-Usur, ou seja, Nabucodonosor.

c)     Então os céticos passaram a duvidar da existência de Belsazar, mencionado em Daniel como o último rei da Babilônia. Então a arqueologia trouxe à luz vários tabletes cuneiformes que confirmam que Nabonido, o último rei de Babilônia, deixou seu filho Bel-Shar-Usur (Belsazar) cuidando do império enquanto ele estava em Temã, na Arábia. Isso está subtendido no próprio livro de Daniel, onde ele recebe o terceiro lugar no reino (Dn.5:7), já que o rei Nabonido era o primeiro e Belsazar o segundo.

d)    Então os céticos passaram a duvidar dos amigos de Daniel, que foram lançados na fornalha. E a arqueologia descobriu um prisma de argila, publicado em 1931, contendo o nome dos oficiais de Nabucodonosor, entre eles: Hanunu (Hananias), Ardi-Nabu (Abed Nego) e Mushallim-Marduk (Mesaque). Ou seja: exatamente os três amigos de Daniel! Este artefato está atualmente no Museu de Istambul, na Turquia.

e)     Então os céticos passaram a afirmar que Daniel escreveu no segundo século a.C por causa de algumas palavras gregas em seu livro. Isso seria o que deveria se esperar de alguém que escrevia no sexto século, e não no segundo. Como disse o teólogo Luiz Gustavo Assis: “Se o livro de Daniel foi escrito durante o período de dominação grega sobre os judeus, por que há apenas três palavras gregas ao longo de todo o livro? Por que não há costumes helenísticos em nenhum dos incidentes do livro numa época em que os judeus eram fortemente influenciados pelos filósofos da Grécia? Esse fato parece negar uma data no 2º século a.C”[4].

f)      Ele também acrescenta, de acordo com numerosos estudiosos do aramaico (como Kenneth Kitchen, Gleason Archer Jr e Franz Rosenthal), que “o aramaico usado por Daniel difere em muito do aramaico utilizado nos Manuscritos do Mar Morto que datam do 2º século a.C. Para Archer Jr., a morfologia, o vocabulário e a sintaxe do aramaico do livro de Daniel são bem mais antigos do que os textos encontrados no deserto da Judeia. Não só isso, mas que o tipo da língua que Daniel utilizou para escrever era o mesmo utilizado nas “cortes” por volta do 7º século a.C”[5].

g)    Alguns termos técnicos que aparecem no capítulo 3 já eram tão obsoletos no século II a.C que os tradutores da Septuaginta (a tradução do Antigo Testamento em grego) os traduziram incorretamente[6]!

Finalmente, é o próprio bom senso que derruba definitivamente a teoria ultrapassada de que Daniel foi escrito no segundo século a.C. Isso porque o livro é quase inteiramente uma predição de acontecimentos futuros, ou seja, de profecias. Agora imagine se você fosse um escritor do segundo século a.C, e pensasse em fazer uma obra que contasse acontecimentos passados como se fossem acontecimentos futuros. Que raios você ganharia com isso?

Eu já devo imaginar o entusiasmo dos leitores que adquirissem em primeira mão um livro que quase totalmente fala de acontecimentos passados, querendo fazer de conta que ainda não aconteceram. Não somente um livro destes não despertaria o menor interesse em seu público, como também identificaria facilmente o tal “profeta” como sendo um grande falsário. É como se você recebesse uma obra que falasse que no futuro ocorrerá uma Revolução Francesa, uma Revolução Industrial e o Big Brother Brasil. Que atenção você daria para isso?

É óbvio que o livro de Daniel só ganhou a atenção da comunidade judaica por falar de coisas futuras, da mesma forma que o livro do Apocalipse para os cristãos. Ninguém estaria nem minimamente interessado em receber profecias do que já aconteceu. Além disso, dizer que o livro é do século II a.C é fazer os judeus de idiotas, como se eles não conseguissem identificar o que vêm de data antiga e o que é obra recente e farsante. Havia uma quantidade imensa de obras catalogadas pelos judeus, mas apenas uma pequena parte (o nosso AT) foi aceita por eles como canônica e divinamente inspirada.

Somente os livros mais universalmente aceitos pelos judeus, os mais confiáveis, os mais importantes e os mais antigos foram admitidos. Este rigoroso exame exclui a possibilidade de eles terem deixado escapar um livro que seria tão grosseiramente falso e escandalosamente recente, como os ateus pensam que foi Daniel. Os judeus sabiam desde sempre que Daniel data do sexto século a.C, e é nisto que eles creem até hoje, e é isto que todas as evidências juntamente indicam. Prova disso é que eles de fato identificaram e rejeitaram os livros apócrifos escritos no período intertestamentário (depois de Malaquias e antes de Mateus), por serem obras tardias (os católicos acrescentam estes livros em suas Bíblias; os protestantes os rejeitam assim como os judeus). Se Daniel também tivesse sido escrito no período intertestamentário, ele teria sido rejeitado também.

Negar isso é abandonar completamente o senso crítico tão apurado nos ateus quando em relação a Deus, para defender uma tese absurdamente improvável (a do século II a.C) que um mínimo de ceticismo já seria suficiente para derrubar e que somente os mais crédulos em uma fé cega podem sustentar. Mas os ateus são praticamente forçados a sustentar esta “hipótese”, porque ela é a única que os salva (mesmo que parcialmente, pois já vimos que Daniel previu com exatidão até acontecimentos posteriores ao século II a.C) da conclusão inevitável, que é a de que a Bíblia possui profecias extremamente improváveis, e, mesmo assim, extraordinariamente precisas.

Mas façamos uma concessão desnecessária aos nossos opositores e suponhamos que o livro de Daniel seja realmente uma grande fraude inventada no século II a.C. Além das profecias sobre Roma (que já vimos), o que mais poderíamos obter de profecias futuras e precisamente fieis aos relatos? A mais forte evidência neste sentido é, com certeza, as famosas setenta semanas de Daniel. Ele prevê que haveria 69 “semanas”, cada semana de 7 anos (=483 anos), desde a reconstrução de Jerusalém até o Messias (Dn.9:24-27).

Estes 483 anos se iniciaram em 5 de março de 445 a.C, quando o rei medo-persa Artaxerxes emitiu um decreto autorizando a reconstrução de Jerusalém. Mas será que a conta bate? Se os ateus estão corretos na hipótese de que Daniel era um charlatão, é óbvio que este dia não teria nenhuma relação com Jesus – na verdade, o mais provável é que sequer abrangesse o período de vida dele! Mas, ao fazermos as contas (levando em consideração o calendário judaico de 360 dias no qual Daniel se baseava, e depois transformando para o equivalente ao nosso calendário gregoriano) descobrimos que as 69 “semanas” terminam em 31 de março de 30 d.C, que é exatamente o mesmo dia que a Bíblia mostra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando foi proclamado rei pela multidão[7]!

Daniel, desta forma, acertou de uma forma extraordinariamente precisa os dias que separavam a reconstrução de Jerusalém da entrada triunfal do Messias na cidade. As 69 “semanas” começam com Jerusalém sendo construída, e terminam com o Messias entrando triunfantemente nela, consumando espiritualmente a profecia. É como se a cidade tivesse sido construída exatamente para aquele momento! Agora pense em quais seriam as chances reais de Daniel acertar isso – mesmo se ele tivesse escrito no século II a.C. Seria necessária uma gigantesca coincidência, absurdamente fora do comum, para que ele acertasse isso.

Seria mais fácil ganhar na loteria do que acertar o dia exato, ainda mais quando levamos em consideração que este dia era indeterminado, i.e, na visão de um homem comum poderia levar meses ou até milênios. Poderia ser até que o templo jamais tivesse sido reconstruído! E, se Daniel acertou profeticamente com precisão o dia da vinda de Jesus em Jerusalém, por que deveríamos esperar coisa diferente em relação à famosa 70ª semana, que fala nada a menos que da volta de Jesus, desta vez para o mundo todo? Se ele acertou “milagrosamente” a vinda, por que deveríamos ser céticos em relação à volta? Se Daniel costumava ser tão “sortudo” em todas as suas previsões sobre tudo o que escreveu no livro, por que deveríamos ser tão céticos assim sobre a 70ª semana? O que é uma única profecia a mais, em comparação com dezenas, senão centenas que Daniel acertou com exatidão?

Alguém poderia dizer que Daniel era “somente sortudo”, que ele tinha uma sorte fora do comum e que, para a sorte dos cristãos, este “livro de sorte” foi parar na Bíblia. É como se Daniel tivesse ganhado na loteria, mas não deveríamos nos impressionar com isso mais do que nos impressionamos com o Joãozinho de Sabe-Se-Lá-Onde que ganhou na loteria uma vez, mas nem por isso era profeta. Esta alegação até poderia ser levada em conta se não fosse o fato de Daniel não ter acertado uma profecia, mas dúzias delas. Seria como ganhar na loteria não apenas uma vez, mas muitas vezes consecutivas. Exigiria uma dose muito maior de fé para explicações “naturais”.

Mais do que isso, o que mais impressiona não é o fato de haver profecias verdadeiras em Daniel, mas sim o de não haver uma única profecia falsa. Pense nisso: uma única profecia falha, uma única flecha longe do alvo, um único errinho, e colocaria por terra toda a sua competência de profeta. É até possível que uma Mãe Diná ou um Polvo Paul acertem de vez em quando em alguma coisa (quase sempre muito vaga e pouco imprevisível), mas acertar dúzia de vezes, e todas as vezes, e sem nenhum erro, e em coisas bem específicas e difíceis de acertar ao natural, está longe das probabilidades humanas. Seria como acertar dezenas e dezenas de vezes na loteria seguidamente, e sem deixar de ganhar nenhuma vez.

A conclusão mais razoável para o cristão é a de que Deus inspirou as Escrituras e zelou pelo seu cumprimento, e que podemos ter tanta fé na volta de Jesus quanto um judeu em Jerusalém em 31 de março de 30 d.C poderia esperar a vinda do Messias, e baseados na mesma fonte de referência – as profecias de Daniel. Mas o ateu já está tão predisposto a não crer, que Daniel podia ter previsto até a cor e modelo do pijama que ele vai dormir esta noite, e mesmo assim o ateu não acreditaria nele.

Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)

(Trecho extraído do meu livro: "Deus é um Delírio?")


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[1] É claro que estamos falando de profecias que o próprio Deus mandou o homem profetizar, e não sobre qualquer coisa que um ser humano possa dizer por si mesmo e esperar que se cumpra “profeticamente”.
[2] Norman Geisler e Frank Turek, Não tenho fé suficiente para ser ateu.
[3] As informações contidas no quadro abaixo estão presentes na Bíblia de Estudos NVI.
[5] ibid.
[6] De acordo com a Bíblia de Estudos NVI, p. 1453.
[7] Os cálculos estão presentes na “Bíblia de Estudo Profética” de Tim LaHay, p. 774.

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